A criação da primeira Companhia da Guarda Nacional Republicana, sedeada em Setúbal, teve lugar em Maio de 1912. Com 108 anos feitos este ano, o Comando Territorial de Setúbal da GNR abrange todo o distrito e integra um Destacamento de Intervenção, um Destacamento de Trânsito e seis Destacamentos Territoriais, em Almada, Grândola, Montijo, Palmela, Santiago do Cacém e Setúbal. Cada um tem vários Postos Territoriais, 33 no total.
As origens da GNR remontam no entanto a 1383, quando se verifica a primeira referência a instituições policiais nacionais, com o Corpo de Quadrilheiros. Mais tarde, a crise gerada pelo terramoto de 1755 levou Marquês de Pombal a criar, em 1760, a Intendência Geral da Polícia da Corte e do Reino. As Guardas Reais foram extintas pelos liberais, que em 1834 venceram e criaram as Guardas Municipais. Com o fim da monarquia, em 1910, também estas deram lugar à Guarda Nacional Republicana, criada em 1911 “como primeira guarda da polícia organizada para todo o território nacional”.
Sofreu os reflexos directos de vários períodos de crise e de ameaça à ordem e à segurança, e depois do 25 de Abril de 1974 a GNR foi decisiva na transição e normalização democrática em Portugal. Em 1983, criou-se pela primeira vez e o quadro permanente de oficiais da GNR e a Guarda Fiscal foi integrada na GNR em 1993.
Com o passar dos anos, a instituição centenária foi reforçada e alargou a sua missão à investigação criminal, à protecção da natureza e ao apoio e socorro às populações, a nível nacional e até à escala global, com missões humanitárias e de apoio à paz fora de Portugal.
Até ao fecho desta edição não foi possível obter as respostas às questões endereçadas ao comandante do Comando Territorial de Setúbal da GNR.