Da reportagem à capa de discos: a objectiva única de Augusto Cabrita

Da reportagem à capa de discos: a objectiva única de Augusto Cabrita

Da reportagem à capa de discos: a objectiva única de Augusto Cabrita

Nome de conceituado artista baptiza presentemente inúmeros espaços da cidade

 

A alegria e o entusiasmo foram duas das características que desde sempre marcaram a vida do fotógrafo barreirense Augusto Cabrita, detentor no seu currículo de uma vasta filmografia e de inúmeras reportagens fotográficas, tendo levado a sua arte pelo país e pelo estrangeiro. Os inúmeros trabalhos realizados pelo profissional da imagem, são “pedaços de história da sua terra e nossa terra, e uma demonstração da sua mestria”, recorda a Câmara do Barreiro no site oficial da autarquia, que atribuiu o seu nome ao auditório municipal e que, no ano do seu falecimento, adquiriu 103 fotografias do autor.
O leque de obras deixadas pelo fotógrafo, que dá nome a uma rua da freguesia de Santo António da Charneca e a um dos agrupamentos de escolas do concelho, para além do cinema, inclui ainda diversas publicações, duas das quais associadas aos “50 Anos da CUF no Barreiro” e à “Setenave – Estaleiros Navais de Setúbal”, todavia e para além da sua terra natal, foi a paisagem nacional que seduziu a sua objectiva, seja através do livro “Portugal, Um País Que Importa Conhecer”, ou das obras “As Mais Belas Vilas e Aldeias de Portugal” e “ Os Mais Belos Castelos e Fortalezas de Portugal”, ambos com textos de Júlio Gil, editados no decorrer da década de 80. Em 1982, assinou também as imagen que ilustraram o livro “Cozinha Tradicional Portuguesa”, de Maria de Lourdes Modesto com Homem Cardoso.

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Ao longo da sua vida, Augusto Cabrita ficou eternizado em dezenas de capas de álbuns de vários cantores, com especial destaque para Amália Rodrigues, símbolo mundial do fado. Nascido a 16 de Março de 1923, chegou a ser apelidado como uma “testemunha sensível e inteligente” do século XX, tendo acabado por falecer a 1 de Fevereiro de 1993. Antes da despedida, deixou nos arquivos da RTP dezenas de milhares de filme captados pela sua lente, com destaque para a visita da Rainha Isabel II (Inglaterra), altura em que adquiriu a sua primeira máquina de filmar, tendo a “sua paixão pela reportagem acompanhado toda a vida” do fotógrafo. Em 1961, esteve igualmente de serviço após o terramoto de Agadir (Marrocos), acabando por fazer a cobertura do mesmo, não apenas para o canal da estação pública de televisão, mas também, para outros países europeus.

Reconhecimento Prémios, distinções e homenagens

Em 1985, o também director de fotografia do filme “Belarmino” – que retratou a vida de Belarmino Fragoso, um jogador de boxe nacional -, foi distinguido com o Grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, tendo recebido um ano depois o medalhão “Barreiro Reconhecido” na área da Cultura, Artes e Letras. Já no início dos anos 90, recebeu a Medalha de Mérito Distrital e em Junho de 1995, a Galeria Municipal de Arte do Barreiro acolheu uma exposição que reuniu 38 imagens do artista, extraídas do referido conjunto de fotografias adquiridas pela câmara municipal.

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Distinguido com múltiplos prémios pelo seu trabalho em cinema e televisão, mais recentemente, a imagem do barreirense ficou retratada numa das fachadas de um dos edifícios camarários, junto à Avenida Bento Gonçalves, onde ainda está situado, em sua homenagem. o Passeio Ribeirinho Augusto Cabrita.

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