«Ou mudamos o ‘chip’ rápido ou ficamos numa situação ainda mais difícil»

«Ou mudamos o ‘chip’ rápido ou ficamos numa situação ainda mais difícil»

«Ou mudamos o ‘chip’ rápido ou ficamos numa situação ainda mais difícil»

Julio Velázquez diz que as coisas não estão bem dentro nem fora do relvado.

 

Após a derrota (2-0) de terça-feira em Guimarães, Julio Velázquez, treinador do Vitória FC, não escondeu a sua frustração pelo momento actual em que o clube aumentou para 11 o número de jogos sem vencer na I Liga. Em declarações à Sport TV, o técnico assumiu a responsabilidade pelo momento e, pela primeira vez, manifestou em público a sua preocupação com a questão da permanência.

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Apenas com dois pontos somados nas cinco jornadas realizadas após o reatamento do campeonato, os sadinos, que antes do interregno da prova tinham 12 pontos de vantagem para a linha de água, dispõem agora de apenas três para a posição que é ocupada pelo Portimonense. O técnico espanhol considera que todos no clube sem excepção, dentro e fora do campo, têm de fazer as coisas de maneira diferente para evitar dissabores no final da época.

“As coisas não estão feitas como deveriam depois do isolamento. Quando ficamos numa situação como esta e as coisas de fora, e não de dentro do relvado, não estão feitas como deveriam ficamos nesta situação. Estamos numa situação muito complicada. Ou mudamos o ‘chip’ rápido ou ficamos numa situação ainda mais difícil”, disse, escusando-se a adiantar pormenores.

Que explicação encontra para o actual momento do clube que somou em Guimarães a terceira derrota consecutiva?

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Oferecemos os primeiros 25 minutos. Temos vindo a fazer as coisas muito mal desde o isolamento. Há muitas coisas que não estão como deveriam estar numa equipa que quer alcançar a permanência. Há dois meses pensámos todos que a manutenção estava conseguida e a realidade é que não está. Como em todos as ligas do mundo surge alguma equipa que parece que está morta e sai dessa situação como está a acontecer com o Portimonense, que tem mais potencial e estrutura. Eles estão a fazer as coisas muito bem fora e dentro e estão a evoluir em todos os sentidos a nível de qualidade de jogo e resultados.

Isso faz com que as outras equipas não tenham a manutenção segura. Nós, por exemplo, estamo-nos a imolar há algumas semanas. O responsável sou eu. Se continuamos neste caminho é impossível. Não vi uma equipa como tenho de ver. Nas primeiras e segundas bolas, nas fases com e sem bola… Acontecem muitas coisas que não são o caminho certo, não temos o foco onde deveríamos e assim é impossível. O próximo jogo [sábado, no Bonfim, com o Paços de Ferreira] é uma autêntica final. Estamos numa situação muito difícil e numa dinâmica muito má. Ou mudamos todos o ‘chip’, e somos homens e responsáveis, ou é materialmente impossível.

Porquê?

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Porque as coisas não estão feitas como deveriam depois do isolamento. Quando ficamos numa situação como esta e as coisas de fora, e não de dentro do relvado, não estão feitas como deveriam ficamos nesta situação. Estamos numa situação muito complicada. Ou mudamos o ‘chip’ rápido ou ficamos numa situação ainda mais difícil.

Está surpreendido com o que está a acontecer?

Sinceramente não esperava estar nesta situação. É uma surpresa absoluta. Acho que estávamos todos um bocado enganados. Depois do isolamento olhava para cima na classificação para tentar ficar o melhor possível, mas não estamos a fazer as coisas bem. Estamos a tentar, mas há muitas coisas fora que não estão feitas como têm de estar e isso transfere-se para o relvado.

A que se refere concretamente? Fala ao nível da estrutura, do comportamento dos jogadores…

Todos sabemos as coisas que ocorrem nos finais de época. Há situações que não ajudam. No jogo, não concordo com a expulsão do Leandrinho. Perdemos outros dois jogadores para o jogo de sábado (Guedes e Sílvio foram expulsos). A nível emocional, estamos como estamos e estas situações pagam-se. Representamos uma equipa com história que quer alcançar a manutenção, mas agora estamos numa dinâmica muito má, enquanto as equipas que estão a lutar connosco, como o Portimonense e o Paços de Ferreira, estão numa dinâmica ascendente. A continuar assim é impossível.

 

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Capitão Semedo confiante

«Vamos sair vitoriosos desta batalha»

Mais sereno foi o capitão José Semedo nas declarações que proferiu depois do desaire com os vimaranenses. “Foi um jogo atípico. Tivemos três expulsões e agora não há nada a fazer e temos de pensar já no próximo jogo. A manutenção é uma luta pela qual infelizmente temos passado nos últimos anos e temos vencido essa batalha. É com essa esperança que vamos continuar a lutar. Sábado temos já uma final e vamos fazer tudo para garantir os três pontos”.

Questionado sobre o facto de o Vitória ter permitido que uma vantagem de 12 pontos para a linha de água passasse em cinco jornadas para três, o médio setubalense é peremptório. “Os números dizem que a paragem foi má para o Vitória. Foi uma paragem atípica para todas as equipas e isso é visível não apenas na parte de baixo da tabela. São coisas que acontecem no futebol e não podemos focarmo-nos nelas, mas no que temos de fazer para melhorar. Tenho a certeza absoluta de que vamos conseguir sair vitoriosos desta batalha”.

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