Após os triunfos sobre o Moreirense (3-0) e Tondela (1-2), o Vitória FC vai procurar no domingo, a partir das 20 horas, somar o terceiro resultado positivo na I Liga no reduto do Sp. Braga. Apesar das dificuldades que espera encontrar na casa de um dos líderes do campeonato, Mendy, autor de um golo e uma assistência em Tondela, acredita que a equipa pode regressar a Setúbal com pontos na bagagem. O avançado, de 30 anos, revelou ainda o objetivo de ajudar o Vitória com golos. Quantos? “Quero chegar aos 10 golos. Seria fantástico. Só já faltam nove”.
O que sentiu ao marcar o golo que valeu o triunfo da equipa na jornada anterior em Tondela?
Fiquei muito feliz. É o fruto do trabalho de toda a equipa. Preparámo-nos e funcionou porque conseguimos vencer. Já tinha marcado na Taça da Liga [3-3 com o Nacional], mas este foi o meu primeiro golo na Liga pelo Vitória esta época.
Em termos individuais, foi um momento Importante?
Claro. O trabalho de um ponta-de-lança é fazer golos. Trabalho todos os dias para poder marcar. Felizmente o golo apareceu e quero fazer mais.
Qual o número de golos que pensa marcar esta temporada?
Tenho uma meta. Quero chegar aos 10 golos no campeonato. Seria fantástico. Só já faltam nove. Sei que tenho de trabalhar para o conseguir alcançar.
Como surgiu a ideia de dedicarem os golos do jogo a Berto? Foi algo pensando ou espontâneo?
Foi espontâneo. Ninguém preparou nada. Normalmente, fora de casa, festejo golo junto do banco de suplentes. O Berto lesionou-se um dia antes do jogo e quisemos dedicar-lhe o golo.
No final do jogo em Tondela, os jogadores e os adeptos estiveram em comunhão no final a festejar o triunfo. Como viveu esse momento?
É muito importante sentir que os adeptos nos apoiam. Ao sentirmos que estão connosco dá-nos muita força para ganhar e lutar em campo. São apaixonados pelo clube e fazem grandes viagens para nos apoiar. Sentimos a necessidade de festejar com eles.
O Sp. Braga, que partilha a liderança do campeonato com o FC Porto, é a única equipa que ainda não perdeu na prova. Ontem (anteontem) goleou o Nacional na Taça da Liga. É um adversário que vos assusta?
É uma grande equipa, tem bons jogadores, mas vamos preparar-nos para fazer algo positivo.
Um empate seria um bom resultado?
Sim. Não perder o jogo, ou seja, conseguir um ponto fora de casa é um bom resultado.
O que têm de fazer para o conseguir e quais as cautelas a ter?
Temos que trabalhar bem em campo. Toda a equipa do Braga é perigosa e temos de ter atenção a todos os sectores.
Como está a ser a experiência de trabalhar com Lito Vidigal?
Estou surpreendido. É um treinador que parece duro, mas é muito próximo dos jogadores. Acredita em nós e sentimos isso dentro do campo. Sinto que com ele estou a evoluir. Gosto muito de trabalhar com ele.
O Vitória está na 7.ª posição. Pensam na Liga Europa?
Não. No balneário ninguém fala disso. Nem o treinador. Pensamos jogo a jogo. É muito cedo para pensar na Liga Europa. No entanto, sou um competidor e claro que se pudermos chegar lá seria um sonho.
Tem sido uma presença regular nos jogos pela selecção A da Guiné-Bissau. Como vive esses momentos?
Sou um homem muito feliz por representar o meu país, a Guiné-Bissau. Faltam duas jornadas para terminar a fase de qualificação e estamos em primeiro lugar empatados com a Namíbia. Acreditamos que podemos participar pela segunda vez na nossa história na CAN.
Jogou na Tailândia, Coreia do Sul e Singapura. Como foram as experiências nesses países?
Na Tailândia é totalmente diferente. Há jogadores que chegam aos treinos em chinelos parecendo até que estão de férias. Gostei mais da Coreia do Sul. O futebol e os jogadores têm mais qualidade. A adaptação foi mais complicada. Estive lá ano e meio. É um país com uma boa qualidade de vida. Em Singapura joguei a liga dos campeões asiáticas por duas equipas antes de vir para Portugal a primeira vez [2012/13 chegou ao país para representar o Estoril]
Quais as suas principais referências?
Drogba e Adebayour. Continuo a ver os vídeos dos jogos que faziam em Inglaterra. Gosto da forma como eram fortes no jogo aéreo e no chão.