Sadinos apuraram-se para ‘meias’ da Taça de Portugal e subiram à I Divisão, após vencerem clube de Torres Vedras
Mais de 22 anos depois de se terem defrontado pela última vez, Vitória Futebol Clube e Torreense voltam hoje, a partir das 18 horas, a medir forças, no Estádio do Bonfim, em partida a contar para a terceira jornada da fase de acesso (Zona Sul) à II Liga. O reencontro dos dois emblemas em Setúbal traz excelentes recordações aos sadinos, uma vez que os dois últimos jogos proporcionaram uma subida de divisão e um acesso às meias-finais da Taça de Portugal.
A 6 de Junho de 1993, com o Bonfim a transbordar de público, o Vitória entrou na derradeira jornada da 2.ª Divisão de Honra obrigado a ganhar para poder regressar ao escalão principal. Empurrados pelos quase 30 mil adeptos que fizeram o estádio rebentar pelas costuras, os comandados de Raul Águas não deram hipóteses ao Torreense, que perdeu por inequívocos 3-1 nessa temporada de 1992/93.
Jaime, com um pontapé forte do meio da rua, colocou os anfitriões na frente do marcador ainda no primeiro tempo, enquanto depois do intervalo Rui Carlos e Chiquinho Conde, este de grande penalidade ampliaram o resultado para 3-0. Também da marca dos 11 metros, o conjunto de Torres Vedras acabou por fazer o tento de honra através de Baltasar, momento esse que não beliscou o êxito nem as celebrações que se viveram na cidade.
Mais recente é a ocasião em que sadinos e torrienses se encontraram em partida a contar para os quartos-de-final da Taça de Portugal. A 29 de Abril de 1999 – já lá vão mais de 22 anos – as equipas tiveram de ir a segundo jogo depois da igualdade (0-0 após prolongamento) registada no Estádio Manuel Marques, em Torres Vedras. Após o nulo, o Bonfim recebeu o duelo do tira-teimas, acabando os homens treinador por Carlos Cardoso por vencer por 3-0.
Apesar de terem passado quase seis anos sobre o mencionado jogo anterior entre os dois clubes – o tal que o Vitória ganhou por 3-1 e regressou à elite do futebol nacional –, dois dos marcadores de serviço em 1993 voltaram a facturar em 1999: Chiquinho Conde e Rui Carlos, Na partida em que os sadinos construíram o triunfo sobre o Torreense nos primeiros 31 minutos de jogos, Pedro Henriques tinha inaugurado o marcador aos seis minutos.
A vantagem que os verdes e brancos têm no confronto directo com o Torreense é confirmada no histórico entre os dois emblemas. Senão vejamos: dos 18 duelos travados em todas as competições, os sadinos venceram 11, empataram quatro e perderam três. Refira-se que destes 10 duelos foram travados no escalão principal, dois na Taça de Portugal, dois na II Liga e outros dois na II Divisão.
Todos os envolvidos têm consciência que a realidade de ambos os clubes é agora muito diferente, uma vez que ambas participam no play-off do Campeonato de Portugal, após terem vencido na fase regular as respectivas séries. Apesar de os duelos do passado não terem influência directa no que se vai passar hoje, os responsáveis vitorianos estão determinados a fazer jus à história do clube que representam e tudo vão fazer para manter a tradição de levar a melhor sobre o Torreense.
Não obstante saberem que não vão poder actuar na máxima força, uma vez que atletas como o médio brasileiro Mathiola e o avançado moçambicano Kamo Kamo (ambos lesionados) continuam sem dar o contributo à equipa, os comandados de Alexandre Santana estão focados em somar o primeiro êxito na fase de acesso, grupo em que seguem na última posição, com um ponto em duas jornadas, após o empate (0-0) com o Estrela da Amadora e a derrota (2-1) no campo da União de Leiria.
Entretanto, tal como tem acontecido nos últimos meses, o clube revelou que nenhum dos elementos que compõem o plantel está infectado com Covid-19. “Nenhum dos jogadores ou demais elementos se encontra infectado”, escreveram na página oficial do clube do Facebook, agradecendo “à MDM Pulse e à Federação Portuguesa de Futebol o apoio à realização dos testes”.