Após a derrota com o Benfica (0-1), o Vitória FC falhou na sexta-feira o objectivo de se reencontrar com os êxitos ao perder, por 3-1, no reduto do Portimonense, em partida da 13.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol. No Estádio Municipal de Portimão, o brasileiro Jadson, aos 10 minutos, e o colombiano Jackson Martínez (42 e 58) marcaram os golos dos algarvios, enquanto Mikel Agu (60) assinou o tento dos sadinos.
Depois de uma primeira parte para esquecer, que foi aproveitada pelo Portimonense para atingir o intervalo com uma vantagem de 2-0, os vitorianos transfiguram-se no segundo tempo. Mesmo tendo sofrido o terceiro tento, aos 58 minutos, a equipa de Lito Vidigal, esteve sempre por cima do adversário e dispôs inclusivamente de oportunidades suficientes para chegar à igualdade.
O Portimonense, que alcançou o sexto jogo consecutivo sem perder em casa, entrou forte no encontro e desde o início criou dificuldades aos sadinos, que, em relação ao jogo com o Benfica, fizeram três alterações com as entradas de Joel Pereira, André Sousa e Nuno Valente por troca, respectivamente, com Cristiano, Nuno Pinto e Jhonder Cádiz. Ao contrário dos colegas, a ausência de Nuno Pinto deveu-se a um problema de saúde grave que vai afastar o jogador por tempo indeterminado dos relvados.
Em relação ao jogo, como já dissemos, teve duas partes distintas. A equipa de António Folha esteve melhor na primeira parte, período em que marcou dois golos e criou várias oportunidades que lhe poderiam dar uma vantagem ainda mais confortável ao intervalo, que chegou com 2-0 para os anfitriões.
Os algarvios que viram Paulinho, aos oito minutos, desperdiçar a primeira ocasião para abrir o marcador, colocaram-se em vantagem, dois minutos depois, por intermédio de Jadson, que cabeceou com êxito na pequena área, aproveitou uma defesa incompleta do guarda-redes Joel Pereira a um primeiro cabeceamento de Jackson Martinez.
O golo causou alguma intranquilidade nos vitorianos, permitindo mais espaço para o Portimonense jogar no meio-campo e aproximar-se com frequência da baliza de Joel Pereira. A equipa de Lito Vidigal só aos 24 minutos é que conseguiu realizar o primeiro remate à baliza algarvia, com Berto a rematar de fora da área para as mãos de Ricardo Ferreira.
Depois de várias ocasiões para dilatar o marcador, primeiro Jackson Martinez (32) com um remate à barra e depois Ewerton (35), o Portimonense logrou, aos 42, alcançar o segundo golo, com o colombiano a finalizar após uma assistência de Manafá.
No segundo tempo, inverteu-se a tendência de jogo, com o Vitória a surgir mais rápido e mais agressivo no ataque, mas acabou por ser surpreendido com o terceiro golo dos algarvios, quando, em contra-ataque Jackson Martinez (58), de cabeça, bisou na partida.
Contudo, os setubalenses não baixaram os braços e procuraram reduzir a desvantagem, o que viriam a conseguir, dois minutos depois, por intermédio de Mikel que finalizou de cabeça na sequência de um canto, dando esperança na recuperação aos comandados de Lito Vidigal.
Depois de um período em que o Vitória conseguiu maior tempo de posse de bola, só aos 80 minutos é que se voltaram a registar ocasiões de golo, a primeira para o Vitória, com o guarda-redes Ricardo Pereira e o central Jadson a evitarem o golo, primeiro a Mendy e depois a Éber Bessa.
Já no período de compensação, o brasileiro Éber Bessa voltou a protagonizar nova jogada de perigo, fazendo a bola embater no poste da baliza de Ricardo Ferreira, mantendo-se o placar em 3-1 para os algarvios. Com a conquista dos três pontos, o Portimonense igualou os verdes e brancos na classificação (17 pontos).
Lito Vidigal: «Portimonense foi melhor do que nós»
“Foi uma primeira parte menos conseguida da nossa parte, pois perdemos identidade e não conseguimos ser iguais a nós próprios. No entanto, na segunda parte, o jogo foi diferente. Voltámos a ser o Vitória, com uma identidade bem vincada e assentámos o nosso jogo, conseguindo criar várias oportunidades de golo e sair daqui com outro resultado.
Mas devo dizer que foi uma vitória justa do Portimonense, porque, no cômputo geral, foi melhor do que nós. Apesar de tudo, gostei da atitude da minha equipa na segunda parte e isso é o que é mais importante.”