Da coleção de cargos à coleção de livros publicados
“Eu dou aquilo que tenho, à escola, aos estudantes, aos colegas e aos funcionários”, durante os 26 anos de instituição, onde Luís Santos reúne diferentes cargos, desde coordenador da Carteira de Competências, vice-presidente do conselho de representantes, professor adjunto e atualmente coordenador da licenciatura de Animação Sociocultural. Tendo como formação base a antropologia, o caminho da educação guiou-o à ESE, e já com alguns anos de experiência, deu os primeiros passos para a longa carreira da “profissão que eu escolhi”, que o motiva todos os dias a fazer a diferença nos jovens que leciona, “estamos a ajudar a construir pessoas, o nosso trabalho é muito importante para o vosso desenvolvimento pessoal e profissional”. Ser coordenador de uma licenciatura tem um grande significado e responsabilidade, quando explica que exige estar todos os dias em contacto com os alunos, colegas e responder às necessidades institucionais. Esta oportunidade surge da progressão e “rica graduação académica”, que o faz considerar o curso de Animação Sociocultural essencial, pois acolhe “cerca de 100 alunos” e já conta com 20 anos de estórias. Reconhece a Carteira de Competências como uma unidade curricular de grande valor pedagógico, que assenta na autonomia e autoformação. Como balanço, afirma que “ensinar no Ensino Superior não é fácil”, que consome mentalmente, mas compensa porque o que lhe dá mais prazer “é a relação com os jovens”, sabendo que a “aprendizagem vai nos dois sentidos” e “à medida que vamos ensinando, também vamos aprendendo com vocês”. Para Luís Santos, a palavra que descreve a ESE é “sobreiro”, mas não só um, “é um montado” a vários níveis, por ser bonita, valiosa, bem localizada e um espaço que fervilha de vida, com diferentes órgãos, iniciativas e atividades. Ressalta que “cada um de nós, somos mais um tijolo nesta imensa parede, cada um de nós tem a sua máxima importância” e que por isso acredita ser esse o seu legado, “mais um tijolo na parede”, parte da construção de uma escola que prepara os alunos para encararem os desafios da vida social e do mundo. Aos 64 anos, o professor vê a vida como extremamente rara e preciosa, descreve-se como “esperançoso”, “amigo”, “feliz”, “consciente” e “amoroso” para com a mulher e os seus dois filhos, tendo como grande sentimento, o de gratidão para com a ESE. Paralelamente, a escrita é uma paixão, “o que tenho escrito acontece com a maior das naturalidades” e “escrevo muito aquilo que me apetece”, reunindo várias publicações de livros, da sua autoria, e associativismos em Alhos Vedros, de onde é natural. Naquilo que lhe for possível estará sempre disponível, procura a eternidade, o sonho de manter a essência de criança e a competência de saber viver da melhor forma, até ao fim. Luís Santos, com 38 anos de profissão, reforça que o “Ensino Superior Politécnico tem a máxima das importâncias e o máximo dos futuros”.