Jogadores do Vitória querem fazer história com subida à 1.ª Divisão da AF Setúbal

Jogadores do Vitória querem fazer história com subida à 1.ª Divisão da AF Setúbal

Jogadores do Vitória querem fazer história com subida à 1.ª Divisão da AF Setúbal

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Empate (ou até derrota) chega para festejar, mas treinador Paulo Martins só pensa em ganhar

 

 

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Em entrevista ao jornal O SETUBALENSE, Paulo Martins, treinador da equipa do Vitória FC que lidera a Serie A da 2.ª Divisão Distrital da A da Associação de Futebol de Setúbal (AFS), revelou estar confiante de que a sua equipa vai domingo celebrar a subida à 1.ª Divisão. Aos sadinos, que seguem na classificação com mais três pontos que o perseguidor Brejos de Azeitão, basta um empate no campo Municipal da Bela Vista frente ao Sonho XXI. Por ter um saldo de golos superior aos azeitonenses, até uma derrota por números expressivos não impedirá o Vitória de fazer a festa no jogo marcado para as 17 horas.

 

 

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Depois de uma campanha sem derrotas, o Vitória FC está a um pequeno passo de assegurar a subida à 1.ª Divisão Distrital da AFS. Como está a equipa a encarar a última jornada, da Série A da 2.ª Divisão, frente ao Sonho XXI?

Neste momento, a equipa respira confiança. Os jogadores sabem que podem fazer história num clube enorme que nunca venceu uma taça nesta prova. Estes jogadores querem ficar na história do clube. Estamos a um pequeno passo, mas no início não foi um processo fácil. A equipa começou a ser construída na semana em que começava o campeonato, tivemos que adiar jogos, depois o campeonato parou, devido à pandemia, e começámos novamente do zero. Os jogadores têm sido excelentes e estão focados no jogo.

Ao Vitória segue com 13 pontos e basta-lhe um empate para assegurar o 1.º lugar à frente do Brejos de Azeitão (actual 2.º classificado com 10 pontos), mas até em caso de derrota o objectivo pode ser alcançado…

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Neste momento temos mais três pontos que o 2.º classificado, ou seja, automaticamente um empate garante a subida. Temos também sete golos de diferença o que nos dá vantagem no confronto directo com o Brejos. Quer isto dizer que mesmo perdendo tínhamos uma margem no saldo de golos. No entanto, apesar de termos sete golos de diferença, não queremos fazer essas contas e vamos entrar em campo para ganhar. Somos o Vitória e quando vamos a jogo é sempre para ganhar.

O que espera da equipa do Sonho XXI (5.º classificado com cinco pontos) na partida que se realiza domingo, 17 horas, no campo de futebol Municipal da Bela Vista, no Parque da Bela Vista?

Temos sempre de respeitar todos os adversários. Só dessa forma conseguimos chegar onde estamos. Todos querem travar o líder e ganhar ao Vitória. Sei que é assim porque já estive do outro lado e sei que é o pensamento passa por querer sempre ganhar aos melhores. Conhecemos bem o adversário, que é orientado pelo Pedro (Rosa) que agarrou na equipa no decorrer da época. Outra das dificuldades que vamos ter é a pequena dimensão do campo, mas isso não nos impedirá de ser fortes no jogo.

Qual o segredo do sucesso da equipa que comanda?

Os jogadores foram sempre fantásticos naquilo que fizeram. Mesmo sendo amadores, se fosse para treinar até à meia-noite eles faziam-no. Apesar de termos começado tarde houve várias pessoas a ajudarem-nos durante o processo. Não posso deixar de destacar Luciano Santos, do Ginásio ATREF Saúde, que nos preparou durante a pandemia para podermos entrar em competição na melhor forma possível.

De que forma caracteriza esta equipa do Vitória?

A média de idades do plantel ronda os 21/22 anos. Temos vários jogadores de 18 anos na equipa, como são os casos dos dois centrais que ainda são juniores. Com a mesma idade temos um lateral, um médio e um extremo. Há também um jogador com 29 anos. À semelhança do que fez a equipa A (no Campeonato de Portugal) que aliou a juventude com alguma experiência, nós fizemos o mesmo aqui e temos tido sucesso. Os mais novos têm tido vontade de aprender da mesma forma que os mais velhos também estão sempre a aprender com eles. Acontece também o mesmo comigo, todos os dias em que estamos juntos.

Vislumbra qualidade a alguns desses jogadores para poderem chegar à equipa principal e actuar na Liga 3?

Como já os conheço, penso que poderão um dia lá chegar. No entanto, há diferenças significativas, recordo que nós treinamos três vezes por semana e, neste exacto momento, não estão preparados devido à falta de andamento e à componente física. Ultrapassada essa questão, acredito que há aqui jogadores com potencial para chegar à primeira equipa. A maioria é estudante. Alguns estão na Universidade em cursos de Desporto e outros têm as suas profissões em diversas áreas.

Em termos pessoais, entre os jogos como treinador do Vitória e no Águas de Moura, já contabiliza 38 jogos sem perder. O que representa este registo?

Obviamente que me sinto orgulhoso do que tenho feito. Não é fácil treinar no campeonato distrital. Temos de nos adaptar permanentemente às circunstâncias. Há dias em que temos oito ou nove jogadores no treino, mas procuro focar-me noutros aspectos. Acredito cada vez mais que as minhas ideias estão a funcionar. Os resultados dão-me muita confiança a mim e aos que trabalham comigo todos os dias. Começam a acreditar nos processos. Já são os próprios jogadores a acreditar que podemos evoluir cada vez mais. É motivante para todos. De uma coisa tenho a certeza: sem estes jogadores, os que passaram por mim o ano passado e antes disso, no Águas de Moura, fazem parte deste registo.

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