Três dos quatro jogos que faltam aos sadinos na Liga 3 serão realizados em Setúbal
Depois de vencer (1-0) anteontem na casa do Oliveira do Hospital, interrompendo uma série de três jornadas sem ganhar na série B da Liga 3, o Vitória procura amanhã, no Estádio do Bonfim, vencer o Torreense para dar sequência ao resultado anterior e consolidar o seu lugar entre o quarteto que lidera a competição.
Na partida da 19.ª ronda, que tem início agendado para as 19 horas, os sadinos, actual 4.º classificado (30 pontos), defrontam o conjunto de Torres Vedras, que ocupa a 2.ª posição com 35. Para ajudar a equipa a superar o adversário, num duelo que se antevê muito complicado, os responsáveis vitorianos apelam à presença do 12.º jogador nas bancadas do estádio.
Numa altura em que faltam apenas disputar quatro jornadas para terminar a fase actual, os comandados de Pedro Gandaio, que vão realizar três dos quatro encontros que restam em Setúbal, querem tirar partido do factor casa, uma vez que sabem que os desfechos que serão alcançados na condição de anfitriões serão decisivos para passar à fase de subida.
Refira-se que depois da recepção de amanhã ao Torreense, o Vitória defrontará em seguida, também no Bonfim, o Oriental Dragon, a 20 de Fevereiro. Uma semana depois, dia 27, o Vitória joga na casa do Cova da Piedade e, na derradeira ronda, a 5 de Março, terá pela frente, novamente em Setúbal, o Alverca, numa partida que poderá vir a revestir-se de carácter decisivo para ambos el clubes.
Vitória e Torreense, clubes que nas décadas de 1950 e 1960 chegaram a defrontar-se no escalão principal do futebol português, voltam a medir forças cerca de três meses depois de os sadinos terem ido ao Estádio Manuel Marques ganhar, por 1-0. Nessa partida da oitava jornada da Liga 3, o único golo do jogo foi apontado pelo defesa Bruno Bernardo, aos 90+5 minutos.
Carlos Padrão apela à união
Na última quarta-feira o herói do jogo foi outro. André Mesquita, na cobrança de um livre directo em zona frontal à baliza, fez um golaço, aos 80 minutos, garantindo os três pontos na partida que marcou a estreia de Carlos Padrão como director do Futebol Profissional dos setubalenses.
O antigo guarda-redes do Vitória, entre as épocas de 1982/83 e 1984/85, fez questão de deixar uma mensagem de esperança e união aos adeptos nas primeiras declarações que fez no início da semana quando assumiu funções.
“Deixo uma mensagem de esperança. Este é o momento em que os vitorianos têm que dar as mãos, temos que dar tudo para conseguirmos os objectivos a que nos propusemos”.
Carlos Padrão revelou o seu sentimento por voltar a uma casa que já foi sua.
“É uma enorme honra regressar a esta casa. Faz exactamente 40 anos que entrei aqui pela primeira vez. Vou representar um clube com a história brilhante que o Vitória tem. Estou aqui com o coração cheio, enorme paixão e vontade em servir o Vitória FC. Todos os que tivemos a honra de representar o Vitória sabemos a honra que é tê-lo feito. Sabemos a importância que o clube tem para esta fantástica cidade. Nunca me cansarei de o dizer e repetir que é uma enorme honra estar aqui”.
E acrescentou: “Entro como profissional, darei o melhor de mim, com enorme paixão, quem me conheço sabe a paixão que ponho nas coisas que faço. Não venho para aqui bater com a mão no peito e dizer que sou do Vitória desde pequenino. Um aperto de mão selou a minha entrada no Vitória e um aperto de mão selará a minha saída”, disse na mensagem vídeo que o clube publicou nas suas redes sociais Facebook e Instagram.
Carlos Padrão, de 63 anos, não se coibiu de revelar a forma como irá pautar as suas decisões como director do Futebol Profissional. “Uma coisa é certa: aquilo que eu achar que deve e tem de ser feito com certeza que irá acontecer. Serão sempre decisões ponderadas e dentro do conhecimento e da vontade grande que eu tenho de servir o Vitória e de dar oportunidade a que este clube volte onde tem direito de estar”.
O antigo atleta mostrou-se surpreendido pelo que encontrou no Bonfim. “Vim encontrar um clube muitíssimo organizado, transfigurado em relação às notícias que vinham a público e àquilo que o Vitória era há um ano. O Vitória está super organizado e os jogadores têm condições ímpares, ao nível do que de melhor se faz em Portugal neste momento. Fiquei realmente impressionado. O trabalho é fantástico e o mérito é de quem está à frente dos destinos do clube, dos jogadores, equipa técnica e equipa médica. Encontrei um ambiente e condições fantásticas. Acho que estão reunidas todas as condições para atacarmos o grande objectivo desta época”.