Jogador brasileiro fez golos ao Vilar de Perdizes e Moncarapachense
Depois de ter contribuído com um golo para a goleada (4-0) aplicada pelo Vitória ao Vilar de Perdizes na Taça de Portugal, o médio Lucas Marques voltou no fim-de-semana a estar de pontaria afinada no duelo travado diante do Moncarapachense, a contar para a 5.ª jornada da Liga 3. Domingo, dia em que os sadinos defrontam às 15 horas, no Bonfim, o Paços de Ferreira, da I Liga, na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal, o brasileiro vai tentar marcar pelo terceiro jogo consecutivo.
Independentemente do que suceda no confronto com os pacenses, Lucas Marques, que chegou esta época a Setúbal oriundo do Mafra, já fez nas seis partidas oficiais em que envergou a camisola verde e branca algo que nunca tinha conseguido desde que, em 2018/19, veio para o futebol português: golos. Para já, são dois, mas, caso tenha oportunidade de aumentar o registo, o jogador promete não desperdiçar as ocasiões que terá pela frente.
O ex-mafrense, que na temporada transacta actuou na II Liga, chegou a Setúbal com a ambição de ajudar o clube a realizar uma boa campanha para ascender ao segundo patamar do futebol nacional e, revelou em entrevista concedida ao “In Vitória Podcast”, que tem outra meta em mente. “Em termos colectivos, o objectivo, além da subida, é ser campeão. Ver todas estas taças leva-nos a quere trazer mais uma taça para cá”.
Lucas Marques acredita que pode com a sua experiência ajudar o clube a ter sucesso. “Todos no balneário podemos ajudar, dos mais velhos aos mais novos. A experiência que vamos adquirindo pode sempre ajudar. Acredito que posso ajudar muito o clube neste momento. Pela sua história e pelo que representa, o Vitória também me pode ajudar muito mais. No final, dando certo, todos saímos a ganhar”.
O médio, que chegou a Portugal há quatro anos para representar o Santa Clara, afirma que o Vitória não era um clube desconhecido. “Quem vem para Portugal já ouvia falar do Vitória. Quando estava na I Liga e vinha jogar no Bonfim já sabia quão difícil era. Quando agora surgiu a oportunidade de vir para cá não pensei duas vezes. Sei que o Vitória vai chegar onde sempre tem que estar. Estou aqui para ajudar e vai ser uma história que vamos construir juntos”.
O brasileiro reitera a ideia de ter aceitado o convite com um objectivo. “A grande dimensão do Vitória foi o que me fez vir para cá e querer ajudar o clube. O Vitória é um histórico com muitos adeptos. Basta olhar às taças que tem. Quem chega fica logo com a ideia da dimensão do clube que vai representar. A cidade recebeu-me muito bem e estou muito feliz por me sentir em casa”.
Questionado sobre o grupo que encontrou no balneário, Lucas Marques destaca a coesão do plantel. “Na pré-época fomos construindo uma relação de amizade. Não há grupos de brasileiros e portugueses como já tive noutros clubes. O segredo é a união. Sem a ajuda de todos é mais difícil conquistar alguma coisa”, refere, partilhando o seu objectivo individual. “Quero jogar o máximo de tempo possível e manter uma regularidade que não tive nas últimas épocas”.
Oriundo do Mafra, o médio Lucas Marques, de 27 anos, assinou contrato com o Vitória até 2024. Santa Clara e Estoril Praia fizeram parte do percurso do brasileiro desde que em 2018/19 chegou ao futebol português. Na temporada passada, o jogador foi dos elementos mais utilizados nos mafrenses, actuando em 28 partidas oficiais. “Quando vim para Portugal gostei logo muito. A língua ser a mesma, a boa comida, tudo ajuda na adaptação e as coisas são mais fáceis. Levei um tempo a adaptar-me ao futebol, mas depois as coisas fluíram”.
No ‘podcast’, o jogador lembrou o seu percurso no Brasil antes da sua chegada a Portugal. “Começou no futsal e, a partir de certa altura, conciliava aos fins-de-semana o futebol com o futsal. Fiz a minha formação no Internacional de Portalegre, clube onde permaneci oito anos”, disse, lembrando a experiência que teve no Chapecoense, em 2017, um ano depois do trágico acidente de avião que causou a morte de mais de 70 pessoas, entre elas 19 jogadores do clube do estado de Santa Catarina.
“Foi uma das melhores experiências que tive na vida. Chegámos 30 jogadores a um clube que estava devastado. Ainda assim conseguimos deixar o clube qualificado para a Taça Libertadores, três meses depois fomos campeões no campeonato catarinense. O começo foi muito difícil e isso uniu-nos ainda mais”, disse o jogador vitoriano que tem como principais referência no futebol os compatriotas Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho.