“Tínhamos consciência que a missão ia ser difícil mas acreditámos sempre no nosso trabalho”

“Tínhamos consciência que a missão ia ser difícil mas acreditámos sempre no nosso trabalho”

“Tínhamos consciência que a missão ia ser difícil mas acreditámos sempre no nosso trabalho”

Derrota com os Pescadores foi o momento-chave da época. Houve uma conversa dura com os jogadores e a partir daí seguiram-se 22 vitórias e um empate.

 

 

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O Campeonato Distrital da 1.ª Divisão da Associação de Futebol de Setúbal ainda não terminou mas o campeão já está encontrado. A derrota sofrida pelo Comércio Indústria na Moita permitiu que o Desportivo Fabril fizesse a festa no final do jogo que disputou com o Cova da Piedade B, no Estádio Alfredo da Silva.

 

“Sabíamos que o jogo com o C. Piedade nos poderia dar (ou não) o título porque o Comércio Indústria iria ter um jogo muito difícil na Moita, como nós também tivemos. Mas, apesar disso, a única coisa que tínhamos em mente era fazermos o nosso trabalho e tentar ganhar o jogo. Isso aconteceu e felizmente conseguimos o objectivo para o qual muito trabalhámos ao longo do ano”, começou por dizer João Nuno, o treinador da equipa campeã, sem esconder a sua satisfação.

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“Este é um sentimento de enorme alegria e grande satisfação para os jogadores e para o clube, que está de volta a um patamar de onde nunca deveria ter saído. Na época passada os últimos minutos vividos nos Açores foram de grande desilusão porque não nos permitiram continuar no Campeonato de Portugal, este foi um assunto falado muitas vezes nas palestras com os jogadores. Tinha que estar na nossa cabeça para que a alegria pudesse ter agora um sabor especial. Acreditámos sempre no que estávamos a fazer e um ano depois tivemos a recompensa. Estamos muito felizes”, realçou.

 

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João Nuno fez questão de salientar que o grupo de trabalho nunca escondeu que o objectivo era lutar pela subida de divisão. “Sabíamos que havia outras equipas com o mesmo objectivo, o Comércio Indústria e o Olímpico do Montijo que iam trabalhar de manhã e tinham muita qualidade. Tínhamos consciência que a nossa missão ia ser difícil mas acreditámos sempre no nosso trabalho. O Montijo ficou mais cedo fora de combate mas o Comércio Indústria nunca nos deu espaço para facilitismos porque fez também uma excelente época. De qualquer forma, penso que não há grandes dúvidas de que fomos a melhor equipa do campeonato”.

 

 

Reforços trouxeram mais experiência

 

O plantel à partida já era forte mas mesmo assim foi reforçado em determinada altura e o treinador explica porquê.

“Eu e o presidente tivemos uma conversa muito importante no início da época. Permitiu que eu construísse totalmente este plantel e pediu-me para formar a equipa com jogadores jovens mas com potencial. De início tínhamos muita juventude e durante várias jornadas [quando o Ivan Reis se lesionou] os jogadores mais velhos que chegámos a ter em campo tinham 24/25 anos. Isto é, a equipa tinha miúdos com qualidade, que nós conhecíamos muito bem porque tinham sido meus jogadores noutros clubes [Cova da Piedade e Barreirense], mas quando chegámos a meio do campeonato sentimos que precisávamos de reforçar algumas posições. O Fabrício que já estava connosco foi inscrito em Janeiro e vieram outros, nomeadamente o França e o Amândio Ramião, que se revelaram muito importantes porque trouxeram mais experiência e acrescentaram mais qualidade ao grupo”.

 

Nos 35 jogos até agora disputados o Desportivo Fabril, que possui o ataque mais concretizador e a defesa menos batida do campeonato, tem um registo de 29 vitórias, cinco empates e uma derrota, sendo esta, na opinião de João Nuno, o momento-chave da competição para a sua equipa.

 

“O campeonato é longo. Vamos fazer 38 jogos o que para atletas não profissionais é demasiado e houve alturas, devido ao Covid-19, que tivemos de jogar ao domingo e à quarta-feira. Sabíamos que era determinante ter um plantel com soluções, foi isso que eu disse ao presidente e o balanço que faço é extremamente positivo porque fizemos um excelente campeonato. Começámos o campeonato com bons resultados, andámos na frente e ganhámos alguns jogos com boas margens, mas a derrota com os Pescadores foi o momento-chave da época porque percebemos que para chegarmos ao objectivo tínhamos que levar o campeonato muito a sério dado que havia outras equipas de qualidade a lutar pelo mesmo objectivo e que a tarefa iria ser muito difícil. Tivemos uma conversa dura, uma conversa que tinha que ser feita naquela altura com os jogadores e relembrá-los para que tinham sido contratados e qual era o objectivo do clube. A partir desse jogo, nos 23 que fizemos a seguir ganhámos 22 e empatamos um”.

 

 

Renovação à vista

 

Em relação ao seu futuro e à nova época do Desportivo Fabril no Campeonato de Portugal, tudo aponta para a continuidade.

“Temos andado numa luta tremenda e o nosso foco total passava por ganhar esta época, que estava a ser muito difícil. Em nenhum momento falámos sobre o futuro. Sei que existe vontade da direcção em contar com a nossa equipa técnica e nós também nos sentimos bem no clube. Portanto, acredito que nos próximos tempos iremos falar para acertar as coisas”, referiu a propósito o treinador campeão que aproveitou também para deixar algumas palavras de agradecimento.

 

“Quero agradecer ao presidente Faustino Mestre a confiança que teve no meu trabalho. Foi-me buscar na época passada quando estava no Campeonato de Portugal, fizemos uma excelente recuperação e estivemos muito perto da manutenção mas, antes disso, renovou comigo para a próxima temporada. Não podia deixar de lhe agradecer a confiança, assim como ao Vicente o director da equipa que está sempre mais perto de nós, aos jogadores, à minha equipa técnica, à minha família e ao meu pai, a pessoa mais importante da minha vida que deve estar a sorrir lá em cima”.

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