Resposta imediata depois de dois jogos em que a equipa ‘morreu na praia’
Após duas jornadas em que o Vitória consentiu igualdades nos últimos minutos de jogo (com Oriental Dragon e Cova da Piedade, ambas 1-1), o treinador Pedro Gandaio, que foi na sexta-feira confirmado pela administração do clube como líder técnico até ao final da época, está determinado em ver a sua equipa conquistar os três pontos na partida de amanhã, 18 horas, no reduto do Alverca, referente à 11.ª jornada da Liga 3.
O Vitória esteve a vencer desde muito cedo, mas, já em período de compensação (90+1 minutos), sofreu o golo do empate. Que análise faz ao jogo?
Fizemos um grande jogo. Tivemos muita bola e muitas oportunidades para marcar ao logo do jogo. Costuma dizer-se que quem não marca, sofre e, infelizmente, pela segunda jornada consecutiva, ao cair do pano levámos um balde de água fria. No entanto, penso que ao contrário do último jogo, contra o Oriental Dragon, a equipa mostrou muito mais qualidade e não ficámos lá atrás depois do 1-0. Continuámos a criar oportunidades e a ligar o jogo. Se tivéssemos feito o 2-0 e matado o jogo, certamente o resultado seria outro e sairíamos daqui muito mais felizes.
De que forma espera que a equipa reaja depois de sofrer este golpe?
Em termos exibicionais, comparando com o último jogo, houve uma melhoria significativa. Temos que nos agarrar a isso. O futebol é isto: quem não marca, sofre. Temos que olhar para o que fizemos muito bem e não podemos permitir, mais uma vez ao cair do pano, no seguimento de uma bola parada, deixarmo-nos morrer na praia.
Curiosamente o Vitória sofre o golo logo após uma dupla substituição que fez [saíram Nuno Pinto e Bruno Ventura e entraram Daniel Martins e Murilo Rosa, aos 90 minutos]. Pensa que essas alterações podem ter desequilibrado e desconcentrado a equipa?
É verdade. Agora. Olhando, para o que aconteceu, penso que se calhar não devia ter mexido. Faz parte do futebol. Nós não gostamos de fazer a substituição quando há um lance de bola parada, mas o Cova da Piedade fez uma alteração e os nossos jogadores tiveram de entrar até porque não queria ficar com um jogador a menos, por estar a pedir assistência, numa fase destas. Para azar dos azares, não culpabilizando ninguém, é com o Daniel Martins envolvido que acabámos por sofrer o golo.
Sem tempo a perder, o Vitória joga já amanhã, a partir das 18 horas, no reduto do Alverca. Tendo em conta o balde de água fria que a equipa sofreu com o Cova da Piedade quais as suas expectativas para este jogo?
O único Vitória que podemos ter é igual ao que tivemos frente ao Cova da Piedade durante 90 minutos. Uma equipa com personalidade, a querer ter bola e a criar oportunidades. Temos que entrar em Alverca da mesma forma. A nossa média tem de ser de dois pontos por jogo. Empatámos este, temos que ganhar em Alverca. Não vencemos agora, mas temos de ter sempre presentes que a nossa casa tem de ser a nossa fortaleza. Os pontos que não conseguimos agora temos de ir buscar a Alverca, tal como já tínhamos feito quando fomos ao campo do Torreense (triunfo 1-0). É essa a resposta que temos que dar depois do que aconteceu nestas duas semanas em que morremos na praia. A nossa perspectiva é manter a qualidade, o nível exibicional, mas trazermos os três pontos para Setúbal. No final, é o que nos interessa.
A administração do Vitória confirmou publicamente na sexta-feira, através de comunicado, que será o treinador da equipa até ao final da época. Sendo um jovem treinador, de 32 anos, de que forma sentiu esse voto de confiança recebido?
Enquanto estive como treinador interino costumava dizer que estamos todos. Naturalmente, o comunicado deixa-me muito feliz. Por detrás de tudo está o projecto Vitória, não se trata do Pedro. Deram-me essa confiança e vou fazer tal e qual como fazia quando estava como interino. Não vou mudar nada. A única diferença é que passo de interino a treinador até ao final da época, decisão assumida por parte da administração. Da minha parte, a exigência será a mesma.
Devido à lesão de François, Bruno Almeida, de 21 anos, foi titular nos últimos dois jogos no eixo da defesa. Como te visto a evolução do jovem jogador?
O Bruno está a aproveitar muito bem esta oportunidade. Já tinha sido titular contra o Amora e U. Leiria (1.ª e 2.ª jornadas) e deu sempre boas respostas. Nos jogos que fez, em termos individuais, nunca comprometeu, esteve sempre muito bem. Agora, nestas duas últimas jornadas fez a mesma coisa. É um exemplo para os outros jogadores. O azar de uns é a oportunidade dos outros se a souberem aproveitar. O Bruno tem feito isso muito bem.
1.ª Divisão da AF Setúbal: Regresso aos triunfos em Sines
Após uma série de cinco jornadas sem vencer na 1.ª Divisão Distrital da Associação de Futebol de Setúbal, o Vitória reencontrou anteontem os triunfos na prova ao ganhar, por 3-2, ao Vasco da Gama, em Sines, em partida da 14.ª ronda da prova. O êxito, que acontece depois e quatro empates e uma derrota nas rondas anteriores, permitiu à equipa treinada por Paulo Martins ascender à sétima posição com 20 pontos os mesmos do Sesimbra. O próximo adversário dos sadinos é o Alfarim.
Andebol sadino empata na Maia
Em partida da 12.ª jornada do Campeonato Nacional de Andebol da 1.ª Divisão, o Vitória foi ao reduto do ADA Maia impor uma igualdade (28-28), resultado que reflecte o equilíbrio registado no encontro entre maiatos e sadinos que seguem, respectivamente, no 6.º (27 pontos) e 7.º lugares (24 e menos um jogo) da classificação. Refira-se que Rúben Santos, com sete golos, foi o melhor marcador da equipa comandada por Luís Monteiro, que na próxima ronda, sábado, pelas 18 horas, joga no Pavilhão Antoine Velge, diante do Artística de Avanca, que ocupa o 9.º posto, com 22 pontos