“Só temos de fazer o nosso trabalho, mesmo que as equipas B, façam descer atletas das equipas principais”, diz o presidente do clube, Nuno Painço.
O Campeonato Nacional da 3.ª Divisão está a entrar na sua fase derradeira e o Racing Power Football Club continua perfeitamente integrada na luta pela conquista dos seus objectivos, que foram assumidos desde o início da época.
A pandemia obrigou à paragem da competição durante muito tempo causando os naturais transtornos para uma equipa que tinha jogadoras profissionais vindas do estrangeiro. Ultrapassada esta questão a equipa voltou a competir e os bons resultados continuaram a ser uma realidade.
Após a retoma, o RP Power concluiu a primeira fase do Campeonato com uma vitória (6-1) no jogo que disputou com o Barreirense, terminando em primeiro lugar no grupo, com quatro pontos de vantagem sobre o Benfica B, que ficou em segundo lugar.
Devido às alterações introduzidas no modelo competitivo, seguiu-se a fase das eliminatórias, tendo ultrapassado na primeira, o Cucujães, segundo classificado da Série D.
A superioridade no conjunto das duas mãos ficou bem patente no resultado. Vitória por 5-0 no Estádio Municipal do Bravo, que é agora o quartel-general da equipa, e 10-0 no jogo da segunda mão disputado no campo do adversário.
Na goleada, em Cucujães, que ao intervalo registava já 6-0, em grande destaque esteve Cláudia Tecedeiro que fez um poker ao marcar quatro golos. Rafa bisou, e Karol, Patrícia, Gabi e Janaina também deixaram a sua marca.
Segue-se agora a segunda eliminatória que será determinante para a concretização do objectivo, porque o vencedor sobe de divisão. O jogo realiza-se no próximo domingo, dia 13 de Junho, às 16 horas, e o adversário é o Torreense B.
A este propósito colocámos algumas questões ao presidente da direcção, Nuno Painço
“Queremos ser campeões nacionais”
Como está a encarar o jogo de domingo, que poderá garantir a subida de divisão?
Estamos a encarar com muita tranquilidade, sabemos do nosso valor e o trabalho que temos feito. Se existe pressão? Claro que sim, a pressão é sempre positiva porque nos mantém atentos para não vacilarmos, mas entrámos neste projecto para estarmos nas fases finais e ganhá-las. Já nos retiraram a possibilidade de surpreender na Taça de Portugal, só temos de fazer o nosso trabalho, garantirmos a subida na próxima eliminatória e sermos campeões nacionais, mesmo que as equipas B, façam descer atletas das equipas principais
Teme que o adversário possa fazer isso?
Não tememos essa situação. Estamos preparados para essa possibilidade, mas também sabemos e estamos atentos quais as jogadoras que estão dentro desses critérios, criados para favorecer sempre os mesmos
– Concorda com a fórmula encontrada para a alteração feita ao modelo competitivo?
Não concordamos com a maneira que a Federação lidou com as equipas da segunda e terceira divisão. Sabemos onde estamos, onde queremos estar e com quem estamos a lidar, uma autêntica desorganização, falta de respeito e descriminação com o futebol feminino.