“Grau de dificuldade do jogo é elevado para nós e para o Cova da Piedade”

“Grau de dificuldade do jogo é elevado para nós e para o Cova da Piedade”

“Grau de dificuldade do jogo é elevado para nós e para o Cova da Piedade”

Uma semana depois da surpreendente derrota caseira (2-1) com a AD Quinta do Conde, o Vitória, que caiu para a 3.ª posição da tabela da 2.ª divisão distrital da AF Setúbal, tem domingo, pelas 15h30, um jogo de elevado grau de dificuldade diante do Cova da Piedade, actual 2.º classificado. Questionado sobre o obstáculo difícil que a sua equipa tem pela frente na 14.ª jornada, o treinador Paulo Martins é peremptório.


“O grau de dificuldade do jogo é elevado para nós e para o Cova da Piedade, uma vez que se vão enfrentar duas das três equipas que estão na frente da classificação [n.d.r: Lagameças lidera com 32 pontos, mais um que os piedenses e mais três que os sadinos, que têm um jogo em atraso]”, frisou, deixando uma garantia para o confronto no Estádio Municipal José Martins Vieira: “Tudo vamos fazer para sermos nós a alcançar os três pontos”.

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O timoneiro dos setubalenses, que já tinha no final do duelo com a ADQC manifestado o seu desagrado pela forma como a equipa actuou nos primeiros 45 minutos no Bonfim, alertou para a necessidade de não se repetirem os mesmo erros. “Para termos êxito, temos que ter uma atitude competitiva diferente da que tivemos na primeira parte do jogo com a AD Quinta do Conde”.


O SETUBALENSE questionou Paulo Martins sobre se o primeiro desaire da temporada sofrido pode afectar animicamente a sua equipa. A resposta foi clara e imediata. “Não sei. Quem tem que dar a resposta são os jogadores. Eu treino-os e eles têm que dar respostas, nós temos que dar respostas. Para o conseguirmos fazer de forma eficaz, temos primeiro que olhar para nós próprios. O Vitória não pode estar refém de ninguém, nunca esteve”, vincou.


A mensagem que passa para o grupo tem como objectivo obter uma reacção imediata na semana de trabalho e no encontro que se avizinha sem beliscar a confiança que tem no plantel. “Acredito na equipa que tenho. Somos nós que temos que dar uma resposta, obviamente. No entanto, se cada um quiser dar uma resposta à sua maneira, não vamos lá. Temos que dar uma resposta em conjunto”.

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A conquista dos três pontos é o foco, assegura Paulo Martins, lembrando que já antes a equipa, depois de ter perdido pontos (empates com Seixal, 2-2, e Lagameças, 0-0) a equipa respondeu de forma muito positiva nos jogos seguintes (9-0 ao Barreirense B e 10-0 ao Vinhense, respectivamente). “A equipa já nos habituou a isso. A seguir um resultado menos positivo, a resposta tem de ser ganhar”.


O treinador, de 47 anos, afirma que no seio da equipa todos estão conscientes do que têm de fazer. “Sabemos aquilo que queremos, sabemos o que temos que trabalhar”, diz, referindo que os percalços que podem surgir não podem justificar o que de negativo a equipa faz. “Tivemos algumas contingências durante as últimas semanas, mas isso não é desculpa para perder o jogo que tivemos agora”.


Duelo com história

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O confronto de domingo entre o Cova da Piedade e o Vitória – vantagem clara dos sadinos com três triunfos e três empates em seis jogos – marca o reencontro dos dois clubes quase três anos depois de terem medido forças pela última vez. A 27 de Fevereiro de 2022, em partida da 21.ª jornada da Liga 3 (série B), registou-se um empate (1-1) num duelo travado na Malveira. Num jogo em que François foi expulso (54 minutos), os piedenses adiantaram-se no marcado por Zacarias (57) e Nuno Pinto (72) repôs a igualdade.


Curiosamente, também em 2021/22 (jornada 10), registou-se em Setúbal resultado idêntico. José Varela marcou para o Vitória aos três minutos, mas os forasteiros repuseram a igualdade já em período de compensação (90+1) por João Gomes. Antes destes jogos é necessário recuar ao século XX para encontrar as ocasiões em que sadinos e piedenses se defrontaram, ambas a contar para a II Divisão (zona Sul).


Na temporada de 1986/87, o Vitória levou a melhor tanto nas partidas realizadas no Bonfim (4-1 na 1.ª jornada) como na Cova da Piedade (16.ª). No então Parque Silva Nunes, os anfitriões, treinados por Mário Wilson, venciam 2-0 à meia-hora de jogo (golos de Larsen e José Monteiro), mas os sadinos, comandados pelo inglês Malcolm Allison, operaram a reviravolta com ‘bis’ de Vítor Madeira e o golo do triunfo a ser apontado por Aparício.


Mais longínquos são os dois primeiros duelos oficiais de que há registo entre os clubes. Decorria a época 1961/62 quando, já depois do empate (0-0) na primeira volta da prova no Campo dos Arcos, o Vitória foi ao Parque Silva Nunes bater os piedenses, por 3-1, com os golos dos verdes e brancos a serem apontados por Quim e Emídio Graça (bisou) numa equipa em que alinharam, entre outros, Mourinho Félix, Galaz, Torpes, Jaime Graça e Pompeu. Domingo a história dos embates entre Vitória e Cova da Piedade conhece novo episódio, desta vez na 2.ª divisão distrital da AF Setúbal

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