O líder Vitória FC pode no sábado, dia em que defronta, no Estádio do Bonfim, o Cova da Piedade, sagrar-se perante os seus adeptos campeão distrital da 2.ª divisão da Associação de Futebol de Setúbal (AFS). No duelo da 29.ª jornada (penúltima), cujo início está agendado para as 16h, o objectivo passa por derrotar o Cova da Piedade (2.º classificado), mesmo sabendo que o empate permite à equipa celebrar o título.
O capitão Diogo Martins afirmou há três rondas, quando a equipa garantiu a subida de divisão no Estádio Alfredo da Silva após vencer (1-0) o Vinhense, que a meta seguinte era aquela que pode ser consumada sábado. “O nosso principal objectivo é ser campeão e é para isso que vamos trabalhar para no final o festejo ser da subida de divisão e do título conquistado”, disse a O SETUBALENSE durante os festejos com os colegas.
O defesa, de 24 anos, partilhou após a conclusão da partida da 26.ª jornada, o que foi falado ainda no relvado quando o plantel se reuniu. “Não tenho problema nenhum em tornar público o que falámos na roda que fizemos no final do jogo: subir de divisão era uma obrigação para quem quer jogar futebol e vestir a camisola do Vitória”, revelou, apontando ao título. “Queremos ser campeões e vamos trabalhar para no final festejarmos o título”.
Formado no Vitória, que voltou agora ser reconhecido como entidade formadora quatro estrelas, Diogo Martins, não escondeu a sua alegria por ter contribuído para encurtar a distância a que está do topo do futebol. ““É um orgulho enorme. Festejamos não só a subida divisão, mas o facto de o Vitória estar mais perto daquele que é o nosso principal objectivo, que não era apenas ganhar a 2.ª distrital, mas pôr o clube um passo mais perto das competições de que o Vitória sempre fez parte”.
O lateral-direito foi um dos jogadores – a par de Gui e Catarino, por exemplo – que se mantiveram no clube depois da descida administrativa das provas nacionais às regionais. Questionado sobre se se sente como uma peça importante do percurso feito, o atleta é peremptório. “Acho que somos todos importantes. Não só nós porque ajudámos a passar a quem chegou aquilo que é a nossa mística, mas também eles porque quiseram agarrar a mística do Vitória e queriam conquistar algo pelo clube”.
Depois de vários meses de convivência no balneário e em campo, Diogo Martins não tem dúvidas em afirmar que os seus colegas de plantel rapidamente constataram que o que sempre lhe pareceu evidente. “Sendo o Vitória um clube histórico em todas as competições nacionais, sinto-me orgulhoso por conseguir passar a mensagem, e por esta ter sido assimilada, de que a experiência de subir pelo Vitória não era, com todo o respeito, igual a subir noutros clubes”.
Plano está traçado
Apesar de a época ainda não estar concluída e haver objectivos a atingir, O SETUBALENSE desafiou o capitão a antever a participação do Vitória na 1.ª divisão distrital da AFS em 2025/26. A resposta foi categórica: “Quando vestimos a camisola do Vitória, em qualquer que seja o campeonato, o objectivo é sempre ser campeão e subir. É esse o plano que está traçado até à primeira divisão”.
Com um total de 17 jogos realizados na presente temporada (14 a titular e três como suplente utilizado), Diogo Martins marcou um golo a 6 de Abril, dia em que contribuiu para a goleada (7-0) aplicada no reduto do Trafaria. O facto de ter contraído uma lesão levou o atleta a falhar vários jogos entre Novembro de 2024 e Fevereiro de 2025, período em que actuou apenas 45 minutos na recepção à ADQC.
Logo após a jornada inaugural do campeonato, quando o Vitória se estreou com um triunfo na casa do Samouquense, o treinador Paulo Martins vincou o papel desempenhado pelo atleta no grupo. “O Diogo Martins é um atleta que começou a jogar no Vitória ainda em criança. Fez toda a sua formação no clube e é um jogador que está habituado a estes momentos mais frágeis do clube. Como em ocasiões anteriores, sempre disse presente”.
Já nessa altura, o timoneiro dos sadinos destacava a evolução do atleta: “É um jogador que cresceu bastante na época passada”, disse sobre o capitão de equipa que, tal como Catarino, transmitia a quem chegava ao clube uma mensagem clara sobre o que representa envergar uma camisola centenária. “Diogo Martins e Catarino são importantes porque ajudam novos jogadores a sentirem o que é o Vitória”.