Treinador Sandro Mendes frisa importância dos vitorianos e promete entrega a 101% no jogo de hoje (20:15 horas) com o Feirense
Sandro Mendes, treinador do Vitória FC, não poupa elogios aos adeptos que hoje prometem marcar presença em grande número no reduto do Feirense, adversário na partida que encerra, a partir das 20:15 horas, a 27.ª jornada da I Liga. Numa partida que antevê ser “de nervos”, o timoneiro dos sadinos, que frisou a importância do estágio em Lousada para “reforçar a união”, assegura que “a concentração, o empenho, o querer e a qualidade vão estar presentes”.
A equipa vai ter um jogo importante e difícil com o Feirense. Como sente a equipa antes do encontro que encerra a jornada?
Desde o jogo com o Braga, nestas duas semanas de trabalho, noto que há uma entrega ainda maior dos jogadores, com uma vontade muito grande e um pensamento muito positivo. Nos treinos tem-se visto a competência e o querer de todos. Isso faz-me ter dores de cabeça positivas porque há um querer e acreditar muito grande destes jogadores que tudo têm feito para reverter esta situação.
Há um compromisso grande dos jogadores…
Sem dúvida. Os jogadores estão cientes do que estamos a viver e do que o clube está a passar. Há também alguma revolta por sentirmos que o que tudo temos feito dentro de campo para alterar este ciclo, por uma razão ou outra ou pouca sorte, não temos conseguido as vitórias.
Estagiar num local diferente foi importante para a equipa e poderá vir a trazer frutos?
Sim, mas não é por estarmos longe da pressão porque essa pressão positiva de ganhar e sermos melhores está cá. Este estágio serve mais para reforçar a união que existe neste grupo e para estarmos todos mais focados. Serve também para reflexão e para trabalharmos com um pouco mais de tranquilidade. Esperamos que amanhã este esforço da direcção dê frutos.
Para o Feirense este pode ser o jogo do tudo ou nada. Poderá o Vitória ter mais dificuldades por isso?
O Feirense tem feito bons jogos. Fê-lo contra equipas grandes e dificultou ao máximo a vitória desses adversários. Quando têm bola sabem o que fazer com ela, têm jogadores com qualidade e vão-nos dificultar a missão. Estão numa posição má e nós não estamos numa posição muito melhor. Vai ser um jogo de nervos e há que os saber controlar. A concentração, o empenho, o querer e a qualidade vão estar presentes. Tudo vamos fazer para atingir os três pontos.
O que é exigido aos jogadores numa partida como esta?
É exigido o mesmo de sempre: máxima concentração e controlo da ansiedade. Não podemos perder tempo nem forças com algo que não podemos controlar. Temos de nos centrar só na nossa união e saber no que estamos a fazer em campo. Quanto ao resto, os jogadores têm correspondido de uma forma natural e fantástica.
Como vê a mobilização dos adeptos em torno da equipa. É um factor extra de motivação para os jogadores?
Sem dúvida que sim. Tenho vindo a frisar que os nossos adeptos são o nosso 12.º jogador, o nosso melhor jogador. Nunca nos deixaram sós e temos de agradecer por isso. Mesmo no momento em que estamos nunca nos abandonaram. A prova é que num dia de trabalho estarão em bom número para nos apoiar. Nós também temos ainda mais vontade de dar o que eles querem e que todos nós queremos. A verdade é que ninguém mais do que os jogadores quer ganhar. Quando muito pode ser igual Temos um jogo muito difícil, mas a entrega será a 101 por cento para podermos regressar a Setúbal com o dever cumprido.
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De que forma está a equipa a encarar a partida com o Feirense?
Estamos a encarar o jogo com espírito positivo. A medida tomada pela direcção e equipa técnica de estagiarmos num local diferente é bastante positiva porque nos permite estar mais focados estes dias antes do jogo. Encaramos o jogo com muito optimismo, nota-se que o grupo está muito confiante. Temos todas as capacidades para regressar às vitórias na segunda-feira. Estamos convictos de que vamos sair desta situação e conseguir o objectivo principal. Não nos passa pela cabeça outro cenário. Pelo que tem apresentado nos jogos, a equipa merece outro lugar na tabela e outro conforto pontual.
Têm conversado sobre o que tem acontecido?
Sim. Mesmo nas análises que fazemos aos jogos sentimos que é injusto estarmos há tantos jogos sem ganhar. Tem-nos faltado uma pontinha de sorte. Temos de ser nós a inverter essa situação.
A equipa não marca muitos golos e sofre poucos. Como vê esse facto?
Não temos conseguido fazer muitos golos, mas, se olharmos para o panorama nacional da I Liga, temos das melhores defesas. É um trabalho colectivo que começa na frente e a equipa fica bem estruturada no processo defensivo. Criamos muitas dificuldades seja contra que equipa for.
O Feirense segue na última posição. Que adversário estão à espera de encontrar?
É um jogo sempre difícil. O Feirense está a queimar agora os últimos cartuchos. Estamos focados em nós próprios. Sabemos que vamos ter um apoio muito grande dos adeptos. Há que realçar o esforço da direcção em possibilitar a vinda deles a Santa Maria da Feira. Tudo isso dá-nos ainda maior motivação.
E responsabilidade?
Sim, mas só o facto de jogar no Vitória já nos traz responsabilidade. É bom jogarmos fora e termos 500 ou 600 adeptos. É sinal da grandeza do clube.
Que mensagem é importante passar aos adeptos neste momento?
Em primeiro lugar, agradecemos o apoio que nos têm dado ao longo do campeonato. Sente-se uma mística muito engraçada a jogar no Bonfim e fora de casa, onde o clube consegue sempre levar adeptos. Passamos também uma mensagem de confiança e pedimos que nos continuem a apoiar nesta recta final em que vão ser muto importantes para nós. Temos a convicção de que no final vamos festejar o nosso objetivo juntos.