Vantagem no confronto directo (sadinos ganharam 3-1 no Bonfim) foi decisiva nas contas finais
O Vitória garantiu no sábado a presença na final do Campeonato de Portugal, no Estádio do Jamor, recinto que será o palco do jogo do título a 10 de Junho (16 horas), diante do Amarante. Apesar da derrota (2-1), sofrida na ilha Terceira, com o Lusitânia dos Açores, os sadinos seguraram o 1.º lugar, com os mesmos 13 pontos do adversário, mas com vantagem no confronto directo por terem vencido 3-1 no Bonfim.
Apoiados por cerca de 200 adeptos no Campo de Jogos de São Mateus da Calheta, em Angra do Heroísmo, naquela que foi a 6.ª e última jornada da fase de subida do Campeonato de Portugal (série 2), os setubalenses colocaram-se em vantagem, aos 12 minutos, por intermédio do defesa Lourenço Henriques que deu, de cabeça, o melhor seguimento a um livre cobrado por Mauro Antunes.
Após o golo sofrido, os insulares tentaram reagir e acercar-se da área setubalense, colocando algumas vezes em sentido a defensiva vitoriana. Aos 19 e 20 minutos, os centrais sadinos Tiago Duque e Lourenço Henriques, respectivamente, tiraram a bola da zona de perigo e, aos 25 minutos, o guarda-redes Tiago Neto viu um remate forte de Camilo Durán a passar sobre a trave.
Numa altura em que os sadinos pareciam controlar as operações e seguravam a vantagem no marcador, a equipa técnica liderada por José Pedro (que não esteve no banco devido a castigo) lançou no jogo Daniel Carvalho para o lugar de Heliardo, avançado que voltou a ser titular, após cumprir castigo, mas acabou por sair lesionado, aos 33. Volvidos dois minutos, os sadinos ficaram perto de ampliar a vantagem num remate de Flavinho que foi travado por Diogo Sá.
Sem nada a perder, depois de terem na ronda anterior também assegurado a promoção à Liga 3, o Lusitânia foi em busca do golo da igualdade que surgiu, aos 39, num contra-ataque que foi finalizado por Rafa Tchê, que foi mais rápido na esquerda que a defesa vitoriana e foi eficaz quando ficou na cara de Tiago Neto, guardião que não evitou o 1-1 dos anfitriões ainda antes do intervalo.
Nos instantes finais do primeiro tempo, já depois de Gonçalo Maria (45) ter acertado na trave num lance que foi prontamente invalidado pela equipa de arbitragem por fora-de-jogo, os vitorianos dispuseram, aos 45+2, de uma ocasião flagrante de golo por intermédio de Diogo Sequeira, que rematou para defesa de recurso de Diogo Sá com a mão direita, que segurou o 1-1.
No regresso dos balneários, ambas as equipas ameaçaram várias vezes voltar a mexer no marcador. Aos 47, Lourenço Henriques fez um corte providencial a evitar que remate forte de um adversário resultasse em golo. Aos 50, na área contrária, Diogo Sequeira atacou pelo flanco esquerdo, mas o remate não atingiu o alvo. O mesmo jogador, aos 64, desferiu um pontapé, de fora da área, mas a bola saiu à figura do guarda-redes insular.
Obrigado a vencer por dois golos de diferença para chegar ao 1.º lugar, o Lusitânia pressionou e ficou perto de operar a reviravolta no marcador, aos 68, quando o guardião vitoriano Tiago Neto evitou o golo adversário com uma estirada que evitou que o cabeceamento de Gonçalo Cabral, após cruzamento vindo da direita, resultasse em golo. Apesar do perigo, a melhor oportunidade de golo pertenceu aos sadinos que, aos 72, viram João Marouca cabecear à trave, após cruzamento de Gonçalo Maria da esquerda.
Pouco depois, os açorianos beneficiaram de um penálti por falta de Lourenço Henriques no interior da área sobre um adversário. Decorria o minuto 75, quando da marca dos 11 metros, Camilo Durán converteu o castigo máximo que fez a cambalhota no marcador (2-1) para os anfitriões. Até ao apito final, o Lusitânia foi em busca do terceiro golo que lhes permitisse chegar à final do Jamor, mas os sadinos cerraram fileiras, impedindo o oponente de voltar a marcar.
Já com Diogo Martins e Paulo Lima em campo – entraram, aos 85 minutos, para os lugares de Joel Monteiro e Flavinho – o Vitória não deu veleidades para houvesse mais alterações no marcador, conseguindo dessa forma fazer a festa do 1.º lugar e da consequente presença no duelo em que discutirá com Amarante (vencedor da série 1) o título de vencedor do Campeonato de Portugal, no Jamor, estádio que foi em 1965, 1967 e 2005 palco da conquista de três Taças de Portugal.