Cardoso Ferreira, presidente da mesa da Assembleia-Geral do Vitória FC, avançou hoje que o clube terá eleições para os órgãos sociais no prazo de 30 dias, ou seja, até 18 de Janeiro de 2020. A decisão foi tomada depois de ter recebido esta quarta-feira as cartas registadas de renúncia de cinco elementos da direcção presidida por Vítor Hugo Valente, que tinha sido eleita a 21 de Dezembro de 2017.
“A documentação chegou hoje ao meio-dia. Tenho na minha posse cartas de cinco dirigentes que tinham sido eleitos para o órgão social. Havia sete elementos na direção, ficaram dois [Vítor Hugo Valente e José Condeças] e demitiram-se cinco [Paulo Gomes, Rogério Sousa, Bruno Rodrigues, José Fidalgo e Mário Santos]”, disse em declarações à Lusa.
Questionado sobre o facto de na carta de renúncia a que Lusa teve ontem acesso figurarem os nomes de outros cinco dirigentes [Sérgio Casal, Aldo Nascimento, António Ramos, António Santana e Luís Jacob], Cardoso Ferreira pensa que se tratam de directores e não membros da direcção. “Presumo que os outros elementos que foram mencionados sejam diretores que não foram eleitos e que foram depois agregados”.
Independentemente de se considerarem cinco ou dez demissões, o presidente da mesa da Assembleia-Geral do Vitória sublinha que esse dado não tem implicações no procedimento a seguir. “Não altera nada. O órgão perdeu o quórum e os estatutos são claros nesta matéria: num prazo de 30 dias o presidente da AG tem de convocar eleições para todos os órgãos porque os 30 dias vão cair já no prazo normal de eleição de fim de mandato, que é entre Janeiro e Março do ano de 2020”, explicou.
Cardoso Ferreira sublinha que “os dirigentes actuais mantêm-se em funções até à tomada de posse da próxima direcção. Só que agora, naturalmente, apenas com funções de gestão limitadas”, referiu.