9 Agosto 2024, Sexta-feira

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“Queremos ser campeões para culminar uma época fantástica” – Paulo Martins, treinador do Vitória B

“Queremos ser campeões para culminar uma época fantástica” – Paulo Martins, treinador do Vitória B

“Queremos ser campeões para culminar uma época fantástica” – Paulo Martins, treinador do Vitória B

Depois de festejarem a subida à 1.ª Divisão Distrital da AF Setúbal, sadinos só pensam em trazer o ‘caneco’ para o Bonfim

 

 

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O Vitória conseguiu no domingo, após golear (4-0) na recepção ao Almada AC, o objectivo da subida de divisão a duas jornadas do fim. Enquanto treinador, de que forma descreve o momento vivido no Campo Municipal Vítor Baptista?

Quando se alcançam os objectivos sente-se uma alegria imensa ainda mais em representação de um clube como o Vitória. Constatar que todo o processo foi bem desenvolvido num plantel com 27 jogadores sub-19 e sub-18 deixa-nos felizes. O objectivo passava por dar minutos a quem tinha poucos e jogava menos ao fim-de-semana. As equipas ‘bês’ têm de funcionar dessa forma, dando andamento aos menos utilizados. Independentemente de se jogar mais ou menos, somos só um. Para mim, não há sub-19 nem há seniores. Existe um processo e temos de o valorizar o que temos. Em relação ao jogo, notámos que havia uma grande ansiedade porque os jogadores também queriam que o dia fosse especial. Quando ganhamos tudo corre bem. Ainda não acabou porque queremos trazer a taça de campeão para o Vitória.

Quando começou a sentir que este objectivo já não fugia à equipa?

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No primeiro dia do processo. Conseguimos passar para os jogadores a nossa ambição e, quando fomos ganhar 1-0 a Alfarim e não perdemos em casa com o rival directo, o Lagameças (3-3 foi o resultado), começámos a ver que o objectivo estava mais perto e passámos a acreditar ainda mais. Depois desses jogos fomos ao Seixal e o resultado aí (triunfo por 5-2) obtido deixou-nos muito crentes de que a subida iria acontecer.

Qual o segredo do sucesso do grupo de trabalho?

O trabalho diário, a humildade de todos os envolvidos e o facto de os jogadores terem sido fantásticos em perceber o que a equipa técnica queria. Todos temos consciência de que estamos a representar o maior clube do distrito e que temos atrás de nós uma cidade inteira. Todos estes aspectos conjugados, aliados à qualidade dos nossos jogadores, foram o grande segredo desta conquista. A título pessoal, não posso deixar de agradecer a confiança que o clube depositou nesta equipa técnica.

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Com duas jornadas por realizar na 2.ª Divisão Distrital da AF Setúbal, a equipa, que soma 27 pontos (mais quatro que o Lagameças, 2.º), está a um triunfo do título. Acredita que esse objectivo será concretizado?

Faltam dois jogos e sabemos que dependemos de nós próprios. Sabemos a responsabilidade que temos e vamos pôr em prática o que fizemos desde o primeiro dia da época. O nosso compromisso, tal como foi transmitido antes do campeonato começar, é entrarmos dentro do campo e darmos tudo pelo Vitória, independentemente do resultado que se viesse a verificar. É isso que vamos fazer no que falta mesmo já tendo alcançado o nosso objectivo da subida de divisão. Agora, queremos ser campeões para culminar uma época fantástica em que fomos 1.º classificado na 1.ª fase e, a cinco jornadas do fim, já tínhamos a presença assegurada na fase final em que estivemos quase sempre no 1.º lugar. Sermos campeões seria um prémio justo para os jogadores.

Espera na próxima jornada dificuldades acrescidas com o Juventude Sarilhense por estar mais motivado para travar o líder?

Encaramos o jogo com a mesma responsabilidade de sempre. Sabemos que o Juventude Sarilhense é uma equipa difícil e tem uma equipa técnica de qualidade de que sou amigo. Todos os jogos têm sido difíceis, mas nós tornámos alguns deles fáceis. Sabemos que o adversário vai fazer tudo para defender as suas cores e nós temos de trabalhar muito para ganhar no domingo.

O sucesso do Vitória na competição é uma realidade. Apesar do momento ser festa, consegue dizer qual o momento mais complicado vivido em 2022/23?

Quem trabalha depara-se diariamente com momentos complicados e de maior stress. No entanto, o momento em que sentimos um abanão foi quando o nosso central Gui se lesiona e ficámos privados de um jogador que era um elemento fundamental no nosso processo defensivo. Tivemos que nos habituar à ausência do jogador e procurar alternativas. Quem entrou para esse lugar fê-lo bem e a equipa foi fantástica. Lembro-me que no dia em que o Gui soube que não iria jogar mais na época, foi ver o jogo e quem jogou no seu lugar marcou um golo e foi à bancada abraçá-lo. Esse momento ilustra bem o que é o nosso espírito de grupo.

A equipa é constituída por muitos jovens. Em termos individuais, que jogadores destaca no plantel?

A média de idades da equipa ronda os 20 anos. Não gosto de individualizar porque, na realidade, foi a equipa que esteve sempre em destaque. No entanto, a qualidade de jogadores como João Marouca, Gui, Marco Lopes, Jaca, Chico (Francisco Ascenso), Diogo Ferreira, entre outros, foram importantes mas, mesmo havendo boas individualidades, estas não aparecem se não houver um grupo de homens a trabalhar bem. Quando o colectivo é bom, como é o caso, é natural que apareçam quatro, cinco jogadores que se destacam. É assim no Vitória e em qualquer clube.

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