Em 21 jogos com os lisboetas, sadinos venceram 14, empataram quatro e perderam três
Quase um mês depois de ter goleado (4-0) o Barreirense, o Vitória volta no sábado, a partir das 15 horas, a actuar no Bonfim, estádio que 37 anos depois será novamente palco de um duelo entre os sadinos e Oriental, desta vez a contar para a 11.ª jornada da série D do Campeonato de Portugal. Tal como fizeram em 1986/87, época em que ganharam 2-0, no encontro da zona Sul da 2.ª Divisão, os verdes e brancos estão focados em repetir o êxito diante dos lisboetas.
Após serem eliminados pelo Penafiel na 4.ª eliminatória da Taça de Portugal (3-2 após prolongamento), os vitorianos, que seguem na segunda posição do campeonato a um ponto de distância do líder Moncarapachense, pretendem reencontrar-se já com os triunfos no campeonato. Além de espreitar um deslize dos algarvios que lhe permita ascender ao 1.º lugar, a equipa pode também aumentar o fosso que o separa dos seus perseguidores.
Para levar a melhor sobre o Oriental, que faz com o Lusitano de Évora e Sintrense parte do grupo que ocupa a 3.ª posição, o conjunto treinado por José Pedro conta ter nas bancadas o apoio do público. Há três jogos sem perderem na prova, os lisboetas chegam a Setúbal moralizados por virem de uma série de três jogos sem perder (empates nos redutos de O Elvas, 1-1, e Juventude de Évora, 0-0, e triunfo caseiro com o Fabril do Barreiro, 1-0).
Apesar de a realidade actual ser muito diferente do passado, em retrospectiva o histórico de embates entre Vitória e Oriental é claramente dominado pelos setubalenses. Em partidas realizadas para a 1.ª Divisão, 2.ª Divisão, Taça de Portugal e um confronto na final da Liguilha de acesso da 2.º ao 1.º escalão, na temporada de 1951/52, os verdes e brancos, nos 21 duelos travados, venceram 14, empataram quatro e perderam três.
Se tivermos em conta apenas os jogos em que o Vitória actuou na condição de conjunto visitado, o saldo é ainda mais avassalador, uma vez que nos 11 encontros realizados ganhou nove, empatou um e perdeu outro. Não obstante o saldo geral positivo, os sadinos têm mais fresco na memória o desaire sofrido na Taça de Portugal de 2014/15, época em que foram afastados na 4.ª eliminatória pelo Oriental (derrota por 1-0).
No Estádio Engenheiro Carlos Salema, a 23 de Novembro de 2014, os lisboetas, que então militavam na 2.ª Liga, surpreenderam a formação treinada por Domingos Paciência, que à data participava no principal escalão do futebol português. Quase nove anos depois, o capitão Zequinha, que tinha sido titular no duelo da Taça, volta a defrontar o Oriental, que na altura venceram com um auto-golo do defesa senegalês François.
Luto por Roberto Calisto
Roberto Calisto, sócio do Vitória desde 1985 e principal responsável pela criação do Vitória Clube do Pico da Pedra, emblema açorianos de que foi sócio fundador, faleceu ontem aos 59 anos de idade, informou o clube setubalense. “O Vitória manifesta os seus mais profundos pêsames pela partida precoce de Roberto Calisto. Deixa-nos e deixará também nos nossos corações uma profunda saudade, mas com a certeza de que a sua dedicação em prol desde símbolo vai perdurar no tempo por muitos anos”.
O velório do sócio n.º 2 dos insulares do Vitória Clube Pico da Pedra (clube da freguesia da Ribeira Grande, na ilha de São Miguel), de que foi presidente da direcção e era actualmente presidente da Mesa da Assembleia-Geral, realiza-se hoje de manhã, saindo da Casa Mortuária do Pico da Pedra. O SETUBALENSE endereça as sentidas condolências aos familiares e amigos de Roberto Calisto.
Campeonato Nacional de Sub-17: Penáltis falhados impedem sadinos de pontuar com Benfica
A contar para a 13.ª jornada da série Sul do campeonato, a equipa de sub-17 do Vitória perdeu no sábado, em Palmela, com o Benfica, por 3-1, num jogo em que os sadinos desperdiçaram duas grandes penalidades. O triunfo das águias começou a ser construído aos 22, altura em que o capitão Francisco Silva fez o 1-0 de penálti. Na baliza contrária, aos 37, o guardião Artur Fernandes impediu que Miguel Neves empatasse da marca dos 11 metros, mas não evitou que o mesmo atleta fizesse o 1-1, aos 40 minutos.
Após o reatamento, o recém-entrado João Gonçalves voltou, aos 50 minutos, a colocar os benfiquistas na frente do marcador num lance em que só teve de encostar depois de uma defesa incompleta de Francisco Almaça, guardião dos sadinos que, aos 65 minutos, nada pôde fazer para evitar o 3-1 de Eduardo Nunes num remate em arco colocado que entrou junto ao ângulo superior esquerdo. Volvidos dois minutos, o Vitória voltou a ser perdulário nos penáltis, desta vez foi Rodrigo Santos que, para alívio das águias, rematou muito por cima da trave.
No domingo, 11 horas, os verdes e brancos voltam a jogar no Complexo Desportivo Municipal de Palmela, desta vez tendo como adversário o Estoril, em partida da 14.ª jornada. Na classificação, o Vitória ocupa a 6.ª posição com 15 pontos (quatro triunfos, três empates e seis derrotas), um de vantagem sobre os canarinhos, que estão no 9.º posto. Recorde-se que na primeira volta, a contar para a 3.ª jornada, sadinos e estorilistas tinham empatado (1-1).