A Carpa do mural  

A Carpa do mural  

A Carpa do mural  

“Desde pequeno que falo muito, até a dormir falo” 

As fitas pretas e laranjas abraçadas à pandeireta de Alexandre Serra, esvoaçam na direção daquela que tem sido a sua casa desde a sua primeira chegada a Setúbal, a Escola Superior de Educação. Descreve o seu percurso académico no Politécnico através da música “Histórias” da Tuna de Bragança “Nesta vida tantas histórias para contar, que me deu para rir e para chorar. E foi mesmo isso. O IPS, para mim, foi tudo, foi chorar, foi rir, foi fazer, foi tudo”. // A comunicação é algo que sempre lhe foi natural, porém, o interesse pela área do audiovisual também surgiu ao longo do tempo. Acredita que, ao ter formação nestas duas áreas, existe uma relação de complementaridade entre as mesmas “Vocês [Comunicação Social] precisam deles [Audiovisuais] para trazer o material todo, estar ali a captar e a editar aquilo tudo, e eles precisam de vocês porque não querem ir lá para a frente”. A diferença marca não só a visão que Serra tem da Escola Superior de Educação como aquela que três pessoas fizeram no seu percurso e que o marcaram, desde as conversas “caricatas” com a Professora Ana Maria Pessoa, às aventuras com o seu colega Leonardo Alexandre “muito pés à terra” e à sua admiração pelo profissional e ser humano que é o professor Ricardo Nunes “gosto muito da dinâmica que o professor tem no trabalho, e na vida. É uma pessoa muito vigorosa e muito rigorosa com o seu trabalho e tudo isso inspira-me”. //“Apesar de ser muito mau musicalmente” não foi isso que o impediu de se juntar à Tuna, facto que veio reforçar a sua adoração pela tradição académica, quando faltavam apenas dois anos para acabar a Licenciatura em Comunicação Social, “Depois fiz a bolsa”. Como bolseiro do IPStartup, integrou a equipa de comunicação em diversos projetos, onde efetuava entrevistas, reportagens a mentores e editava todo o conteúdo produzido. Cobria ainda eventos como o “Erasmus”, “Semana da Comunicação” e a “Semana da Empregabilidade” e outras iniciativas do Instituto Politécnico de Setúbal como a Feira ETEC. Serra ressalta que “Foi incrível dar continuidade a toda essa bagagem que já trazia antes, mas por outro lado, estar assim tanto tempo em escritório” não correspondia à sua essência, “Eu sou um jovem muito dinâmico”, “desde pequeno que falo muito, até a dormir falo” [ri-se].  A experiência na Tuna também lhe trouxe desafios. Além da vivência do espírito académico, foi na T.A.S.C.A que desenvolveu competências das suas áreas de formação através da gestão de redes sociais. Começou na Tuna Matata “que era uma tuna mista”, mas quis o destino outro desfecho, e que este fosse na T.A.S.C.A. O desafio lançado pelos seus colegas, fez com que conseguisse conciliar a parte boêmia com a profissional. Além de gestor de redes sociais, é também repórter e editor de conteúdos da Tuna, e admite que aprendeu “a fazer coisas em momentos de T.A.S.C.A, assim movimentos com a câmara a gravar ou a fotografar e tive técnicas assim mais diferentes que utilizei na minha bolsa de investigação”. Acredita que a “carpa” [o salto] da sua vida começou no “ninho pequenino”, que foi a Escola Superior de Educação, e acabou numa árvore, o Instituto Politécnico de Setúbal. Alexandre Serra, gostaria de ser lembrado como alguém que desfrutou da vida académica como um todo, sabendo estabelecer um equilíbrio entre a diversão e o profissionalismo. Emocionado, com o sentimento de orgulho e pertença, vê-se eternizado no lar que esta instituição se tornou, “Eu estou ali representado no mural. Eu nunca vou sair daqui, porque eu vou continuar na tuna, […] até 40 anos também”. 

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