Caso pontue domingo (15 horas) em Chaves, equipa sadina garante de imediato a permanência
Tal como aconteceu na temporada transata aquando da visita ao reduto do Chaves, adversário do Vitória FC no domingo, o plantel viaja hoje para o Norte do país de comboio. Depois de treinar de manhã no Estádio do Bonfim, os comandados de Sandro Mendes rumam à Gare do Oriente, em Lisboa, onde vão, às 17:09 horas, apanhar o Alfa pendular com destino à cidade do Porto de onde seguem, de autocarro, para uma unidade hoteleira mais próxima da cidade transmontana.
O objetivo da viagem de comboio até à Invicta, que acontece dois dias antes do encontro com os flavienses, passa por atenuar os efeitos de uma longa viagem nos jogadores, permitindo que os mesmos tenham menor desgaste antes da partida que pode dar a permanência na I Liga. Para atingir o objectivo sem depender de terceiros, os sadinos precisam apenas de empatar no jogo que tem início marcado para as 15 horas.
No Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira, basta ao Vitória repetir o desfecho de 31 de Janeiro de 2018, dia em que conseguiram empatar a dois golos com o Chaves para, a uma jornada do final da competição, festejarem a continuidade entre a elite do futebol nacional. Nessa altura, o golo da igualdade surgiu ao cair do pano quando o defesa Yohan Tavares, aos 90+6 minutos, desviou para o 2-2 de uma partida em que Edinho fez o outro tento sadino.
Dessa equipa treinada por José Couceiro são vários os atletas que continuam a fazer parte do actual plantel. Cristiano, Vasco Fernandes, José Semedo e Nuno Pinto foram titulares, enquanto Allef (suplente utilizado) e André Sousa (não saiu do banco) fizeram parte do grupo que arrancou a igualdade à beira do fim nesse duelo da 20.ª jornada.
Quatro baixas de vulto
No domingo, frente ao Chaves, Sandro Mendes vai ser obrigado a fazer várias mexidas no onze. Os castigos aplicados a Zequinha (dois jogos), José Semedo e Jhonder Cádiz (um jogo cada) depois de serem expulsos na partida com o Boavista impedem o técnico de repetir a equipa que actuou na segunda-feira. A estes na lista de ausentes junta-se também Berto, que completou uma série de cinco cartões amarelos.
Para colmatar as ausências, o timoneiro dos sadinos deverá apostar em Mikel Agu e Mendy (regressa após uma partida de suspensão) para os lugares de José Semedo e Jhonder Cádiz, respectivamente. No caso de Zequinha, a posição poderá ser entregue a André Sousa (que avança no terreno sendo o lugar de lateral-esquerdo desempenhado por Sílvio) ou Tiago Castro, extremo que também poderá ser uma opção no sector ofensivo.
Junta de São Sebastião disponibiliza autocarro
A Junta de Freguesia de São Sebastião disponibilizou um autocarro seu para transportar os adeptos vitorianos que queiram acompanhar a equipa na partida de domingo em Chaves. Com este transporte serão cinco os autocarros que arrancam domingo de Setúbal para Trás-os Montes.
A decisão dos responsáveis de Junta de Freguesia foi tomada depois de se saber que as celebrações do 13 de Maio em Fátima tinham impossibilitado que o clube conseguisse mais de quatro autocarros para colocar de forma gratuita à disposição dos sócios vitorianos. Em comunicado, o Vitória tinha informado na quarta-feira que “foram contactadas mais de 30 empresas de aluguer de autocarros”.
Logo após a derrota de segunda-feira com o Boavista (0-3), o objectivo do Vitória foi mobilizar os adeptos em grande número para o duelo de domingo em Chaves. Disso mesmo tinha dado conta o presidente Vítor Hugo Valente que deixou a promessa de o clube fornecer de forma gratuita transporte e ingressos para o jogo. “Quero dizer aos sócios do Vitória que queiram ir a Chaves, sabem que podem ir porque o Vitória pagará tudo o que for preciso”, disse na altura.
Cardoso Ferreira: Presidente da AG confiante na permanência
A duas jornadas do final do campeonato, Cardoso Ferreira, presidente da Assembleia-Geral do Vitória, continua a acreditar que o clube vai assegurar a continuidade na I Liga, apesar de antever dificuldades. “Está mais difícil do que estava, mas é uma boa equipa, uma equipa coesa. Os jogadores sentiram muito o que aconteceu, ficaram muito desmoralizados, mas como bons profissionais e bons atletas que são, estou convencido que vão superar este momento e dar o seu melhor para que nós consigamos nos dois próximos jogos garantir a manutenção”, disse à Rádio Renascença.
No rescaldo dos incidentes de segunda-feira, durante e após a derrota sadina por 3-0 com o Boavista, que levaram o presidente do Vitória, Vítor Hugo Valente, a tecer duras críticas à equipa de arbitragem liderada por Fábio Veríssimo – apelidou-a de “encomenda” –, Cardoso Ferreira, líder da Assembleia-Geral do clube, pronunciou-se sobre o sucedido, considerando “legítima” a reacção do presidente da direcção.
“Confesso que fiquei estupefacto com o que estava a ver. Não deve haver muita gente que se lembre de três expulsões durante um jogo. Houve uma indignação que eu partilhei por parte de toda a massa associativa e da direção. A reacção do presidente na conferência de imprensa foi, ao fim e ao cabo, a expressão daquilo que a massa associativa e todos aqueles que estão ao Vitória sentem. Era difícil outro tipo de intervenção e outro tipo de performance”, disse à RR o presidente da AG dos vitorianos.