A luz da ciência e da educação

A luz da ciência e da educação

A luz da ciência e da educação

“Vivo a minha profissão com grande intensidade e paixão”

Helena Simões é uma mulher de raízes profundas, alentejana de Estremoz, mas com asas que a levaram a Lisboa e de seguida à Escola Superior de Educação “aqui em Setúbal”. Professora há muitos anos, vive entre a ciência que desvenda mistérios e a paixão de ensinar, tocando com a sua dedicação, vidas que se multiplicam em novas aprendizagens, “sou um bom exemplo da desertificação do Alentejo”, mas também a semente que germina noutros lugares. É “apaixonada pela área da ciência” onde encontrou o fascínio pelo mundo natural. Embora tenha sido na sua família “a primeira pessoa que estudou a área das ciências naturais”, não renega as humanidades, pelo contrário, dança entre os microscópios e a literatura, entre a razão e a poesia. Chegou à ESE por caminhos do acaso, conduzida pela intuição e pelo incentivo de colegas como Leonor Saraiva, rapidamente fazendo da Escola Superior de Educação o seu espaço de pertença. Os desafios que enfrentou nunca a fizeram recuar, aprendeu a conduzir entre as curvas e embraiagens para aqui chegar, “foi muito fácil integrar-me aqui na escola, tem um ambiente, muito informal, do ponto de vista da relação entre os professores” foi na simplicidade do dia a dia, que encontrou o seu porto seguro. Para a Coordenadora do departamento a colaboração e o coração são tudo “é no encontro como outro, com olhares diferentes, que nascem as melhores ideias”. A escola, envolta pela floresta mediterrânea, é mais do que um espaço físico, é uma “inspiração constante” onde a biodiversidade que tanto ama se transforma num projeto de vida. Fora das paredes das salas de aula, perde-se em percursos pedestres, no entanto as suas conquistas não se medem apenas nos passos que dá na natureza, mas também nos caminhos que abriu para os outros, “a formação que tive em Timor, foi uma experiência transformadora, um encontro com mundos diferentes que me enriqueceu profundamente”.  Os projetos em que está envolvida abrem portas para os estudantes, mas “sonho que a escola vá mais longe” mostrando ainda mais o seu valor à comunidade. A Escola Superior de Educação, é “uma casa onde a luz entra por todos os cantos, iluminando o caminho dos que aqui passam”. Na reta final da sua carreira “não procuro grandes glórias”, quer ser lembrada como “uma colaboradora incansável, entusiasta, uma professora que experimentou, arriscou e caminhou com justiça e generosidade”. Para a docente “o ensino não é apenas uma profissão, mas um ato de criação, uma forma de tocar o futuro”, “a ESE é casa, um lugar onde as ideias crescem” e onde entre a ciência e a poesia, encontrou o seu espaço no mundo. 

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