“Queremos ser campeões nacionais da Liga BPI muito rapidamente” – Nuno Painço, presidente da Racing Power FC

“Queremos ser campeões nacionais da Liga BPI muito rapidamente” – Nuno Painço, presidente da Racing Power FC

“Queremos ser campeões nacionais da Liga BPI muito rapidamente” – Nuno Painço, presidente da Racing Power FC

Todas as contratações foram feitas pelo treinador em conjunto com a Direcção. Da época passada só ficaram cinco atletas.

 

 

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Em apenas três anos o clube conquistou dois títulos, um da 3.ª e outro da 2.ª divisão, e agora chegado à Liga BPI sonha com a Liga dos Campeões. Nuno Painço, presidente da Racing Power, em entrevista ao SETUBALENSE não esconde a sua ambição e conta também o que se passou para a equipa [que tem a sua sede no Seixal] tenha que jogar no Estádio Nacional.

 

 

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A RPower entrou esta época para a alta-roda do futebol feminino nacional e neste início de temporada as coisas parecem estar a correr bem…

Está a correr dentro daquilo que estávamos à espera. A integração das novas atletas tem corrido bem, os jogos que temos tido têm dado para a equipa técnica observar todas as jogadoras. O nosso mister não é de muitas experiências e trabalhámos muito antes de a época arrancar para termos a certeza dos reforços que queríamos.

 

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Em termos logísticos as exigências na Liga BPI são muito maiores. O clube está preparado para isso?

Este era o nosso objectivo desde o primeiro dia em que fundamos o clube. Estes 3 anos deram-nos mais bagagem e experiência mas sempre estivemos preparados para isso. Assim conseguimos algo que mais ninguém conseguiu, dois títulos de campeões nacionais das divisões inferiores.

 

Uma das situações que ressalta à vista da opinião pública é o facto de ser um clube da margem Sul do Tejo e fazer os seus jogos no Estádio Nacional. Não havia outros campos disponíveis na zona?

Ora bem, vamos entrar num tema delicado mas tem de ser conhecido pela opinião pública. Quando garantimos a subida à liga BPI fomos informados pela FPF que o campo da Boa Hora não tinha as condições para estarmos na liga BPI, tanto pelas infra-estruturas como pelo sintético. Nesse sentido, encetámos contactos em várias frentes.

 

Concretamente, com quem?

Com a CM Seixal para a utilização da Carla Sacramento, com a CM Palmela para o Municipal do concelho e com o IPDJ para o Estádio Nacional. Como é lógico, a nossa primeira opção passava pela Carla Sacramento por ser do concelho onde estamos inseridos. Na primeira reunião com a Chefe da Divisão de Desporto, em que esteve presente também a FPF, percebemos logo que iria haver dificuldades na cedência do espaço sem o pagamento de uma verba. Não contestámos essa decisão e estaríamos prontos a pagar metade das despesas que a Câmara tem com a RED [empresa que trata da relva]. A nossa parte ficaria em 3750 euros e só poderíamos ter uma unidade de treino e o jogo. Sabíamos que vários clubes utilizaram o espaço a custo zero, mas nem isso contestámos. Fiquei deveras incrédulo quando depois fui contactado pela CM Seixal a dizer que a proposta seria a mesma feita ao SL Benfica.

 

Que era…

A despesa integral da RED no valor de 7500 euros, com uma unidade de treino e o jogo. E ainda teríamos de construir um espaço para o atletismo treinar no valor de dezenas de milhar de euros.

Disse ao vereador do desporto que era uma grande falta de respeito que estavam a ter para com a Racing Power que nunca foi reconhecida pelos títulos conquistados e que era indecente apresentarem uma proposta igual ao Benfica que não pertence ao concelho e tem um poder financeiro nada comparável o nosso.

Não somos subsídio-dependentes de ninguém, nem pedimos esmolas a quem quer que seja. Gostamos de trabalhar com toda as entidades sejam elas políticas ou desportivas mas que nos respeitem.

 

E depois como surgiu o Jamor?

Antes de mais quero dizer que em Palmela as obras seriam muito avultadas, mas agradecemos a disponibilidade que o executivo teve em nos receber. O Estádio do Jamor foi uma surpresa inesperada. Quando me contactaram a dizer que o nosso projecto tinha sido aceite foi uma alegria imensa e um alívio não só por vermos o nosso problema resolvido mas também por ser o quarto maior estádio a nível nacional, o estádio de todos os portugueses e a nível financeiro nem chega a metade daquilo que pediram pela Carla Sacramento. Ao Dr. Paulo Pires, director do complexo desportivo do Jamor, e ao Dr. João Morais, da FPF, que nos acompanhou neste processo desde o início, o nosso profundo reconhecimento e um bem-haja por reconhecerem em nós pessoas competentes, sérias e honestas.

 

Na pré-época fez um estágio em Pinhel, houve alguma razão especial para isso? 

Foi muito importante a pré-época em Pinhel. Não só porque fomentou a união de grupo, como trabalhámos em altitude e com calor. Lançaram-nos o desafio de levarmos o futebol feminino ao interior e deram-nos condições extraordinárias. Não somos reconhecidos no concelho onde centramos a nossa actividade mas há outros que têm a capacidade de o fazer como aconteceu em Pinhal onde fomos homenageados nos Paços do Concelho, pelo título conquistado. Ao presidente da Câmara de Pinhel, Rui Ventura, foi prometido que o próximo título seria lá festejado.

 

Sendo uma equipa que acabou de chegar à Liga BPI até onde pretende chegar esta época?

Para ser sincero, à liga dos campeões. Se lá chegaremos, isso é outra conversa.

 

E em termos futuros até onde pode ir a RPower?

Ter as nossas raízes definitivamente onde nos queiram receber e tratar com o devido respeito. A construção do Centro de Alto Rendimento Desportivo e cimentar o nosso crescimento com a conquista de títulos, pela equipa profissional e pela formação, são também objectivos. Começamos um novo ciclo de 3 anos, queremos ser campeões nacionais muito rapidamente.

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