A Casa onde se constroem Relações 

A Casa onde se constroem Relações 

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Entre as cordas da educação e a melodia da inclusão

Foram as experiências que construíram quem Henrique Silva é hoje, considera-se “uma pessoa animada, sou bem disposto, mas também alguém que “aprendeu a respeitar os momentos de tristeza”. // Ao longo do seu percurso sempre teve a sua guitarra bem afinada ou melhor dizendo a sorte “de trabalhar em lugares que eu escolhi”, desde a área do serviço social, durante 20 anos, a terapeuta na Associação Vale de Ácor, a exercer com idosos em diversas instituições, a dar aulas particulares de instrumentos, até chegar ao Instituto Politécnico de Setúbal. A Escola Superior de Educação surgiu por acaso, em 2023, quando concorreu “aqui para o IPS” inscreveu-se para “uma vaga nos serviços centrais”, “fiquei em quinto lugar nesse concurso” “em mil e tal pessoas”. O destino troca-lhe as melodias quando passados seis meses recebe um telefonema para lecionar na ESE, como professor brinca com o facto de não se conseguir desligar deste seu lado social, “Havia um rapper que dizia, podes sair do guetto, mas não podes tirar o guetto de ti, costumo brincar, que o serviço social está sempre em mim e acaba por estar”. // Utiliza ferramentas das áreas em que trabalhou  como o olhar positivo, a esperança e o saber lidar com a frustração naquela que é agora a sua profissão. A conexão com os estudantes para si é muito importante, reflete que para esta funcionar deve existir um “amor” mútuo, um docente “pode disponibilizar todo o seu empenho” “para que os alunos possam fazer um caminho e um percurso de aprendizagem bastante positivo, mas isso depende também de uma correspondência” por parte do mesmo. // Sente que ensinar não basta, tem de se ser “apaixonado por aquilo que se vai transmitir”, para contrariar o modelo existente em que ocorre “esta competição” onde se quer “tudo muito imediato”. // Destaca ainda a diferença percetível entre o ensino politécnico e as universidades nos cursos, onde as abordagens efetuadas são “muito teóricas” e aconselha quem se está a especializar nesta vertente, “tem que se ter muita paciência” [ri-se]. // Com um forte desejo de crescer academicamente, o docente sonha em trazer mais contribuições para a escola, criando projetos que toquem a vida dos alunos. A solidariedade de Henrique Silva sobressai em todos os momentos, para si a ESE é “casa” pelo hino que diz “vale a pena estar aqui”, “onde o sol é maior e a gente é mais feliz” e “ nós passamos muitas vezes a maior parte do nosso tempo aqui com pessoas que nós não escolhemos”, “é importante não estarmos aqui à vontadinha mas criarmos espaços e relações marcadas pela sinceridade, pelo respeito, pela partilha, pela colaboração, pela entreajuda, pela empatia e é isso que torna este espaço um espaço agradável como seria a nossa casa”.

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