A actividade desportiva funciona no âmbito de uma parceria com o Beira Mar Gaiense mas agora vai ser alargada ao Vale da Amoreira.
O Rugby é uma modalidade com pouca expressão na nossa região mas ainda assim existem clubes que a praticam e o Rugby Vila da Moita é um deles. Existe desde 2007, tem as suas instalações no concelho da Moita e agora o seu objectivo passa por alargar a sua actividade ao Barreiro.
Com o objectivo de dar a conhecer alguns pormenores sobre a sua origem, a forma como tem evoluindo, o trabalho realizado ao longo dos tempos e os seus objectivos a curto prazo e médio prazo, colocámos algumas questões a Nuno Rodrigues, que foi o porta-voz da direcção do clube – por impedimento do presidente Valter Rodrigues que se encontra em fase de recuperação, após internamento médico.
Como nasceu a ideia de fundar um clube de rugby na região?
A ideia de fundar um clube de Rugby na região já era antiga. A mesma nasceu da vontade de um grupo de ex-jogadores do extinto Rugby Clube do Barreiro, nos anos 70, 80 e 90 que, após o Mundial de Rugby de 2007, juntaram esforços numa parceira que dura até hoje, com o Beira Mar Futebol Clube Gaiense.
Que passos foram dados para que fosse possível iniciar a prática desportiva?
Inicialmente não foi fácil congregar esforços para que fosse possível ter um espaço adequado à prática desportiva. Encontrámos junto do Beira-Mar Futebol Clube Gaiense uma possibilidade de parceria para utilização e cedência das instalações desportivas e, é aí, que temos vindo a desenvolver a nossa actividade.
Onde está localizado e onde desenvolve a sua actividade a nível de treinos e jogos?
O RVM está localizado no campo de jogos do Gaio (Roberto Luís Saldanha), tem actividade sénior e nos diversos escalões etários. No entanto, estamos a desenvolver esforços para utilização do campo municipal, no Vale da Amoreira, às sextas-feiras e, brevemente é do nosso interesse desenvolver a formação também no concelho do Barreiro.
Como tem sido a sua evolução ao longo dos tempos?
Ao longo dos tempos, o RVM tem mantido ininterruptamente a sua actividade desde 2007. No entanto, não podemos deixar de dizer que a COVID-19 teve um impacto bastante negativo, sobretudo ao nível da formação de base do clube. Estamos a tentar reactivá-la e esperamos que este “novo” Mundial possibilite a promoção e divulgação da modalidade.
O recente brilharete obtido pela selecção nacional no Mundial poderá servir de incentivo à prática da modalidade?
Sim, de facto já aconteceu o mesmo em 2007, verificou-se um “Boom” da modalidade. No entanto, na altura, julgamos que tenha falhado estrategicamente a divulgação nos diferentes meios a nível nacional. Agora esperamos que os órgãos federativos, na sua lógica de funcionamento desportivo actuem na promoção e divulgação, e que as diferentes edilidades camarárias possibilitem a reorganização das modalidades ditas de menor expressão.
Quais são as ambições do clube a curto e a médio prazo?
As ambições a curto e médio prazo serão de estruturar toda a base do clube, ter uma formação que alimente a equipa sénior anualmente. Capacitar o clube de uma maior e melhor base trará certamente uma consistência melhor à equipa sénior. No RVM todos contam, por isso o alargamento da base formativa fará aumentar o incremento na equipa sénior para a qual são necessários vários jogadores. No Rugby um plantel com 25/26 jogadores é um plantel curto.
Há algo mais que queiram dizer?
Para todos aqueles que queiram experimentar a modalidade, divulgamos os seguintes horários: treinos de seniores às segundas, terças e quintas-feiras, às 20 horas, no Campo do Gaio; e às sextas-feiras entre as 18 e as 20 horas no Campo Municipal do Vale da Amoreira.