Vitória e Gil Vicente anulam-se em duelo com pouca história

Vitória e Gil Vicente anulam-se em duelo com pouca história

Vitória e Gil Vicente anulam-se em duelo com pouca história

Igualdade a zero confirma tendência sadina de empatar sem golos no campeonato

 

Com quatro jornadas realizadas na I Liga de futebol, o Vitória FC confirmou sábado, após empatar (0-0) no reduto do Gil Vicente, uma clara tendência para os nulos na prova. Depois de terem tido idêntico desfecho nas recepções ao Tondela e Moreirense [na outra ronda perderam 4-0 com o FC Porto], os sadinos repetiram esse resultado em Barcelos numa partida em que os sectores defensivos foram claramente superiores aos ofensivos.

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Em termos de desempenho global, há duas maneiras de olhar para os resultados obtidos. Se por um lado é preocupante a equipa não ter vencido nem marcado nenhum golo nos primeiros 360 minutos do campeonato, por outro, apesar de ser evidente que a nível exibicional a performance colectiva está ainda muito aquém das expectativas, os comandados de Sandro Mendes somaram a terceira jornada a pontuar e sem sofrer golos.

No Estádio Cidade de Barcelos, os gilistas entraram melhor e tiveram maior ascendente no primeiro tempo, mas o conjunto setubalense conseguiu após algumas rectificações feitas ao intervalo, equilibrar a contenda. Por esse motivo, a igualdade registada acaba por ser um prémio para os dois emblemas face à parca qualidade de jogo apresentada durante os 90 minutos.

O timoneiro do Vitória tentou surpreender o oponente ao regressar ao sistema de 4x3x3 que já tinha apresentado aquando do jogo com o FC Porto no Estádio do Dragão. Em relação ao duelo de há uma semana com o Moreirense, a novidade foi a inclusão de Berto em detrimento de Carlinhos. Já os gilistas, que no seu reduto tinham vencido os dragões (2-1) e empatado (1-1) com o Braga, tiveram Samuel Lino e Sandro Lima como novidades.

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Invicto diante dos seus adeptos, os pupilos de Vítor Oliveira procuraram tomar conta da partida desde cedo, impondo dinamismo na construção ofensiva e agressividade na reacção à perda, mas não foi capaz de ultrapassar a muralha setubalense. Sandro Lima, aos 13 minutos, num remate torto, e a cabeça de Lourency, aos 19, desviando por cima da barra de Makaridze, deixaram avisos antes do lance de maior aflição em que o defesa Artur Jorge cortou a bola quase em cima da linha de golo.

À procura do primeiro festejo no campeonato, a equipa de Sandro Mendes conseguiu reagir e equilibrar as operações no segundo tempo. A subida das linhas para sacudir a pressão minhota e tentar transmitir outra acutilância no último terço só não deu frutos devido à falta de discernimento e consistência para mais e melhor.

Aos 57 minutos, Zequinha foi o primeiro a testar a atenção do guarda-redes da formação da casa, que defendeu para canto. O Gil Vicente tentou responder, mas o cabeceamento de Kraev foi superiormente travado pelo guardião georgiano Makaridze. O maior atrevimento dos vitorianos conheceu novo capítulo aos 79 minutos, momento em que Éber Bessa, de livre direto, obrigou o guarda-redes Denis a aplicar-se. Na recarga, Hachadi, que voltou a ser perdulário, não conseguiu atirar a bola para o fundo da baliza gilista.

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À medida que o encontro caminhava para o final, Gil Vicente e Vitória preferiram conservar o rigor defensivo em vez de partir em busca do golo do triunfo, confirmando dessa forma o nulo que mantém os sadinos sem facturar nas primeiras quatro rondas da I Liga, algo que não acontecia no clube, a contar para o escalão principal, desde 1939/40.

 

Sandro Mendes: «Estivemos bastante melhor na segunda parte»

 

“Tivemos alguma dificuldade na primeira parte em fechar espaços no interior e o Gil Vicente criou-nos alguns problemas. Ao intervalo, retificámos, a equipa deu uma excelente resposta e criámos algumas oportunidades. Não fizemos golos, mas estivemos bastante melhor na segunda parte.

Há muito ruído e infelizmente somos obrigados a ouvir. Estes jogadores são excelentes profissionais e deram provas disso com um empenho muito grande, uma vontade e um querer, a espaços a jogarem bem, com dinâmica na procura do golo. Infelizmente, não foi desta [que marcámos], mas há que trabalhar, potenciar e rectificar aquilo que não estamos a conseguir fazer. Acho que também somos uma equipa à qual é difícil fazer golos.”

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