Com resultado em 0-0, Vitória falhou penálti aos 59 minutos. Lisboetas fizeram único golo do jogo aos 62
A equipa de sub-15 do Vitória viveu no passado domingo um dia especial ao ter a possibilidade de jogar no Bonfim, estádio em defrontaram o Benfica, em partida da 14.ª jornada da fase de apuramento de campeão nacional de sub-15. Apesar do desaire, por 1-0, com as águias, os sadinos deram uma excelente réplica ao líder que ainda não perdeu qualquer jogo (12 triunfos e dois empates) na fase actual.
De forma a não permitir a aproximação do perseguidor FC Porto ao primeiro posto, o conjunto lisboeta entrou melhor e teve o ascendente de um jogo que só foi decidido a meio da segunda parte. Aos 59 minutos, o Vitória teve uma oportunidade soberana para passar para a frente do marcador numa grande penalidade em que Eugénio Bordiyanchuk permitiu a defesa do guardião Leonardo Lopes. Mais eficaz, Anísio Cabral, aos 62, marcou o golo que valeu os três pontos ao adversário.
O resultado verificado no Bonfim acaba por reflectir as dificuldades que os benfiquistas tiveram diante de um oponente que nunca virou a cara à luta e mostrou uma forte resiliência e solidariedade entre os jogadores nos momentos em que foi mais pressionado. Tal como esperava, os encarnados entraram fortes e só não inauguraram o marcador, aos oito minutos, porque Santiago Neto fez uma enorme defesa para evitar o golo de Tomás Soares.
Ainda antes de ser atingido o primeiro quarto de hora de jogo (11 minutos), os forasteiros voltaram a ameaçar, desta vez num cabeceamento de Stevan Manuel que saiu ao lado do poste direito. Não obstante ter passado a maior parte do tempo no seu meio-campo ofensivo e acercando-se com perigo da área sadina, o Benfica viveu vários momentos de sobressalto todos eles nascidos de iniciativas de Rodrigo Rodrigues.
Aos 15 minutos, na sequência de um contra-ataque, o avançado quase surpreendeu a defesa contrária e visou à baliza de Leonardo Lopes que se opôs ao remate, evitando o golo. O lance deu ânimo aos vitorianos que viriam, aos 26 minutos, a dispor da melhor oportunidade de golo do primeiro tempo num remate cruzado de Rodrigo Rodrigues no interior da área que proporcionou mais uma defesa atenta ao guarda-redes benfiquista.
Ainda antes do intervalo, Leonardo Lopes, que viria a ser decisivo para o êxito da sua equipa em Setúbal, voltou a ter de intervir, aos 33 minutos, em mais um lance em que Rodrigo Rodrigues foi protagonista. Após assistência longa de um colega, o jovem atacante dominou a bola no interior da área, mas o remate saiu fraco à figura do guarda-redes que segurou o nulo antes do intervalo.
No segundo tempo, o Benfica teve uma entrada fortíssima e só não inaugurou o marcador, aos 43 minutos, porque Nilson Semedo, após assistência de Isaac Ferreira, rematou a rasar o poste esquerdo da baliza sadina num lance em que muitos dos seus companheiros levaram as mãos à cabeça, ficando incrédulos com o desperdício naquela que foi a melhor ocasião que tiveram até aí para marcar.
Numa fase do jogo em que o Vitória, treinado por João Ramos, sentia dificuldades em sair com perigo para o ataque, já depois de o benfiquista Ricardo Fernandes ter tentado, aos 56 minutos, a sua sorte num remate que passou sobre a trave da baliza defendida por Santiago Neto, surgiu a grande penalidade (incontestável) em que os verdes e brancos podiam ter mudado o rumo do jogo a seu favor.
Falho eu, marcas tu!
Decorria o minuto 58 quando Tomás Soares derrubou no interior da área um adversário e o árbitro Jorge Carreira, da Associação de Leiria, assinala de imediato a marca dos 11 metros e exibe o cartão amarelo ao jogador. Na conversão do penálti, que num primeiro momento parecia que iria ser cobrado pelo defesa Gabriel Paulino, acabou por ser o médio Eugénio Bordiyanchuk a encarrega-se da marcação e a desperdiçar, muito por culpa da enorme defesa de Leonardo Lopes que se opôs ao remate e à recarga.
O momento da grande penalidade falhada, aos 59 minutos, afectou os setubalenses que perderam momentaneamente o foco e a coesão que tinham tido até aí. Os benfiquistas aproveitaram a desconcentração para, aos 62 minutos, marcarem o golo que decidiu a partida a se favor. Anísio Cabral, avançado que tinha substituído o colega Stevan Manuel 10 minutos antes, surgiu sozinho a cabecear ao segundo poste para o golo, após cruzamento da esquerda.
Até ao final, apesar das tentativas sadinas em chegar ao empate, as águias geriram a preciosa vantagem que viria a permitir aumentar a distância para o FC Porto, uma vez que os dragões não foram além de uma igualdade (2-2) na sua deslocação ao reduto do V. Guimarães. Já a formação setubalense, que perdeu pela segunda jornada consecutiva – na anterior tinham baqueado 4-1, em Alcochete, com o Sporting –, mantém-se na sétima posição, com 19 pontos.
Na próxima jornada (sábado, pelas 17 horas), os comandados de João Ramos deslocam-se ao Minho para defrontar o Sp. Braga, em duelo da 15.ª ronda da competição. Numa altura em que faltam quatro jornadas para o final do campeonato, os bracarenses, que na primeira volta vieram a Palmela vencer os sadinos (0-3), ocupam a 4.ª posição da tabela, com 25 pontos.