Distinção entregue em cerimónia no Salão Nobre dos Paços do Concelho, depois de hasteada a bandeira da instituição e apresentado o seu hino oficial
O São Domingos Futebol Clube assinalou o seu centenário no passado domingo, dia em que foi reconhecido pela Câmara Municipal de Setúbal com a Medalha de Prata da Cidade, entregue a Miguel Aleixo, presidente da instituição, pelas mãos de Maria das Dores Meira, presidente da autarquia sadina, e de André Martins, presidente da Assembleia Municipal.
A cerimónia de entrega da distinção decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, depois de ter sido hasteada a bandeira do clube na sua sede, na Praça General Luís Domingues, e apresentado o hino oficial da instituição, cantado por Vanessa Mascarenhas. “Cumprimos hoje [domingo] um dever que temos enquanto comunidade congregada nesta nossa cidade. O dever de reconhecer o centenário de uma das nossas mais antigas colectividades e todos os que, ao longo destes cem anos, a ajudaram a construir. Um centenário cheio de vigor, actividade, trabalho e novas ideias”, sublinhou a presidente do município, aquando da entrega da medalha, de acordo com comunicado da autarquia.
Para a autarca, não há “dúvidas de que o clube, nascido a 28 de Março de 1921 no Bairro de São Domingos, merece a atribuição de uma das mais importantes distinções honoríficas que Setúbal atribui aos que se destacam nas suas actividades profissionais ou a instituições que trabalham pelo bem e pelo progresso do concelho”.
Ao receber esta distinção, Miguel Aleixo relembrou “emocionado que quando tomou as rédeas da direcção, em 2012, o São Domingos tinha apenas 85 associados e hoje tem 667”. “O trabalho realizado pela actual direcção permitiu, igualmente, que o clube, que não tinha qualquer atleta federado naquela altura, passasse a ter 125 atletas inscritos no futebol de formação e 25 no futebol de praia a nível nacional”, revela a mesma nota.
Para o futuro, o presidente da colectividade centenária explicou que “pretende inaugurar a nova sala de troféus do São Domingos, apresentar o livro comemorativo e lançar o desafio para conquistar mil sócios até ao próximo aniversário”.
Já Maria das Dores Meira lembrou, ainda, a história da instituição, “uma das treze a fundar, em 1927, a Associação de Futebol de Setúbal e que foi, entre as décadas de 20 e 40 do século passado, acérrimo promotora do eclectismo desportivo, mas também de actividades culturais, com a realização de vários eventos, em que se destacam as comemorações dos Santos Populares”.
Depois de encerrado entre as décadas de 50 e 60, pelo “facto de muitos dos fundadores serem adeptos do poder monárquico, o que levou a que fossem detidos pela PIDE e encarcerados no Tarrafal”, o clube renasceu “no final da década de setenta, já depois do 25 de Abril de 1974, apesar de ter perdido muito do espólio, em especial os troféus ganhos em variadíssimas competições”.
Até hoje “mantém actividade, com a prática de diversas modalidades, designadamente futebol jovem, futebol de veteranos, futebol de praia, atletismo, damas, xadrez, dominó, jogos de cartas, ciclismo, BTT, canoagem e pesca, sendo esta última a que mais troféus proporcionou nos últimos trinta anos”.
