27 Julho 2024, Sábado

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“Quem representa o Vitória tem de ter estofo para o fazer”

“Quem representa o Vitória tem de ter estofo para o fazer”

“Quem representa o Vitória tem de ter estofo para o fazer”

“Adeptos foram incansáveis e ajudaram os jogadores a dar a volta ao resultado” com o Fontinhas, disse

 

 

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O triunfo (2-1) alcançado segunda-feira sobre o Fontinhas permitiu ao Vitória quebrar um jejum de sete jogos sem ganhar na Liga 3. Apesar da satisfação pela conquista dos três pontos no Bonfim, o treinador Luís Loureiro não esconde que há aspectos que precisam ser melhorados a começar pela necessidade de saber lidar com a pressão. “Os jogadores têm de perceber que para jogarem no Vitória têm de lidar com a pressão (…) Quem representa o Vitória tem de ter estofo para o fazer”, vincou.

Na conferência de imprensa realizada após a partida em que Mário Mendonça e Pedro Machado fizeram os golos que permitiram a reviravolta, o timoneiro dos sadinos começou por destacar a importância do êxito. “A vitória foi o mais importante neste jogo porque, acima de tudo, era esse o nosso objectivo”, disse, destacando o grau de exigência que é necessário para ter sucesso na competição.

“O jogo foi a imagem do que é a Liga 3. Quem pensar o contrário engana-se porque qualquer jogo vai ser uma luta até ao final. As equipas têm de estar preparadas para isto mesmo, não só a nível técnico e táctico, têm de ser equipas com uma alma e coração muito grande para levar de vencido o adversário”, disse o técnico que sucedeu no cargo a Micael Sequeira há menos de um mês.

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Luís Loureiro lembrou que o ciclo negativo da equipa vinha de trás e que esse contexto tinha um impacto negativo evidente. “Apanhei uma equipa que já não ganhava há muitos jogos e isso cria alguma ansiedade como se veio a sentir. Era um jogo em que havia mais responsabilidade em o Vitória assumir o jogo para ganharmos. O jogo foi um bocadinho diferente do que foram os últimos dois em que estive ao comando da equipa (derrotas por 1-0 com Sporting B e Casa Pia, respectivamente, na Liga 3 e Taça de Portugal).

O treinador, de 46 anos, que antes de chegar a Setúbal representou o Real, confessou não ter gostado do desempenho dos seus atletas na primeira parte com o Fontinhas. “Tínhamos de assumir o jogo e vencer. A nossa exibição não foi tão boa. Fizemos uma primeira parte muito lenta, sem grandes dinâmicas. Os jogadores estiveram muito tensos e presos e não criámos praticamente nenhuma ocasião de golo”.

No segundo tempo, as coisas mudaram. “Conversámos ao intervalo e melhorámos um bocadinho a velocidade do nosso jogo. Posso até justificar que o facto de ter existido um acumular de tensão por a equipa estar há tantos jogos sem ganhar contribuiu para o que aconteceu, mas os jogadores têm de perceber que para jogarem no Vitória têm de lidar com este tipo de pressão”.

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Luís Loureiro sublinhou que existirão outras ocasiões em que a equipa se vai deparar com dificuldades semelhantes. “Vamos encontrar muitas equipas que vêm aqui jogar no nosso erro. Ficámos a perder 1-0 com um remate do Fontinhas à baliza, enquanto nós já tínhamos desperdiçado, pelo menos, três ocasiões claras de golo, inclusivamente bolas nos ferros. Quem representa o Vitória tem de ter estofo para o fazer”.

 

Foco no duelo de domingo com Caldas

 

O técnico confessa não ter gostado do facto de a equipa se ter reatraído nos minutos finais, período em jogou em superioridade numérica e por pouco não sofreu empate do Fontinhas. “Gostava que não tivesse acontecido, mas, desde que cheguei, foi a primeira vez, que estivemos a ganhar. O comportamento da equipa foi muito mau. Jogar com mais um jogador, com 90 minutos nas pernas do adversário, teríamos de ter melhor capacidade para fazer essa gestão do jogo”.

E acrescenta: “Tudo isso pode ser um reflexo da obrigatoriedade de vencer. É natural que muitas vezes não exista essa capacidade e discernimento. Temos de melhorar muito nesse capítulo para fazermos uma gestão muito melhor do jogo”, disse, deixando uma palavra de agradecimento aos vitorianos que estiveram no Bonfim. “Quero realçar a presença dos nossos adeptos, ainda que não tenham sido muitos devido ao horário do jogo. Foram incansáveis e ajudaram os jogadores a dar a volta ao resultado”.

Questionado sobre as contas do campeonato e a possibilidade de ainda chegar ao 4.º lugar, Luís Loureiro é peremptório. “Pensamos agora na partida de domingo (19 horas) com o Caldas, que é fundamental e muito difícil. Vamos fazer tudo para vencer. Vamos lutar pelos três pontos. Acredito que vamos estar preparados. Contas a longo prazo, não são comigo. Não as consigo fazer nem tenho a capacidade. Jogo a jogo é o mais importante”.

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