No domingo, pela primeira vez na presente edição do Campeonato da I Divisão da AF Setúbal, o Vitória chegou ao final de um jogo sem marcar golos. O responsável pelo feito foi o GD Alfarim, 13.º classificado da prova, que impôs uma igualdade (0-0) na partida da 11.ª jornada. No final do encontro, o treinador Paulo Martins reconheceu que há trabalho a fazer de forma a elevar os níveis de eficácia junto da baliza. “Temos que melhorar na finalização”, frisou.
Apesar de seguirem destacados no topo da tabela – 29 pontos em 33 possíveis –, os sadinos, detentores da melhor defesa do campeonato com apenas três golos sofridos, ocupam apenas a quinta posição no ‘ranking’ dos melhores ataques a par do Palmelense, ambos com 17 golos. O Grandolense (25), Olímpico Montijo e Pescadores (19) e Sesimbra (18) têm sido mais concretizadores junto das balizas adversárias.
O timoneiro dos setubalenses está consciente da importância de a sua equipa ter uma veia goleadora melhor, apesar de essa ser uma questão que não lhe tira o sono. O facto de os jogadores chegarem muitas vezes a zonas de finalização e criarem oportunidades para marcar – como voltou a suceder no duelo em Alfarim – é algo que o tranquiliza e deixa otimista em relação a um futuro com mais golos.
No próximo domingo, dia em que defrontam no Estádio do Bonfim o Almada AC, os verdes e brancos vão ter uma oportunidade para melhorar a veia goleadora dos seus atletas. Além do facto de medirem forças com o último classificado, que soma contabiliza um triunfo e 10 derrotas na prova, a equipa da margem Sul é também detentora da pior defesa da competição com 28 golos encaixados, que perfazem uma média superior a 2,5 por jornada.
Após o nulo registado em Alfarim, o defesa Diogo Isnard dirigiu o foco da equipa para o embate com os almadenses, revelando o desejo dos vitorianos em reencontrar-se com os golos em com os êxitos. “Temos de continuar a trabalhar. No próximo fim-de-semana temos mais um jogo e é mais um em que vamos querer que os três pontos fiquem no Bonfim”, afirmou o atleta de 22 anos.
Sobre o encontro com o Alfarim, o treinador Paulo Martins admitiu tristeza pelo desfecho. “Obviamente, saímos tristes com este resultado”, disse, referindo que o sentimento contrastou com as celebrações que o oponente fez depois do apito final. “Já deu para ver neste jogo que empatar com o Vitória é como se valesse um campeonato, tendo em conta a maneira como tudo terminou aqui”.
O técnico considera que só no final do campeonato se avaliará os efeitos do resultado. “Respeitamos muito a equipa adversária porque cada um luta com as suas armas. Nós empatámos, e não sabemos se perdemos aqui dois pontos ou ganhámos um. Só no final vamos fazer as contas”, disse, não deixando de felicitar a sua equipa. “Parabéns aos meus jogadores”.
E acrescentou: “Fomos uma equipa competente. Ganhámos muitos duelos individuais frente a um adversário que sabíamos que ia apostar muito nisso. Não permitimos que o Alfarim tivesse oportunidades para nos ferir. Chegámos, com algum critério, a zonas de finalização, mas não o fizemos bem”, admitiu, salientando a presença do 12.º jogador. “Como sempre, quero agradecer aos nossos adeptos que estiveram novamente em grande número a apoiar-nos”.
“Não foi o nosso dia”
O defesa Diogo Isnard também fez questão de deixar uma palavra aos vitorianos que acompanharam a equipa a Alfarim. “À nossa massa adepta, quero apenas agradecer. Sem dúvida, foram mais um elemento a ajudar-nos e para a semana contamos com o apoio outra vez no Estádio do Bonfim”, disse, aludindo ao confronto de domingo, 15:00 horas, com o Almada AC, a contar para a 12.ª jornada.
Em relação ao duelo com a sua antiga equipa, o lateral foi perentório. “Foi um jogo complicado e tentámos tudo para ganhar. Tivemos bolas no poste, criámos oportunidades e soubemos sofrer quando tínhamos que o fazer, mas hoje não foi o nosso dia. Conheço bem este campo e a equipa que defrontámos, mas hoje não deu para nós”, lamentou o atleta que soma um golo nas 10 partidas que fez no campeonato.