Jubal e Pirri marcaram golos do triunfo sadino no Bonfim
A permanência do Vitória FC na I Liga causou ontem uma explosão de alegria em Setúbal, cidade em que os seus habitantes embalaram a equipa com uma energia positiva que levou-a a triunfar, por 2-0, no Estádio do Bonfim, sobre o Belenenses SAD. Os golos que deixaram a cidade os setubalenses em delírio foram apontados pelos defesas brasileiros Jubal e Pirri. O trunfo garantiu desde logo a continuidade sem ter de esperar pelos desfecho do jogo com o Portimonense, que venceu 2-0, mas acabou despromovido.
Antes do encontro, milhares de adeptos saíram à rua para acompanharem o autocarro que transportou a equipa deste a rotunda dos Golfinhos, à entrada da cidade, até ao estádio, que foi palco da final disputada com os lisboetas. Em todo o jogo, mesmo sem jogar bonito, a equipa entregou-se ao jogo de forma abnegada e acabou recompensada quando o árbitro terminou o jogo.
Em relação à equipa que empatou (0-0) na jornada anterior em Alvalade, Lito Vidigal fez duas alterações incluindo Alex Freitas e Hachad no ‘onze’ em detrimento de João Meira e Mansilla. No lado doas ‘azuis’, Petit também fez duas mexidas: saíram Nuno Henrique e Nilton Varela e entraram Matias e Danny.
Apesar de estarem obrigados a vencer para assegurarem a permanência sem depender de outros resultados, os sadinos entraram cautelosos e só de bola parada conseguiram chegar à baliza de Koffi nos primeiros 30 minutos. Exemplo disso mesmo foram os remates longe do alvo de Zequinha e Carinhos aos 04 e 12 minutos, respetivamente.
Com mais posse de bola e ascendente territorial, o Belenenses SAD também sentiu dificuldades em chegar à baliza de Makaridze. A excepção foi um remate forte de longa distância de Show, aos 07 minutos, que passou muito perto do poste esquerdo da baliza defendida pelo georgiano.
Nesta fase já se antevia que a acontecer um golo este deveria surgir de bola parada. Aos 31 minutos, o defesa Jubal, que correspondeu de cabeça a um canto apontado por Éber Bessa, elevou-se no interior da área e rematou para o 1-0 num lance em que Koffi nada conseguiu fazer para evitar a festa sadina.
O Belenenses não se deixou afetar e teve a sua melhor ocasião para marcar volvidos três minutos, altura em que a igualdade só não aconteceu devido a uma enorme defesa de Makaridze a cabeceamento de Nuno Coelho. Até ao intervalo, o Vitória ainda festejou, aos 35 minutos, um golo de Éber Bessa, mas o mesmo foi anulado depois de longa consulta do VAR. Hachadi, na recarga a um primeiro remate de Carlinhos no início da jogada, estava cinco centímetros fora de jogo.
Já aos 45, depois de recuperar bola antes da linha do meio-campo, Alex Freitas encaminhou-se em velocidade para a baliza e rematou à entrada da área, quando tinha Éber Bessa em boa posição para ser assistido, a centímetros do poste esquerdo. No início do segundo tempo, voltaram a ver-se remates de meia distância a levar a bola junto de ambas as balizas. Aos 47 minutos, Marco Matias, dos lisboetas, rematou ao lado e, aos 52, foi a vez de Carlinhos rematar para intervenção atenta de Koffi.
Aos 68, uma perda de bola do defesa sadino Pirri, que tinha entrado dois minutos antes para o lugar de Éber Bessa, permitiu que o Belenenses SAD ameaçasse a baliza de Makaridze num remate de Marco Matias que saiu sobre a trave. Com a equipa de Lito Vidigal só já interessada em segurar a vantagem, o Belenenses SAD quase chegou ao empate, aos 74, num remate de Keita que encontrou um ‘muro’ chamado Makaridze, que voou para evitar o golo dos forasteiros.
Aos 85 e 87 minutos, quando o Belenenses SAD dominava, foram os sadinos que dispuseram de duas excelentes oportunidades para ampliar a vantagem. Em ambas as ocasiões Koffi evitou que Carlinhos e Zequinha, respetivamente, marcassem o segundo dos vitorianos. Antes do apito final, aos 90+4, o Vitória de Setúbal chegou ao 2-0 por Pirri, defesa que se juntou a Berto numa ‘cavalgada’ rumo à baliza de Koffi para fazer o golo da tranquilidade e que confirmou o triunfo e a permanência dos sadinos na I Liga em 2020/21.