Clube setubalense já entrou em negociações com os três jogadores que se têm destacado na Liga Revelação, prova em que são treinados por Chiquinho Conde.
Apesar das evidentes restrições causadas pela pandemia da Covid-19, os responsáveis do Vitória FC continuam por estes dias a preparar o futuro. A administração presidida por Paulo Gomes está determinada a em colocar em prática a ideia de apostar na prata da casa, integrando, cada vez mais, jovens atletas da formação no plantel principal já na próxima temporada.
Nesta situação estão os médios Diogo Lobo e João Tomaz e o avançado Leo Chão, atletas que se têm destacado esta época no escalão de sub-23 treinado por Chiquinho Conde. O trio de jovens promessas pode em breve prolongar os seus contratos com os sadinos que reconhecem qualidade e potencial aos jogadores para representarem na época 2020/21 a equipa A, razão pela qual já entraram em negociações para prolongar o vínculo com todos eles.
Ao que apurámos, há uma vontade expressa do clube em segurar as três promessas da ‘cantera’, que estão entre os atletas mais utilizados na Liga Revelação. Os médios Diogo Lobo (21 anos) e João Tomaz (20), que somam, respectivamente, 28 e 21 jogos na competição, já trabalharam com o plantel liderado por Julio Velázquez e ao que tudo indica vão ficar mais próximos de cumprir o sonho de se estrearem no escalão principal.
Já Leo Chão, autor de 10 golos em 31 partidas pelos sub-23, tem 20 anos e metade da sua vida foi passada ao serviço do Vitória. Há muito tempo que o atacante tem vindo a ser seguido pelos responsáveis da equipa principal. O rendimento positivo apresentado já permitiu inclusivamente a estreia na equipa A [n.d.r.: a 11 de Janeiro de 2020 jogou no campeonato diante do Sporting e já antes – 20 de Outubro 2019 – tinha defrontado o Águias do Moradal na Taça de Portugal.
A propósito de Liga Revelação, prova em cujo plantel setubalense estão integrados Diogo Lobo, João Tomaz e Leo Chão, o presidente do Vitória, Paulo Gomes, considera não existirem para o clube razões para reatar a prova. “Não vemos com maus olhos terminar já o campeonato dos sub-23. Para o Vitória, que está na série B, não faz muito sentido começar a fazer uma pré-época para fazer três ou quatro jogos que não vão ter influência num troféu, subida ou descida. Por isso, por nós, os sub-23 podiam terminar já”, disse, reconhecendo a importância da competição para dar espaço aos jovens talentos.
Andebol sadino diz que decisão de terminar época pertence à Federação
Em comunicado publicado na página oficial do Vitória na internet, o clube tomou posição sobre uma notícia publicada no jornal ‘O Jogo’, que afirmava que as equipas de andebol estavam de acordo e propuseram terminar a época sem campeão. Uma vez que os sadinos participal no escalão principal da modalidade, o comunicado, em nome da “verdade desportiva”, esclarece em quatro pontos a sua posição sobre o assunto.
“Os 14 clubes que disputam o Campeonato Placard Andebol 1 estão preocupados, como não poderia deixar de ser, com a atual situação de pandemia COVID-19 e, consequentemente, com a saúde de todos os seus atletas; depois de avaliarem a actual situação e perspectivarem o pós-pandemia, os clubes decidiram, num enorme espírito de solidariedade e colaboração, analisar e debater conjuntamente as suas graves consequências”, lê-se nos primeiros pontos.
Nos seguintes, o texto acrescenta: “os clubes não tomaram qualquer decisão sobre a época sem campeão, conforme escreve o referido jornal, competindo essa decisão à respectiva Federação; os clubes, mais uma vez reafirmando-se, de forma solidária, conscientes das graves implicações que a situação trará à modalidade, procuram encontrar, refletindo conjuntamente, o seu futuro.
O comunicado termina com uma garantia: “ o Vitória Futebol Clube, conforme é seu apanágio, estará sempre disponível para, de forma construtiva, debater com todos os intervenientes (Federação e Clubes) todas as medidas que contribuam para a melhoria e recuperação do andebol nacional”.