Há quatro épocas em Setúbal, Kamo-Kamo era o jogador que estava há mais tempo no clube
Tendo em vista a sua participação no Campeonato de Portugal 2023/24, o Vitória anunciou na sexta-feira o fim da ligação com 10 jogadores que integraram o plantel principal de futebol na época anterior na Liga 3. Por terem cessado a ligação contratual ao clube a 30 de Junho, o guarda-redes Mika, os defesas João Freitas, Pedro Machado e Mário Mendonça, os médios Robson, Filipe Oliveira, Pedro Pinto e Lucas Marques e o avançado Kamo-Kamo são os atletas que vão deixar o emblema sadino e rumar a outros destinos.
Além destes nove elementos que terminaram o vínculo com o clube e não renovaram, o avançado Rúben Araújo, de 24 anos, que estava desde Janeiro cedido pelo Leixões ao Vitória, regressa ao emblema de origem, informaram os sadinos nas suas redes sociais Facebook e Instagram, fazendo questão de desejar a todos “as maiores felicidades pessoais e profissionais”.
Do lote de atletas que deixa o Bonfim, o moçambicano Kamo-Kamo, de 23 anos, é o jogador com uma ligação maios longa aos sadinos, clube onde chegou, em 2019/20, para representar a equipa de sub-23 na Liga Revelação. Logo na época de estreia deu nas vistas ao apontar 12 golos em 32 jogos. Apesar da descida administrativa da I Liga ao Campeonato de Portugal, o atacante permaneceu no clube e, sob comando de Alexandre Santana, fez, no Campeonato de Portugal, seis golos em 16 jogos em 2020/21.
Afectado por lesões, o atleta formado no Ferroviário de Maputo só foi utilizado em 10 encontros na edição 2021/22 da Liga 3. Na temporada transacta, Kamo-Kamo também teve vários mnazelas físicas que explicam o facto de só ter contabilizado 118 minutos na Liga 3 (sete jogos), 26 na Taça de Portugal (um jogo) e 73 na 2.ª Divisão Distrital da AF Setúbal, onde ainda se sagrou campeão.
Marcado pela sua experiência ao serviço do Vitória, clube onde chegou com 19 anos de idade, o avançado moçambicano fez questão de deixar, na sua conta de Instagram, palavras de agradecimento ao emblema sadino que lhe abriu as portas da Europa. “Muito obrigado ao enorme por me ter recebido há quatro anos. Saio dessa casa um vitoriano e acredito que voltarás a estar de onde não tinhas de ter saído. O Vitoria não é grande, é enorme”, escreveu.
Em relação aos jogadores que também deixam o Bonfim, Mika foi o dono da baliza sadina na segunda metade da época, destronando Leonardo Ferreira e Rafa Alves, que até aí dividiam a titularidade. Mika, 32 anos, chegou da Académica e fez 13 jogos na Liga 3 e sofreu 19 golos. Chegou em Janeiro ao Bonfim e agarrou a titularidade ainda nesse mês. Guardião com experiência de I Liga passou por clubes como U. Leiria, Benfica, Boavista, B SAD, entre outros.
O central João Freitas, de 31 anos, tinha chegado a Setúbal no início da época proveniente do Alverca e fez um total de 18 partidas pelos sadinos (17 no campeonato e uma na Taça de Portugal). Uma lesão grave no ligamento lateral externo do joelho direito impediram-no de dar o seu contributo à equipa nas derradeiras (e decisivas) jornadas do campeonato, que acabaram por ditar a descida da Liga 3 ao Campeonato de Portugal.
O também defesa-central Pedro Machado, de 27 anos, chegou a Setúbal no meio da época oriundo do Torreense, onde se tinha sagrado campeão da Liga 3 em 2021/22. Com a camisola do Vitória fez 13 jogos (12 no campeonato e um na Taça de Portugal) e apontou um golo no triunfo (2-1) sobre o Fontinhas.
Tal como Pedro Machado, Mário Mendonça, 31 anos, alinhava no conjunto de Torres Vedras antes de chegar ao Vitória, clube onde, em 2022/23, fez 17 jogos na Liga 3 e um na Taça de Portugal. Apontou dois golos no campeonato, sendo decisivo para os triunfos alcançados nos duelos com o Fontinhas e Real, ambos por 2-1.
O médio Robson, de 35 anos, não fez qualquer jogo pela equipa principal em 2022/23, temporada em que chegou a alinhar pelos ‘bês’ sadinos que se sagraram campeões da 2.ª Divisão Distrital da AF Setúbal. O brasileiro, que em 2021/22 contabilizou 22 partidas pelos sadinos, tinha chegado nessa época ao Bonfim oriundo do Cova da Piedade, emblema que representou em quatro temporadas.
Pedro Pinto, de 23 anos, também chegou a Setúbal proveniente do Cova da Piedade, formação em que tinha actuado em 2021/22. No entanto, ao contrário do colega Robson, foi muito mais utilizado pelos vitorianos: 25 jogos na Liga 3 e quatro na Taça de Portugal, tendo marcado dois golos no campeonato (um no empate, 1-1, no Bonfim, com o Sporting e outro na goleada, 5-2 ao Belenenses).
Filipe Oliveira, 29 anos, chegou a meio da época ao Bonfim e não sentiu dificuldade em impor-se no meio-campo. O jogador que tinha actuado os polacos do Korona Kielce durante duas épocas e meia fez 14 partidas pelos verdes e brancos e apontou dois golos (um na igualdade, 1-1, com o Sporting B, em Alcochete, e outro no triunfo (2-1) amargo com o Oliveira do Hospital, que não evitou a descida de divisão).
Lucas Marques, 28 anos, fez 19 jogos ao serviço do Vitória (16 no campeonato e três na Taça de Portugal. Chegou no início da época ao Bonfim depois de no ano anterior ter envergado a camisola do Mafra, na II Liga. O brasileiro fez dois golos pelos sadinos, ambos em Outubro de 2022. O primeiro na goleada (4-0) na Taça diante do Vilar de Perdizes e, depois, no êxito (1-2) no Algarve frente ao Moncarapachense.