“Com o calor e a qualidade do adversário, sabíamos que iria ser difícil”, disse o treinador
José Pedro, treinador do Vitória, afirma que o triunfo (1-0) alcançado domingo na casa do Lusitano de Évora reflecte as dificuldades que a sua equipa teve para se impor a um adversário que ainda não tinha sofrido qualquer derrota na série D do Campeonato de Portugal. “Foi uma vitória suada e inteiramente merecida. Sabíamos que íamos encontrar um dos adversários mais fortes deste campeonato, principalmente a jogar na sua casa”.
Como exemplo da qualidade do emblema alentejano, o líder dos sadinos lembrou que o oponente entrou em campo na 3.ª posição apenas a um ponto de distância do Vitória que segue no 2.º lugar. “O Lusitano só tinha um golo sofrido e é uma equipa muito competente”, disse o técnico, de 44 anos, no final do encontro em declarações publicadas nos canais de comunicação do clube.
Além de reconhecer a importância do apoio da falange de apoio que viajou de Setúbal até à cidade eborense, o técnico fez questão de salientar o comportamento dos seus atletas na partida. “Os jogadores estão de parabéns pelo desempenho. Tenho de reforçar que não foram só os 11 que jogaram de início, mas também os cinco que entraram para nos ajudar”, disse em alusão a Zequinha, Daniel Carvalho, Diogo Balau, Samir Banjai e Francisco Ascenso que foram lançados no decorrer do segundo tempo.
O timoneiro considera que a forma acutilante como a sua equipa encarou os minutos iniciais foi crucial na obtenção do golo apontado por Diogo Sequeira, aos 16 minutos, que deu os três pontos aos setubalenses. “A entrada forte que tivemos no primeiro tempo foi fulcral para o desfecho positivo que tivemos. Depois aguentámos a natural reacção do Lusitano na segunda parte que, jogando em casa, tentou chegar à igualdade”.
Não obstante o principal objectivo ter sido alcançado no duelo da sexta jornada da competição, José Pedro admite que houve aspectos em que a equipa podia ter estado melhor. “A seguir ao golo ainda tivemos situações em que poderíamos ter definido melhor no último terço. Defendemos bem, apesar de não termos atacado tão bem na segunda parte como fizemos na primeira. Depois do intervalo, adaptámo-nos ao que o Lusitano também tentou fazer”.
Adeptos dão alma à equipa
Numa tarde em que se registaram temperaturas muito elevadas, os vitorianos tiveram dificuldades acrescidas. “Com o calor e a qualidade do adversário, sabíamos que iria ser difícil. O estado do terreno também não nos ajudou ao estilo de jogo que costumamos implementar. Tivemos de nos adaptar e a equipa deu uma excelente resposta. Os meus jogadores tiveram bem naquilo que foi a interpretação do jogo”.
Tal como já aconteceu nas deslocações anteriores que o Vitória fez no campeonato – triunfo 3-2 na casa do Real e 1-0 em Serpa – , José Pedro deixou uma mensagem aos vitorianos. “Os adeptos foram, mais uma vez, fundamentais e são um exemplo da alma que dão à nossa equipa, que corresponde dentro do campo. Conseguimos ganhar e isso era o mais importante. Voltou a ser pela diferença mínima, mas, no cômputo geral, fomos melhores e merecemos”.
Diogo Sequeira, autor do golo que valeu os três pontos aos setubalenses em Évora, também não esqueceu as centenas de pessoas que se deslocaram no domingo à cidade alentejana. “Foi um jogo difícil num campo igualmente complicado. Quero realçar o apoio dos adeptos que foi fundamental”, disse, não escondendo a alegria por ter contribuído para mais um êxito. “Fiz mais um golo e o importante foi ter ajudado a equipa a cumprir o objectivo”.
