«O desafio é de risco mas vamos conseguir o objectivo de ficar na I Liga»

«O desafio é de risco mas vamos conseguir o objectivo de ficar na I Liga»

«O desafio é de risco mas vamos conseguir o objectivo de ficar na I Liga»

Primeira das quatro finais do Vitória FC é hoje (21:15) no reduto do Aves

 

Lito Vidigal, treinador escolhido para liderar a equipa do Vitória FC nas derradeiras quatro jornadas da I Liga, acredita que a equipa vai conseguir atingir a permanência no final da época. Para ter sucesso, o técnico, de 50 anos, alerta para a necessidade de a equipa vencer já hoje, a partir das 21:15 horas, o duelo no reduto do Aves, a contar para a 31.ª jornada do campeonato.

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“Temos um jogo muito importante, que será bastante difícil, e o que temos de ter em mente é unicamente vencer. Temos de dar o máximo para conquistar pontos. É difícil, sabemos que o momento é duro, mas se formos sérios, rigorosos e inteligentes, vamos conseguir ganhar e continuar na luta pelo nosso objectivo”, vaticinou na conferência de imprensa em que foi apresentado como timoneiro pelo presidente Paulo Gomes.

Em Lousada, cidade nortenha onde a equipa está a estagiar desde segunda-feira, o treinador salientou a importância de remarem todos para o mesmo lado. “Se sofrermos em conjunto, respeitando a grandeza e os adeptos do Vitória, pensando de forma colectiva e sentindo eu que os jogadores respeitam e querem muito que o clube continue no patamar máximo do futebol português, acredito que vamos conseguir”.

Quase ano e meio depois de ter deixado o comando dos setubalenses, Lito Vidigal admite não ter ficado indiferente ao facto de o Vitória ser um emblema que lhe diz muito. “Citando Miguel Torga, ‘maldito aquele que encontra os seus em dificuldades e não lhes estende a mão’. Eu estou aqui, sabendo da dificuldade que é este projecto. São quatro jogos, mas são só 20 dias e há muito pouco tempo para trabalhar. Felizmente conheço alguns dos jogadores, acredito neles e, acima de tudo, vim para cá para sofrer por eles e com eles”.

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Questionado sobre o facto de a equipa estar há 12 jornadas sem vencer, o ex-treinador do Boavista é peremptório. “Não vale a pena pensar no passado. O desafio é de risco, mas tenho a confiança de que, puxando todos para o mesmo lado, vamos conseguir o objectivo que é ficar na I Liga”, disse, fazendo questão de deixar um apelo aos vitorianos.

“Este é um desafio colectivo. Aceitei-o pela grandeza do Vitória, que é um clube enorme, com uma massa adepta fantástica e neste momento temos de estar todos em sintonia: clube, cidade, vitorianos, jogadores, ‘staff’ e direcção. Se estivermos todos abraçados e no mesmo sentido, focados, a trabalhar e a transmitir energias positivas para os jogadores, vamos conseguir”.

Lito Vidigal escusou-se a comentar a notícia que dá conta de que não vai usufruir de um salário no clube, mas terá, isso sim, um prémio caso assegure o objectivo da permanência [n.d.r.: o jornal A Bola revela que o valor desse prémio é de 100 mil euros]. “O que é que o salário vale no momento que o Vitória está a passar? Não há dinheiro que pague, temos é de ter sorte e trabalhar para conseguirmos a permanência. O futuro é amanhã [quarta-feira] e temos de pensar no jogo difícil frente ao Desportivo das Aves. Não vale a pena fazer contas”.

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“Todos os nomes apontaram para Lito”

O presidente Paulo Gomes esteve ao lado de Lito Vidigal na apresentação em Lousada, onde fez questão de explicar a razão da escolha do técnico. “Como estamos a poucas jornadas do fim, esta não poderia ser uma decisão do presidente. Como tal, ouvi muitas pessoas que estão na mesma luta, como os capitães, alguns jogadores, os treinadores residentes e os elementos da estrutura diretiva e do ‘staff’ da SAD. Conclusão: todos os nomes apontaram para a mesma pessoa”.

E acrescenta: “Convidar o Lito para este enorme desafio quando estava descansado na sua terra, em Elvas, sabendo nós que não é para todos ter aqui um treinador para fazer estas quatro jornadas e que é um treinador que esteve connosco há pouco tempo e que houve algumas inverdades que fizeram gerar ruído em torno da sua saída, eu só posso agradecer, eu e toda a estrutura, por ele ter dito “sim” a este enorme desafio, ao qual nós contamos, todos juntos e numa só voz, lutar por estas quatro jornadas que faltam”.

O dirigente reconheceu que a paragem na competição devido à pandemia da Covid-19 foi nefasta para a equipa. “Como sabem, antes da Covid-19 a nossa equipa estava bem instalada na tabela classificativa e a paragem não nos deu muita sorte. Esta segunda fase do campeonato não foi como gostaríamos que fosse e a ausência da nossa massa adepta no estádio tem sido uma dificuldade acrescida”.

Por considerar tratar-se de “um não assunto”, Paulo Gomes escusou-se a comentar as críticas recentes do ex-treinador Julio Velázquez que afirmou ter deixado o cargo por “não concordar com a maneira de gerir do presidente e da direcção em situações extra futebol” e por considerar que “não há a ambição e a vontade de crescer como o clube e os adeptos merecem”.

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