Vitória tem duplo compromisso com U. Santarém na quinta e segunda-feira
Nos oito jogos que leva no comando técnico do Vitória FC, Pedro Gandaio não tem dúvidas em afirmar que o duelo travado na sexta-feira com o Sporting B foi aquele em que sentiu maior coesão da equipa. O treinador quer agora que o triunfo (2-1) obtido sobre os leões tenha seguimento já no embate com o U. Santarém na quinta-feira, dia em que se acertam as contas da 5.ª jornada do calendário da série B da Liga 3.
O confronto que os setubalenses vão travar quinta-feira com os ribatejanos, no Estádio do Bonfim, será o primeiro de dois em que que os emblemas vão medir forças no espaço de quatro dias, uma vez que na próxima segunda-feira, pelas 13 horas, será a vez de o Vitória, em encontro da ronda 16, se deslocar a campo Chá das Padeiras para defrontar o conjunto de Santarém.
O treinador Pedro Gandaio mostra-se optimista para o duelo que os sadinos vão ter quinta-feira com os escalabitanos, confessando que a sua confiança advém da postura que o grupo de teve com o Sporting B e na semana de trabalho. “Nunca senti o grupo tão coeso como neste jogo com o Sporting. Podíamos não ter ganho, mas as sensações que tive esta semana, na preparação deste jogo, foram muito positivas”.
Instado a revelar as razões por detrás da coesão evidenciada, o técnico ensaia uma explicação. “Talvez tivesse sido fruto de regresso de jogadores que tinham estado ausentes nos últimos tempos. Quando entram jogadores como Zequinha e Mano isso tem muito peso. Apesar de serem mais-valias no plantel, muitas vezes não é só o que podem acrescentar ao jogo, mas sim ao grupo”, disse sobre os elementos que falharam por lesão os últimos compromissos.
E acrescenta: “Durante a semana de trabalho é importante ter um líder. Não é por acaso que o Semedo é um líder que nós dificilmente ouvimos falar. A presença dele e quando fala é sempre para puxar para motivar, lidera pelo exemplo. O Zequinha também tem isso. São jogadores que acrescentam qualidade no treino e isso aumenta os índices de confiança da equipa”, sublinhou o técnico de 32 anos.
Consciente de que uma época é feita de bons e maus momentos, o treinador salienta a importância dos jogadores experientes na gestão das emoções nas diferentes fases do jogo. “O futebol é isto: há momentos em que vamos estar por cima do adversário e outros em que isso não acontece”, disse em alusão a alguns períodos da segunda parte da partida do Bonfim em que os leões dominaram.
“É nesses momentos que líderes como o Mano, o Semedo, o Zequinha, o Nuno Pinto agarram o barco e não deixam que este quebre de maneira nenhuma. Este jogo com o Sporting B foi exemplo disso mesmo. Mesmo sem bola, como aconteceu muitas vezes na segunda parte, estivemos muito coesos”, vincou.
Na hora de apontar onde residiu a chave do êxito com os leões, Pedro Gandaio afirma que nunca duvidou da reviravolta. “É verdade que começámos a perder, mas senti desde início que estávamos bem no jogo. O golo nasce de uma grande penalidade em que o Diogo Martins toca no adversário sem querer quando tenta chegar à bola. Apesar do golo sofrido, senti que a equipa não acusou esse momento, como já tinha sucedido em partidas anteriores. A equipa esteve sempre muito focada e concentrada”.
Após o triunfo da jornada passada, o timoneiro dos sadinos partilhou na sala de imprensa com O SETUBALENSE uma conversa que teve com os atletas. “Tinha falado com os jogadores que esta tinha sido a melhor semana de trabalho desde que assumi a equipa. Mesmo em desvantagem no marcador nunca senti que a nossa equipa estivesse a perder. A prová-lo está o facto de a nossa reacção ter sido muito rápida e o segundo golo também não tardou muito a chegar”.
Depois de somar os três pontos com os sportinguistas, o Vitória tinha alcançado no 2.º posto da classificação o Torreense [n.d.r.: equipa que tem 15 jogos realizados, mais dois que os sadinos que têm 13. Entretanto o Torreense venceu e isolou-se no 2.º lugar com 26 pontos, mais três que os sadinos]. Instado a comentar a posição nos lugares da frente, Pedro Gandaio confessa querer mais. “É um lugar para manter e consolidar com os jogos que temos em atraso”.
O primeiro deles, como já referimos, será com o U. Santarém. “Já na quinta-feira queremos reduzir ainda mais essa distância. Uma vez que matematicamente não poderemos alcançar o U. Leiria (lidera a prova com 33 pontos em 14 jogos) nesses jogos, queremos sempre continuar destacados dos restantes. Neste momento isso ainda não acontece porque há o Leiria e há os outros, mas queremos que isso aconteça o mais rápido possível.