Banco atingiu resultados de 685 milhões de euros, mais 59%, e rentabilidade em níveis máximos dos últimos anos
O Grupo Bankinter teve resultados de 685 milhões de euros no final do terceiro trimestre, um aumento de 59%, sendo que a sucursal em Portugal contribuiu com 136 milhões.
O resultado antes de impostos da sucursal portuguesa do Bankinter subiu 154% graças essencialmente às receitas da margem financeira.
O banco espanhol, destaca, em comunicado, que consolidou no final do terceiro trimestre de 2023 “a boa evolução registada pelas diferentes linhas de negócio ao longo do exercício, destacando-se o potencial da instituição para continuar a crescer e a alcançar maiores quotas de mercado e resultados”. No caso de Portugal, a boa evolução do negócio “é muito assinalável em todas as rubricas da sua conta de resultados”.
A carteira de crédito no Bankinter Portugal ascende agora aos 8.700 milhões de euros, com um crescimento anual de 13% e com um rácio de morosidade para esta carteira de apenas 1,3%.
Em relação aos recursos de clientes, o crescimento é de 16%, para os 7.300 milhões de euros, enquanto os recursos fora do balanço crescem 3,9%, para 3.900 milhões de euros.
Todas as rubricas da conta de resultados registam “importantes crescimentos”, revela o documento: mais 54% na margem de juros e mais 32% na margem bruta, que supera os 2.000 milhões de euros, devido à evolução das taxas de juro e a uma maior dinâmica comercial.
Em relação aos diferentes rácios da conta de resultados, a rentabilidade sobre capitais próprios, ROE, cresce até aos 17,1%, mais seis pontos percentuais do que há um ano, com um ROTE de 18,2%, um dos melhores do sector financeiro europeu.
Quanto ao rácio de morosidade, situa-se num valor ótimo de 2,2%, nove pontos-base acima do valor de há um ano, mas bastante abaixo da média do sector, que segundo o Banco de Espanha, se situava nos 3,5% até julho. Ainda assim, o Bankinter regista um crescimento da cobertura de morosidade para 66,2% no final de Setembro.
O rácio de eficiência do banco, a 30 de Setembro, melhora substancialmente para 34,9% face ao valor de 43,2% registado há um ano, destacando-se no âmbito do sector. Relativamente ao rácio de eficiência do Bankinter em Espanha, situa-se nos 31,6%.
No que se refere à liquidez, o banco conta com um volume de depósitos que continua a ser superior ao volume de créditos, com um rácio de depósitos sobre créditos de 104,9%.
Quanto à marca digital do Grupo, Evo Banco, a evolução está a ser igualmente positiva. Importa destacar, refere o banco “a boa adesão aos novos e competitivos produtos de activo e de passivo lançados nos últimos meses”.
No lado do crédito, destaca-se o crescimento verificado na carteira, que alcança a 30 de setembro os 3.265 milhões de euros, mais 30% do que há um ano, com um ínfimo rácio de mora de 0,5%.
A nova produção hipotecária destes primeiros nove meses ascende a 699 milhões de euros, valor 4% inferior ao dos primeiros três trimestres de 2022, ainda que as circunstâncias do mercado sejam hoje “substancialmente mais complexas do que as de há um ano”.