Nuno Painço, presidente do Racing Power FC: “Queremos estar novamente em todas as decisões e lutar para ganhar títulos”

Nuno Painço, presidente do Racing Power FC: “Queremos estar novamente em todas as decisões e lutar para ganhar títulos”

Nuno Painço, presidente do Racing Power FC: “Queremos estar novamente em todas as decisões e lutar para ganhar títulos”

O Racing Power foi a grande sensação da Liga BPI na temporada anterior porque  terminou a Liga BPI em terceiro lugar, foi finalista da Taça de Portugal e chegou às meias finais da Taça da Liga, tudo isto no ano de estreia no patamar mais elevado do futebol feminino do país.

Por essa razão a expectativa é enorme para a nova época desportiva. Conseguirá o clube manter o mesmo nível? Foi isso que procurámos saber junto do presidente do clube, Nuno Painço, que mantém a ambição de um dia vir a ser campeão nacional e disputar a Liga dos Campeões.

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Depois do terceiro lugar conquistado a época passada, que se pode esperar do Racing Power em 2024/2025?

Uma época tão boa quanto a anterior e se possível melhorar. Temos de ser ambiciosos e nunca escondi que a nossa ambição é ser campeão. É esse o nosso objetivo e vamos consegui-lo, não digo que seja já na próxima época, mas é para isso que estamos a trabalhar. É claro que a época 2023/24 foi muito boa, não se pode dizer fantástica, porque fantástica foi a do Benfica, que ganhou tudo em Portugal e chegou aos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Mas ficámos em terceiro no campeonato e fomos à final da Taça de Portugal. Para uma equipa que esteve pela primeira vez na Liga BPI, isso andou muito perto de ser fantástico. Agora, pés bem assentes no chão e olhar para o futuro, não para o passado. Queremos estar novamente em todas as decisões, lutar para ganhar títulos. Se os vamos ganhar ou não, jogo a jogo iremos dar a resposta. Este é [e tem de ser] o nosso ADN. Estamos a construir um plantel que nos permita ir longe em todas as provas, sabendo de antemão que não vai ser uma época fácil porque agora já conhecem melhor o Racing Power, conquistámos o respeito dos adversários. Por outro lado, acredito que iremos ter um campeonato mais competitivo, pois na próxima época três equipas irão entrar direto nas provas europeias. Por isso, perspetivo que, como nós, haverá mais quatro ou cinco equipas com as mesmas ambições.

Tudo indica que o plantel vai sofrer alterações com a saída e entrada de jogadoras. O objetivo passa por formar um grupo que seja capaz de fazer melhor que a época passada?

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Sim. A preparação do plantel é muito rigorosa e as regras impostas pela FPF cada vez mais apertadas, situação que desfavorece aqueles que têm menos poder e apoios financeiros porque as medidas são cada vez mais exigentes e os apoios não crescem na mesma proporção. Mas estamos cá para ir à luta, como certamente também estarão o Damaiense, o Torreense e o Valadares, entre outros. Os que andavam sempre sozinhos na frente já perceberam que iremos ter um campeonato mais competitivo, como se viu na época que acabou.

O nível atingido pelo clube é elevado, mas a ambição parece ser ainda maior. A intromissão na luta pelo título e a ida à Liga dos Campeões são apostas para a nova época?

Aquilo que dizemos é que vamos entrar em todas as provas para chegar à fase das decisões. A Liga dos Campeões é um sonho, é algo que projetamos a médio prazo. Como ir à final da Taça de Portugal era um sonho no início da última época, e conseguimos lá chegar. Alguma vez alguém pensou que o Racing Power na sua estreia na Liga BPI ia ficar em terceiro? Que ia estar na final da Taça de Portugal e na meia-final da Taça da Liga? Mas temos de ter a consciência nada se consegue sem muito trabalho. Repito, pés bem assentes na terra, porque equipas que já cá andam há muito mais tempo que nós nada conquistaram tanto a nível interno como na Europa.

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Na época passada o Racing Power utilizou o Estádio Nacional como sua casa. É aí que vai continuar a jogar na condição de visitado?

É o que está planeado porque foi a nossa fortaleza e poucos ali passaram. As relações institucionais são fantásticas com o IPDJ, na pessoa do seu diretor Paulo Pires e restante equipa. Existe reciprocidade de ambas as partes no bom trabalho. Mas não escondo que também continuamos a procurar alternativas na margem sul.

E a preparação da equipa (treino) para os jogos onde vai decorrer?

É um processo que ainda não está fechado. Nesta altura o que temos projetado será distribuir os treinos entre o complexo do Jamor e o Kartódromo de Palmela. Os trabalhos arrancam dia 15 com exames médicos e depois seguimos para estágio em Pinhel de 22 a 27 de Julho.

A época que agora terminou foi também bastante positiva para os escalões de formação. É assim que vai querer continuar?

Sim é verdade. Sou um presidente muito orgulhoso dos nossos [para já] dois escalões de formação. Atingimos os objetivos a que nos propusemos. Faltava-nos um título na formação, algo que era muito desejado pela Direção. Estamos também já a preparar a nova época, já assinámos diversos contratos de formação, sinal de que as atletas também confiam em nós para continuarem a evoluir. Só assim conseguimos segurar esta geração de meninas muito talentosas. Iremos novamente, neste mês de Julho, à Gothia Cup, na Suécia, que é considerado o maior torneio do Mundo de futebol de formação, e vamos com a convicção que podemos trazer mais uma taça.

Há algo mais que queira dizer nesta altura?

Aguardem pelas novidades, porque estamos a trabalhar em todas as frentes para fazer do Racing Power um clube cada vez mais forte.

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