“Sempre tive muito respeito tanto por colegas como por adversários”

“Sempre tive muito respeito tanto por colegas como por adversários”

“Sempre tive muito respeito tanto por colegas como por adversários”

Vinte cinco anos depois de ter iniciado a prática desportiva, João Nuno colocou um ponto final na sua carreira de jogador no local onde começou, precisamente contra o clube onde desempenha as funções de treinador. Com o coração repartido, como se tivesse dois amores, foi homenageado por ambos.

 

 

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O Campo do Juncal, na Moita, foi palco, no passado domingo, de um jogo especial para João Nuno que se despediu dos campos de futebol na qualidade de jogador, precisamente no local onde começou.

 

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A anteceder o encontro, o jogador foi alvo de uma merecida homenagem prestada tanto pelo Moitense como pelo Barreirense, os seus dois amores, por se tratar efectivamente de dois clubes do seu coração. Um que representava como jogador (Moitense) da equipa sénior na 1.ª Divisão Distrital e outro como treinador (Barreirense) da equipa de juniores no Campeonato Nacional da 2.ª Divisão.

 

“Comecei aos 8 anos e estou a chegar aos 34. São 25 épocas seguidas a jogar futebol, por isso este é sempre um momento difícil que mais tarde ou mais cedo tinha que acontecer. De qualquer forma, gostaria de dizer que tenho um grande sentimento de orgulho não só pelo trajecto como jogador mas sobretudo pelas amizades, pelas experiências vividas ao longo dos anos e pelo respeito que sempre tive tanto por colegas e adversários”, começou por referir João Nuno ao nosso jornal.

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Em relação ao facto da despedida ter acontecido por ocasião do Moitense – Barreirense, João Nuno disse que “foi a melhor forma de terminar. Para mim, este foi um jogo especial porque terminei onde comecei contra o clube que mais me marcou como jogador, onde conquistei muitas coisas bonitas. Dois títulos de campeão distrital, uma taça AF Setúbal e uma subida ao CNS”.

“Eu já tinha a ideia de terminar esta época e quando vi que este era o último jogo do campeonato entendi ser o momento ideal. Ser treinador e jogador ao mesmo tempo não é fácil e ainda por cima em clubes diferentes. Depois, com o nascimento da minha filha ainda mais difícil se tornou porque tinha que dedicar mais tempo à família. Assim sendo, havia que abdicar de alguma coisa e neste sentido resolvi colocar um ponto final na carreira de jogador para poder continuar ligado ao futebol mas como treinador”, acrescentou o homenageado.

 

Na hora da despedida, João Nuno confessou que o que o deixou mais sensibilizado foi “o reconhecimento dos colegas, dos adversários e do árbitro, assim como as muitas mensagens que recebi. Sempre respeitei os adversários, sempre me dei bem com toda a gente e fiz amigo por todo o lado. Isto é a coisa mais importante e mais bonita do futebol”.

 

Um exemplo no balneário

 

“Possuindo o curso de treinador e andando no futebol há algum tempo, sempre senti da parte dele uma grande ajuda e disponibilidade para em conjunto conseguirmos o objectivo da manutenção. Nunca senti da parte dele qualquer tipo de energia negativa ou algo contra o treinador, muito pelo contrário. Como disse no balneário, que os mais novos olhem para ele como um exemplo porque se trata de uma pessoa que sabe fazer um bom balneário e tem os valores e o carácter que um atleta de futebol deve ter”, referiu a propósito o treinador do Moitense, José Alexandre.

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