“Vitória e os vitorianos merecem que o clube brilhe novamente”, diz impulsionadora do projecto.
Desde que a Câmara Municipal de Setúbal tomou posse do Estádio do Bonfim, em Novembro de 2020, várias têm sido as obras de requalificação no espaço que é a casa do Vitória Futebol Clube. A empreitada mais recente são os doze murais pintados na lateral é visível a partir da Avenida Dr. António Rodrigues Manito em que estão retratados vários momentos da história do clube.
A impulsionadora do projecto, Carla Tavares, explicou o propósito que esteve na origem do trabalho artístico e criativo que foi concebido pelo artista Ricardo Romero. “A ideia era fazer uma composição que trouxesse as glórias do passado para inspirar otimismo no futuro, porque o Vitória e os vitorianos merecem que o clube brilhe novamente”, disse em nota de imprensa enviada pela autarquia.
As imagens seleccionadas ilustram algumas das principais conquistas, figuras icónicas e marcos emblemáticos ocorridos em mais de um século de história do emblema fundado a 10 de Novembro de 1910. As criações de grande dimensão, monocromáticas, a preto e branco, foram criadas com base em imagens do passado, incluindo retratos captados pelo fotógrafo setubalense Américo Ribeiro.
“São composições que demonstram a garra das últimas décadas”, sublinha Carla Tavares, ao adiantar que o projecto, cuja execução demorou cerca de um mês, contou com a colaboração do antigo dirigente Rogério Vaz de Carvalho, que em 2007/08 integrou a Comissão de Gestão liderada por Carlos Costa que esteve na conquista do último troféu ganho pelo Vitória (a 1.ª edição da Taça da Liga), e das técnicas do Município Maria Miguel Cardoso e Ana Carvalho.
Entre as composições vislumbram-se uma das primeiras equipas de futebol do Vitória e alguns dos principais troféus que integram o palmarés vitoriano, como as duas Taças de Portugal conquistadas em 1965 e 1967 e a Mini Copa do Mundo, que veio para a Setúbal em 1970. Nas paredes do Estádio são igualmente revelados momentos de apoio popular e clubístico e figuras singulares do clube setubalense, como o avançado nigeriano Rashid Yekini e a ciclista Oceana Zarco, a par de outros símbolos que ilustram o ecletismo do clube.
O texto publicado pela autarquia setubalense refere que pintura dos doze murais foi “paga por um mecenas está enquadrada no conjunto de acções que a Câmara Municipal de Setúbal e a União das Freguesias de Setúbal têm vindo a desenvolver para beneficiação e embelezamento do Estádio do Bonfim, incluindo a pintura integral em tons de verde e branco e iluminação cénica em redor do recinto”.
Nos trabalhos realizados nas instalações que albergam o clube, destaca-se também a estrutura decorativa iluminada “VFC” – as iniciais do Vitória Futebol Clube – instalada no espaço público defronte da rotunda de interseção entre a Avenida 22 de Dezembro e a Praça Vitória Futebol Clube, e para as remodelações em curso da bilheteira e da loja, cuja inauguração está para breve.
Formação renova posto de médico
Em relação às infraestruturas que são utilizadas por quem representa e frequenta o Estádio do Bonfim, o departamento do futebol de Formação apresentou no seu Facebook “o renovado posto de médico, que vai permitir elevar a qualidade do trabalho desenvolvido pela estrutura da Formação e dar melhores condições aos nossos atletas”, lê-se no texto publicado, acrescentando que “esta estrutura possui diversos equipamentos que permitem que todos os profissionais de saúde ao serviço do Vitória FC possam desenvolver o seu trabalho de forma mais eficaz”.
Entretanto, em termos competitivos, o futebol do Vitória esteve em acção no passado fim-de-semana. Além do triunfo (4-0) da equipa sénior sobre o Sonho XXI, em partida da última jornada do Campeonato Distrital de Seniores da 2.ª Divisão, que valeu a conquista do primeiro lugar e a consequente subida à 1.ª Divisão da Associação de Futebol de Setúbal, os sub-19 também jogaram.
Em partida da nona jornada do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão (série D), os sadinos empataram (1-1) no reduto do Alverca, desfecho que mantém a equipa na segunda posição da prova. Referência ainda para o adiamento do jogo dos sub-15, que iam defrontar, a contar para a série N do campeonato Nacional, o Lusitano de Évora. O adiamento deve-se ao impedimento de os clubes se deslocarem à área metropolitana de Lisboa durante os fins-de-semana devido ao agravamento da situação pandémica na região.