Presidente do Vitória comenta adesão dos setubalenses para o duelo de segunda-feira na Feira
O Vitória FC confirmou ontem que estão já preenchidos seis autocarros para acompanhar a equipa na deslocação de segunda-feira ao reduto do Feirense. Apesar de a partida da 27.ª jornada da I Liga ter lugar às 20:15 de um dia de semana, os vitorianos vão fazer mais de 600 quilómetros (ida e volta) e prometem fazer-se ouvir em Santa Maria da Feira para ajudar os comandados de Sandro Mendes a conquistarem os três pontos.
A O Setubalense – Diário da Região, Vítor Hugo Valente, presidente da direcção, comentou ontem a adesão dos vitorianos. “É sinal de vitalidade. Por ser uma segunda-feira pensámos que poderia ter menos gente, mas isso não aconteceu. As pessoas do Vitória são assim porque sentem o clube como seu. Esta é a nossa marca e o gene deste clube. Quando os sócios se apercebem que há um bocadinho de dificuldades, aí estão eles”.
O líder dos setubalenses lembrou que além do número de autocarros poder aumentar nos próximos dias, mais adeptos vão juntar-se à falange de apoio presente no Estádio Marcolino de Castro viajando por outros meios. “No espaço de dois/três dias ficaram logo preenchidos quatro autocarros, depois cinco e, agora, já são seis. Isto para não falar das inúmeras iniciativas de particulares que também se estão a organizar para ir assistir ao jogo”.
Vítor Hugo Valente, que explicou as razões que levaram a administração a disponibilizar autocarros e a oferecer os bilhetes do jogo aos adeptos, confessa não ter ficado surpreendido com o número de inscrições. “Só surpreende quem está de fora. Independentemente dos resultados e da situação em que estamos, sentimos que logo de início havia uma grande movimentação para os nossos adeptos irem à Feira, presumindo que seria num sábado ou domingo. Sendo à segunda-feira, sentimos que tínhamos de tomar uma iniciativa para corresponder ao desejo de os sócios estarem presentes neste jogo”.
O dirigente salientou a importância que tem para o plantel o sinal inequívoco de confiança que os vitorianos dão ao aderir à caravana verde e branca que vai rumar ao Norte do país. “É um conforto perceber que o clube se mantém vivo e que os sócios querem fazer parte de algo que lhes pertence. A mobilização é muito importante para o grupo de trabalho e para os jogadores que sentem que os adeptos acreditam neles. Num jogo fora de casa, a mais de 300 quilómetros de distância, são poucos os clubes, tirando os que têm adeptos espalhados por todo o país, que o conseguem fazer”.
Por último, Vítor Hugo Valente explicou o que levou a administração a tomar a decisão de realizar a partir de hoje um estágio em Lousada, localidade do distrito do Porto que se localiza a cerca de 70 quilómetros de Santa Maria da Feira. “Entendemos que era a altura adequada para libertar um pouco a tensão e ansiedade. Vamos tirar a equipa daqui para fazer um estágio em Lousada. Vamos amanhã (hoje) e ficaremos até segunda-feira [dia do jogo com o Feirense]”.
Jhonder Cádiz já treinou
Depois de ter estado integrado nos trabalhos da selecção A venezuelana, o avançado Jhonder Cádiz já voltou ontem a trabalhar às ordens de Sandro Mendes. O atacante, melhor marcador dos sadinos (sete golos na presente época), é opção para o jogo de segunda-feira. Quem deverá hoje juntar-se ao plantel é o guarda-redes Makaridze e o avançado Mendy, que estiveram ao serviço da Geórgia e Guiné Bissau, respectivamente.
Hoje, 10 horas, o Vitória regressa ao Complexo Desportivo Municipal de Palmela para mais um treino. Às 15h30, a equipa sai do Estádio do Bonfim para rumar a Lousada, localidade onde vai realizar o estágio de cinco dias antes do confronto de segunda-feira com o Feirense.