Sadinos jogaram segunda parte em superioridade numérica mas não conseguiram evitar o nulo com o Tondela
O Vitória FC empatou ontem, no Estádio do Bonfim, com o Tondela (0-0) e somou mais um ponto na luta pela fuga à despromoção frente a um concorrente directo. Mesmo tendo atuado toda a segunda parte com mais um elemento em campo, devido a expulsão do beirão Ricardo Alves (aos 45+1) -, os sadinos não conseguiram chegar ao golo que lhes permitisse quebrar um jejum de triunfos que é agora de 14 jornadas.
Com este resultado, os vitorianos, que tiveram no estádio mais de 4500 adeptos a apoiar a equipa, mantêm-se um lugar acima dos lugares de despromoção, com 25 pontos, mais um do que o Tondela que é a primeira equipa abaixo da ‘linha de água’.
Na luta pela fuga a fundo da tabela e numa fase em que todos os pontos valem ouro, sadinos e beirões entraram em campo cautelosos, optando por não procurar de forma desenfreada as balizas contrárias no primeiro tempo. Apesar de o primeiro remate ter pertencido ao Tondela, quando Tomané cabeceou aos 2 minutos ao lado da baliza de Makaridze, o Vitória de Setúbal, que jogou perante os seus adeptos, teve mais tempo instalado no meio-campo adversário.
Depois de várias tentativas tímidas de parte a parte para inaugurar o marcador – os sadinos Sílvio (4) Éber Bessa (12) e Nuno Valente (17) erraram o alvo e o tondelense Ricardo Alves viu Vasco Fernandes desviar um cabeceamento seu para canto (24) –, o melhor lance desse período aconteceu aos 39 minutos.
Berto, atacante dos vitorianos, pegou na bola ainda antes da linha do meio-campo e, com uma velocidade de execução tremenda, deixou vários adversários para trás até ficar na cara de Cláudio Ramos, que travou, para desespero dos adeptos setubalenses, o remate do jogador.
Já em tempo de compensação, uma falta imprudente do defesa Ricardo Alves, que derrubou Mendy que saía para o ataque, foi expulso depois de ver o segundo cartão amarelo em 10 minutos (36 e 45+1), decisão muito contestada pelo Tondela.
A jogar em superioridade numérica, os sadinos entraram pressionantes na segunda parte e quase inauguraram o marcador num remate de Vasco Fernandes, que foi travado por Cláudio Ramos, aos 52 minutos.
Com boas oportunidades para marcar protagonizadas por Mendy e Jhonder Cádiz, aos 64 e 70 minutos – o primeiro cabeceou ao lado e o segundo introduziu a bola na baliza mas o lance foi anulado por fora-de-jogo –, o Vitória não conseguiu ultrapassar a defesa beirã que se mostrou coesa mesmo com menos um jogador em campo.
A falta de discernimento da equipa comandada por Sandro Mendes, que somou a 14.ª jornada sem vencer [sete com o atual técnico e sete com o seu antecessor Lito Vidigal], também explica o facto de os anfitriões não terem conseguido chegar ao golo, que esteve prestes a acontecer aos 90+1 na baliza contrária por intermédio de Tomané.
Antes de terminar a partida, os setubalenses ainda apanharam novo susto no momento em que o árbitro Fábio Veríssimo, por indicação do vídeo-árbitro, foi verificar se José Semedo tinha jogado a bola com a mão no interior da área. Para alívio dos adeptos e jogadores, o juiz leiriense mandou seguir o lance, acabando mesmo a partida com o nulo no marcador.