Treinador frisa importância de ter a mesma “alma e atitude” evidenciadas no duelo da Taça com Casa Pia
Sem tempo a perder, depois de ter sido quinta-feira eliminado dos oitavos-de-final da Taça de Portugal pelo Casa Pia, da I Liga (derrota 1-0 no Bonfim), o Vitória focou-se de imediato na partida de hoje (11 horas), da 14.ª jornada da série B da Liga 3, diante dos açorianos do Fontinhas, actual 8.º classificado da competição.
Após o afastamento da prova rainha, o treinador Luís Loureiro sublinhou logo que a Taça é passado e que o interesse do plantel está agora em exclusivo no campeonato. “O Casa Pia passou e está de parabéns. Nós vamos ficar por aqui e vamo-nos focar no nosso grande objectivo que é o campeonato”, disse aos jornalistas no final da partida com os lisboetas no Estádio do Bonfim
Questionado sobre se acredita na possibilidade de chegar ao 4.º posto, que dará acesso à fase de subida, o técnico foi peremptório. “Faltam nove jornadas para terminar a primeira fase e sabemos a distância a que estamos dos lugares que dão acesso à fase de subida. Não existem objectivos a longo prazo. Será jogo a jogo, temos um muito importante na segunda-feira e é nesse que nos vamos focar”.
Instado a fazer uma análise ao comportamento da sua equipa no duelo com a equipa sensação da I Liga, Luís Loureiro confessou ter gostado da atitude dos seus atletas. “À parte do resultado, a equipa está a começar a ficar próxima do que pretendo. Sofremos o golo muito cedo e isso condicionou a nossa estratégia para o jogo. Na segunda parte, fomos à procura do empate, mas não o obtivemos. O que fica é a resposta que os jogadores deram dentro do campo”.
E continua: “Sei o que quero para a equipa do Vitória. É esta alma e atitude que quero, independentemente do adversário que tenhamos pela frente. Não nos podemos esquecer que perdemos e não ficámos satisfeitos com o resultado. Não acredito em vitórias morais. Perdemos o jogo por 1-0, mas honrámos a camisola do Vitória e o peso que o clube tem nesta competição”.
Pelo que fizeram, sobretudo após o intervalo, o timoneiro dos sadinos disse que sentiu que poderiam ter chegado ao golo e levado a partida para prolongamento. “Acreditei que era possível. Daí ter feito as alterações. Tivemos ocasiões para o fazer, mas não conseguimos. Vamos continuar a trabalhar porque quem trabalha como estes jogadores fazem, mais cedo ou mais tarde, a bola começa a entrar. Não é uma questão de sorte ou azar, acredito muito mais no trabalho”.
Sobre o facto de Zequinha ter começado a partida no banco de suplentes e ir a jogo na segunda parte, Luís Loureiro explicou a decisão. “Não houve qualquer gestão coloquei o onze que entendi que seria o melhor. Cheguei há 15 dias e ainda estou à procura daquilo que poderá ser o melhor 11. Para este jogo foi o que entrou de início. Sofremos o golo muito cedo, um golo caricato e isso condicionou um bocadinho a nossa estratégia, que não passa só pelos primeiros minutos nem meia-hora, mas por todo o jogo”.
A lesão de Mathiola na segunda parte, depois de ter sido lançado em campo uns minutos antes, também foi comentada pelo treinador. “A responsabilidade total é minha. Sabia do risco que o Mathiola corria porque tinha recuperado de lesão. Entendi que naquele momento era útil tê-lo em campo. Teve a infelicidade de se lesionar. Agora é recuperar”.