Investidor da SAD vitoriana frisa importância de haver “profissionalismo em todas as áreas”
Na hora de fazer um balanço de 2021/22, temporada em que o Vitória falhou o objectivo da subida à Liga 2, Hugo Pinto, investidor e administrador da SAD do emblema setubalense, compreende a tristeza dos adeptos pelo facto de a equipa não ter conseguido a tão desejada promoção. O dirigente, de 35 anos, acredita que na próxima época o Vitória estará mais forte e vai apresentar mais argumentos para regressar às provas profissionais.
“O sonho comanda a vida e tínhamos o sonho de tentar logo um milagre neste ano zero. Começámos a época tarde, era muito difícil mas, mesmo assim, acreditámos até ao fim. Fomos para a última jornada com essa possibilidade, mas as coisas não correram bem para o nosso lado. Foi pena, mas estamos cá para crescermos e fortalecermo-nos na próxima época”, disse antevendo a próxima edição da Liga 3.
Questionado por O SETUBALENSE pelas razões que encontra para que o objectivo não ter sido alcançado, o gestor foi peremptório. “Foi o ano zero. Quando pegámos na SAD já tinha quase o campeonato arrancado e deparámo-nos com muitas dificuldades. Não podíamos inscrever jogadores porque havia as dívidas e isso aconteceu tanto no início como a meio da época, em Janeiro, quando só o conseguimos fazer no último dia”, lembrou.
O Vitória teve três treinadores na temporada, algo que nunca esteve nos planos dos sadinos. “Planeámos a época com o Toni Pereira, treinador que, pelas suas qualidades, dispensa apresentações. Infelizmente, motivos pessoais levaram-no a sair do projecto. Depois tivemos o mister Pedro Gandaio que teve fases boas e outras menos positivas. Por último, Filipe Moreira que trouxe ideias novas que, infelizmente, não foram suficientes para alcançarmos o objectivo”.
Concluída a época, Hugo Pinto admite, escusando-se a entrar em pormenores, que foram cometidos erros. O investidor afirma também que se sente agora mais preparado para o futuro. “Este foi o ano zero, o ano da aprendizagem. Os erros cometidos não devem ser repetidos. Pretendemos ter profissionalismo em todas as áreas: no futebol profissional, no futebol de formação, no marketing e nos departamentos que englobam uma estrutura empresarial”.
E acrescenta: “Tudo tem de funcionar em pleno e acreditamos que esta época vamos estar muito mais preparados. Para nós, esta é uma área de negócios nova que obriga a uma aprendizagem permanente. Queremos rodear-nos de pessoas com mais experiência do que nós na matéria e que acrescentem essa qualidade necessária”, vincou o gestor que trabalha sobretudo no ramo hoteleiro e imobiliário.
Hugo Pinto, que tem Carlos Silva (acumula a presidência da SAD e clube) e Francis Obikwelu (vice-presidente) ao seu lado na SAD, reconhece que o historial e a grandeza do Vitória obrigam a ter ambição nas metas a atingir. “Pela grandeza do clube, temos sempre o objectivo de ser um forte candidato à subida. Obviamente que não decidimos quando a bola vai ao poste, há penáltis ou expulsões. Vamo-nos organizar e preparar profissionalmente para que esse objectivo seja alcançado”.
Andebol: Sadinos perdem com Maia e falham assalto ao 6.º lugar
O Vitória falhou no sábado o objectivo de ascender ao 6.º lugar do Campeonato Nacional Placard Andebol 1 ao perder, por 21-26, com o ADA Maia, em partida da 27.ª jornada da competição. Apesar de terem chegado ao intervalo da partida, realizada no Pavilhão Antoine Velge, a ganhar por 11-10, os sadinos não conseguiram suster a reação do conjunto nortenho no segundo tempo.
Refira-se que s golos dos comandados de Luís Monteiro foram apontados por Nuno Roque e Artur Pereira (5 golos), Rafael Paulo, Pedro Spínola, José Rebelo, Ruben Santos e Pedro Martins (2 golos) e Nuno Gonçalves (1 golo). Com o desaire sofrido, o Vitória desce à 7.ª posição da prova (com 54 pontos em 27 jogos), por troca com o ADA Maia, que segue isolado no 6.º posto com 57 pontos.
Na próxima jornada – a antepenúltima do campeonato –, o Vitória actua sábado, pelas 18 horas, no Pavilhão Comendador Adelino Dias Costa, em Avanca, diante do Artística de Avanca, conjunto que segue na 12.ª posição do principal escalão do andebol nacional. Recorde-se que na primeira volta, os verdes e brancos ganharam em Setúbal por 33-29, em jogo da ronda 13. Rúben Santos e Nuno Gonçalves, com sete e seis golos apontados, respectivamente, foram os melhores marcadores dos sadinos nesse encontro.
