Golo de Lopes ao cair do pano deu três pontos aos sadinos
O triunfo (1-0) alcançado anteontem pelo Vitória no reduto dos Pescadores, em partida da 16.ª jornada da 1.ª Divisão Distrital da Associação de Futebol de Setúbal, confirma que a equipa sadina atravessa o melhor momento da época. Depois de uma série de cinco partidas sem vencer (quatro empates e uma derrota), os comandados de Paulo Martins somaram na Costa de Caparica o terceiro êxito consecutivo na prova.
Em jeito de balanço e análise ao momento actual da equipa, o timoneiro dos sadinos encara com naturalidade a oscilação de resultados, considerando tratar-se de “dores de crescimento” do plantel mais jovem da competição. Actualmente na sexta posição da 1.ª Divisão (26 pontos), os vitorianos acreditam que têm qualidade para “chegar mais acima na classificação”. Na próxima ronda, a equipa terá como oponente o Sesimbra, nono classificado, com 21 pontos.
Que análise faz ao jogo com os Pescadores?
Foi um jogo em que tivemos algumas contrariedades. Não pudemos contar com alguns jogadores como o Márcio Delgado (amigdalite) e outro jogador que, não esteve em contacto connosco, mas está em isolamento profilático devido à Covid. Tivemos de alterar tudo à última hora, mas a equipa teve um comportamento excelente e uniu-se ainda mais num campo difícil, frente a uma equipa bastante competitiva e que está a fazer um bom campeonato [5.º classificado com 28 pontos]. Este é o nosso trajecto, é o nosso caminho. Ambas as equipas tiveram oportunidades para marcar. Houve dois lances em que atirámos a bola à trave e o adversário, creio, teve uma bola no ferro. O nosso golo acabou por surgir na sequência de um livre directo já no final do encontro Por intermédio do André Lopes.
Depois de vários jogos sem vencer, a equipa ganhou nas últimas três jornadas. A que se deve a boa reacção?
É verdade. Depois de vários jogos sem vencer a equipa teve a felicidade de voltar a ganhar nas últimas jornadas. Na minha opinião o que aconteceu está relacionado com as dores de crescimento da equipa. Temos o plantel mais jovem do campeonato, seguindo-se o Cova da Piedade. Os jogos em que perdemos deveram-se a erros que podem voltar a acontecer. Temos que perceber que temos uma equipa muito nova. Recordo que antes da chegada do William Barbosa (38 anos) a nossa defesa jogava com jovens de 19 anos. Num campeonato supercompetitivo, com jogadores experientes os resultados que tivemos são fruto das dores de crescimento. Tivemos de perceber o que estava a acontecer e mudar certos comportamentos a nível de jogo para fazer crescer a equipa.
O Vitória ocupa a 6ª posição da tabela, com 26 pontos em 16 jornadas. Está dentro do que esperava ou está aquém das expectativas?
Penso que poderíamos ter mais alguns pontos, mas, no cômputo geral, penso que estamos a fazer um campeonato dentro das minhas expectativas. Sabemos que não temos as armas de outras equipas. Há clubes com mais tempo de treino, por exemplo, e isso acaba por se reflectir. Enquanto nós treinamos três vezes por semana, há equipas que o fazem quatro e cinco vezes. Feitas as contas, no final da semana isso representa mais quatro ou cinco treinos do que nós e, ao final do mês, ainda maior é a diferença. No entanto, isso não nos impede de pensar chegar mais acima na classificação.
Vizinho Comércio e Indústria
é a equipa mais competente
O campeonato está a ser mais competitivo do que esperava?
Já esperava um campeonato competitivo como este. Não nos podemos esquecer que são 20 equipas, são muitos jogos, muitas lesões e castigos que ajudam a perceber as razões de se assistirem a resultados inesperados. É algo que faz parte de um campeonato que já esperava que fosse competitivo.
Do que já viu dos adversários, considera que o líder Comércio e Indústria é o mais forte candidato ao título? Porquê?
Numa altura em que me faltam ver duas ou três equipas, o Comércio e Indústria destaca-se. Está a fazer um grande campeonato, é a equipa mais experiente, tem jogadores com provas dadas e interpreta bem todos os momentos do jogo. Estão em primeiro e parecem-me a equipa mais competente e organizada. O facto de treinarem quatro/cinco vezes por semana contribui para isso.
Vários jogos têm sido adiados devido a surtos de Covid nalgumas equipas. Teme que esse facto possa prejudicar a prova?
Infelizmente, é a realidade que temos. O importante é que seja estipulada uma regra que seja idêntica para todos os clubes para que ninguém seja prejudicado.
No domingo, o VFC defronta o Sesimbra. O que espera desse jogo e o que tem a sua equipa de fazer para somar o quarto êxito consecutivo?
É mais um jogo de campeonato. Pela história que tem na competição, o Sesimbra é sempre uma equipa difícil, mas a nossa ambição passa por conquistar os três pontos. Temos que trabalhar e correr muito para conseguir esse objectivo.
Andebol sadino reencontra êxitos com Avanca
A contar para 13.ª jornada do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão de Andebol, o Vitória venceu no sábado, por 33-29, o Artística Avanca, em partida realizada no Pavilhão Antoine Velge. Após a derrota com o Belenenses (27-34) e o empate (28-28) com o Maia, os comandados de Luís Monteiro reencontraram os êxitos numa partida em que Rúben Santos (sete golos), Nuno Gonçalves (seis) e Rafael Paulo e Gonçalo Grácio (ambos com cinco) foram os melhores marcadores dos sadinos.