13 Agosto 2024, Terça-feira

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“O ‘know-how’ e as condições logísticas tornam Setúbal um local ideal para este tipo de competição”

“O ‘know-how’ e as condições logísticas tornam Setúbal um local ideal para este tipo de competição”

“O ‘know-how’ e as condições logísticas tornam Setúbal um local ideal para este tipo de competição”

Depois de 2012 e 2016, cidade sadina volta a decidir quem vai aos Jogos Olímpicos.

 

Pela terceira vez, depois de 2012 e 2016, Setúbal recebe este sábado (sector feminino) e domingo (masculino), ambos a partir das 16 horas, a elite mundial de natação em águas abertas na ‘FINA Marathon Swimming Olympic Games Qualification Tournament 2021’, prova de dez quilómetros que representa a derradeira oportunidade de apuramento para os Jogos Olímpicos de Tóquio.

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O seleccionador nacional de águas abertas, Daniel Viegas, encara com naturalidade a decisão da Federação Internacional de Natação, depois de a competição, originalmente agendada para os dias 29 e 30 de maio, para Fukuoka, Japão, ter optado por Setúbal depois de a prova que iria decorrer em território nipónico ter sido cancelada devido à evolução da pandemia.

“Setúbal é uma prova pertencente ao circuito mundial de águas abertas desde 2006”, lembrou o treinador, que destacou a experiência acumulada nas edições anteriores. “O ‘know-how’ ganho e as condições logísticas existentes tornam Setúbal um local ideal para este tipo de competição. A cidade é grande, mas a logística é fácil”, disse a O SETUBALENSE.

Exemplo disso mesmo é o facto de haver uma proximidade entre os locais que são utilizados pelos participantes. “Existem hotéis, piscinas e o próprio local em que decorre a prova no rio Sado fica todo a uma curta distância. Em cinco minutos está-se no local da prova ou numa piscina a treinar”, referiu, lembrando que “a centralidade de Portugal, que está a meio caminho entre a América e Ásia, por exemplo, também é uma mais-valia na hora de eleger o local da prova”.

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Daniel Viegas, que nasceu em Olhão há 37 anos e reside em Lisboa, sublinha que “a proximidade entre os locais necessários numa prova destas características contrasta com o que acontece muitas vezes noutros países onde, por vezes, é comum as comitivas fazerem distâncias de 40 ou mais quilómetros para se deslocarem dos hotéis para o local da prova, por exemplo”.

O seleccionador nacional, que está em funções desde 2016, considera que existem outros argumentos de peso a contribuírem para que o rio Sado e a cidade em que este desagua seja um palco repetente. “A juntar a tudo isto Setúbal é uma cidade que sabe acolher todas as pessoas que visitam a região. É um cenário muito bom, uma vez que se trata de uma espécie de anfiteatro natural, que permite, em circunstâncias normais, assistir à prova”.

Ao contrário de anos anteriores, em virtude do atual quadro de crise sanitária provocado pela pandemia de covid-19, a prova que decorre a partir do Parque Urbano de Albarquel, não terá público e será interdito à circulação pedonal e rodoviária nos dias do evento. Apesar dos constrangimentos, Daniel Viegas afirma que “a cidade e a organização tem as coisas muito bem preparadas”.

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Quarteto luso tenta passaporte

 

Entre os 110 participantes (63 masculinos e 47 femininos) que vão lutar pela classificação estão os portugueses Tiago Campos (22 anos), Diogo Cardoso (20), Angélica André (26) e Mafalda Rosa (17), quarteto que é treinado por Daniel Viegas. Apesar da forte concorrência, o selecionador nacional acredita que Portugal pode alcançar, pelo menos, uma vaga para Tóquio.

Apenas 30 nadadores – 15 homens e 15 mulheres – carimbam em Setúbal o passaporte para participar nos Jogos Olímpicos de Tóquio, juntando-se aos dez já apurados no Campeonato do Mundo, realizado em julho de 2019, em Gwangju, na Coreia do Sul. As regras do apuramento estão já bem definidas. “Serão apurados os primeiros nove classificados, um por país. Depois destes nove entram os seguintes, sendo que será um por continente. Depois destes, a última vaga é para o país organizador dos Jogos Olímpicos, o Japão”, explicou.

Em relação a algumas das edições do passado, o seleccionador nacional destacou uma das mudanças verificadas e que contribuíram para uma melhor adaptação dos atletas que vêm nadar 10 quilómetros no rio Sado. “Setúbal é uma prova desafiante e dura devido às correntes e à temperatura fria da água. Há uns anos era normal os nadadores saírem da água em hipotermia, situação que foi colmatada com a utilização de fatos isotérmicos a partir de 2016”.

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