Para abrir o apetite, o chef João Valente diz que “o cliente pode provar alguns dos pratos e novas invenções que não estão…no menu”
Foi apenas no passado mês de Março que o restaurante Aroma abriu portas em Setúbal bem no coração da cidade (rua António Januário da Silva). João Valente o mentor deste projecto, para já, está satisfeito com o rumo das coisas. “Temos vindo a crescer no nosso segmento de mercado. A equipa está já bem oleada. Estamos a lançar novos pratos inventados por nós, que os nossos clientes têm experimentado no nosso menu de cinco momentos. Temo-nos divertido muito na cozinha, investigado muito e aplicado o que conhecemos juntando coisas novas”, diz a O SETUBALENSE.
O empresário assume o risco de primar pela diferença, desde logo em relação ao ‘rei choco frito’, afirmando mesmo: “Não fazemos choco frito, não o faremos seguramente da forma tradicional em Setúbal. Embora eu goste muito. Somos um restaurante que traz pratos tradicionais, como bochecha de porco, para o conceito de fine dining que não existe aqui”.
João Valente tem o curso de cozinha na ACPP (Associação de Cozinheiros Profissionais de Portugal) já trabalhou em alguns restaurantes e fez um estágio num conceituado restaurante Estrela Michelin.
Da cozinha para a mesa as ‘joias’ do restaurante são…várias. O menu tem cinco momentos que têm tido, revela com satisfação, muito sucesso. “O cliente pode provar alguns dos nossos pratos e novas invenções que não estão no menu (por exemplo favas com entrecosto, desconstruído numa tuille de coentros, com favas, carne de entrecosto desfiado e o seu molho), de uma só vez. Poderá degustar uma ou duas entradas, dois ou três pratos principais e uma ou duas sobremesas, conforme a disposição do chef para formar o menu de cinco momentos desse dia”.
Os pratos principais, que têm tido melhor feedback “são o pão do nosso couvert feito aqui no restaurante (não vai encontrar em mais lado nenhum) a tranche de corvina com milfolhas de abobora na redução do seu molho com óleo de coentros e poejo, o nosso arroz de lingueirão com gambas bem cremoso, a barriga de porco com puré de batata doce aromatizado, o nosso peito de pato com arroz do mesmo com o nosso molho, o nosso pernil cozinhado em 48 horas e que se desfaz na boca”.
A ideia de abrir um restaurante já aconteceu há vários anos, conta. “Ainda não andava nesta área. Estava no estrangeiro onde experimentava muitos conceitos de cozinha diferentes, africa, médio oriente e europa”. Feito este périplo decidiu que era a área que mais o satisfazia, porque sempre gostou muito de estar na cozinha e ver a reação de quem experimentava. “Comecei por fazer o curso e exercitar noutros locais e, quando me senti preparado, avancei. O conceito é simples. Comida conforto, que todos gostamos, aplicando conceitos de alta cozinha. O tradicional em fusão com as melhores práticas”.
A escolha do original nome AROMA, explica, tem muito que ver com o que é o restaurante, mas também tem a ver com o facto de ser uma palavra que existe nos dicionários português e inglês. “Mas o AROMA é o primeiro sentido que nos deve puxar a um restaurante e fazer lembrar dele”.
Espreitando o futuro, João Valente, prioriza a promoção do nome e localizão porque o restaurante está numa rua pouco movimentada na baixa. “Para já queremos que as pessoas venham experimentar, porque se gostarem voltam seguramente”. O grande objectivo, finaliza; “é sermos um restaurante de referência no nosso nicho”.