Após quatro empates consecutivos, sadinos querem reencontrar êxitos com Boavista
Com o 2-2 registado na jornada anterior frente ao Santa Clara, o Vitória FC confirmou o estatuto de rei dos empates na presente edição da I Liga de futebol. Nas 26 partidas realizadas até ao momento no campeonato, a equipa soma 12 igualdades, tendo quatro delas sido registadas nos últimos jogos (0-0 com o Portimonense, 1-1 com Benfica e Marítimo e 2-2 com os açorianos).
Numa altura em que ainda faltam disputar oito jornadas na prova, o Vitória já igualou o número de empates que obteve no final de 2007/08, 2015/16 e 2018/19. Para encontrar uma época com mais do que as 12 igualdades registadas até agora é preciso recuar a 2002/03, temporada em que o clube terminou o campeonato com 13 empates e acabou despromovido à II Liga.
O elevado número de empates dos comandos de Julio Velázquez tem permitido ao conjunto setubalense amealhar pontos que possibilitaram, depois do ponto conquistado com o Santa Cloara, a chegada à barreira psicológica dos 30 pontos. Este dado contrasta com o que aconteceu nalgumas épocas da história recente do clube, uma vez que, em várias dessas temporadas as três dezenas de pontos foram uma miragem.
Numa altura em que ainda faltam disputar oito jornadas para o final do campeonato – Boavista, Rio Ave, V. Guimarães, Paços de Ferreira, Aves, Famalicão, Sporting e Belenenses SAD são os adversários –, a fasquia ganha relevo no Bonfim pelo facto de essa pontuação não ter sido sequer atingida no final de cinco das últimas 15 temporadas (2006/07, 2008/09, 2009/10, 2012/13 e 2014/15).
Desde 2004/05, época em que voltaram a actuar de forma ininterrupta no escalão principal, só por quatro ocasiões os sadinos conseguiram chegar aos 30 pontos antes da actual 26.ª jornada. O empate (2-2) obtido na quarta-feira com o Santa Clara – o quarto consecutivo na competição – possibilitou que a equipa de Julio Velázquez, mesmo estando há oito jornadas sem vencer, atingisse as três dezenas de pontos.
Antes do técnico espanhol, de 38 anos, só José Couceiro e Carlos Carvalhal tinham conseguido levar o Vitória a somar três dezenas de pontos mais cedo nos últimos 15 anos. O primeiro fê-lo em 2004/05 [n.d.r.: antes de se transferir para o FC Porto comandou equipa em 19 jornadas, sendo substituído por José Rachão], 2013/14 e 2016/17, enquanto o actual treinador do Rio Ave fê-lo em 2007/08.
Refira-se que antes da chegada de Julio Velázquez a Setúbal, o Vitória teve dois treinadores à frente da equipa, tendo ambos contribuído com igualdades para o total de 12 jogos em que a equipa somou um ponto. No caso de Sandro Mendes, que orientou a equipa entre a primeira e oitava jornadas, os sadinos empataram cinco vezes (0-0 com Tondela, Moreirense, Gil Vicente, Portimonense e Marítimo), enquanto Meyong, que assumiu o cargo entre as nona e 11.ª rondas, somou uma igualdade (1-1 com o Santa Clara).
Visita ao Bessa na máxima força
Entretanto, após a folga de domingo, o plantel vitoriano retomou ontem, de manhã, no Estádio do Bonfim, a preparação o embate de quinta-feira, 19 horas, no reduto do Boavista, a contar para a 27.ª jornada. Até ao encontro no Estádio do Bessa, Julio Velázquez vai ainda orientar mais duas sessões de trabalho, a primeira já esta manhã, pelas 10 horas, novamente no Bonfim.
Sem lesionados nem castigados, o timoneiro dos sadinos tem todos os jogadores à sua disposição diante dos axadrezados. Sem nunca descurar a aspectos como a circulação de bola e a finalização, o técnico deu continuidade ao processo de evolução colectiva, transmitindo as ideias base da estratégia a aplicar na partida diante do Boavista, conjunto que venceu (0-1) no reduto do Sp. Braga no passado sábado.
Com a conquista dos três pontos na casa dos minhotos, os axadrezados estão agora ma 10.ª posição com 32 pontos, mais dois que os setubalenses que seguem no 12.º posto com 30 pontos (os mesmo de Gil Vicente e Belenenses SAD). Para hoje, depois do treino, os jogadores, equipa técnica e ‘staff’ voltarão a ser alvo de um rastreio à Covid-19.