Artista português encerrou as festas barreirenses com casa cheia
Já encheu vários Coliseus, várias Altice Arenas, para apenas falar nas mais emblemáticas salas portuguesas e encheu as Festas do Barreiro no passado domingo. Sem qualquer dúvida.
O seu talento e o seu profissionalismo são inquestionáveis, quer gostemos da sua música, quer não gostemos ou quer sejamos indiferentes…
O sucesso está, no entanto, cimentado em mais de 30 anos de carreira, com cerca de 30 álbuns (entre originais, ao vivo e coletâneas), meia centena de discos de platina e milhões de discos vendidos e várias grandes produções artísticas de relevo.
Aos 58 anos, diria que se reinventou, depois dos acontecimentos dramáticos em que se viu envolvido nos últimos anos.
No longínquo ano de 1988, o Prémio Nacional de Música, uma antecâmara do Festival RTP da Canção, assistia á estreia de um jovem vindo diretamente de França, para cantar… no seu país, “Uma noite a teu lado”.
Os anos seguintes, com mudanças de editoras e vários discos gravados, seriam “cinzentos”, até que, em 1995, o destino mudou com… “Ai Destino”. E a importância que esse tema assumiu, é do conhecimento geral. No mesmo ano, o álbum “Adeus até um dia” foi Disco de Platina.
“Ao vivo no Olympia”, gravado, como o nome indica naquela mítica sala de Paris em janeiro de 2000, foi tripla platina e esteve um ano no top de vendas, liderando durante mais de nove meses. Do Olympia ao primeiro Coliseu e ao primeiro Pavilhão Atlântico (onde festejou 15 anos de carreira), foi uma questão de tempo, pouco tempo.
Os discos sucedem-se: “A vida que eu escolhi” (2006), “O Homem que eu sou” (2008), “O mesmo de sempre” (2010) e “Essencial” (2012), este último como comemoração dos 25 anos de carreira.
Em 2014 grava com diversos músicos franceses, como Michel Sardou, Sérgio Lama e Vincent Nicio, entre outros, um disco para o mercado francês.
Depois, a história é recente e fala de sucesso: quer em Portugal, quer no estrangeiro, pavilhões e salas de espetáculos cheias (várias vezes o Olympia e o Zenith em Paris, Emperors Palace na África do Sul ou a Brixton Academy em Londres, são apenas algumas das muitas salas estrangeiras por onde passou, com lotações esgotadas) são uma constante, e em França, viu o governo local condecorá-lo em 2016, com a medalha de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras.
Os últimos anos, por razões que todos conhecem, não tem sido fáceis para Tony Carreira, mas não será por acaso que o seu disco de 2021 se chama… “Recomeçar”.
Cada apresentação ao vivo será um novo recomeço. Assim foi, domingo no Barreiro
Opinião Musical